O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter da Universidade Federal de Pelotas foi reinaugurado na última segunda-feira (13), em seu novo endereço, no Casarão 1 da Praça Coronel Pedro Osório, na esquina da Félix da Cunha. O ato, que contou com a presença de um grande público, além de autoridades e familiares de Carlos Ritter, integrou a agenda dos 50 anos da UFPel.
Na cerimônia, o diretor do Museu, professor João Iganci, falou sobre o desafio de repensar o Museu ao assumir a direção em 2018, destacou o trabalho colaborativo com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento e salientou que “além da casa nova, o Museu terá novas exposições, novos olhares”, destacando a localização privilegiada e a proximidade com os demais Museus da Universidade, o Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo e o Museu do Doce.
Já o representante da Sociedade dos Amigos do Museu Carlos Ritter, fundada no dia 9 de maio de 2019, professor Roberto Hofmeister Pich, discorreu sobre a honra que sente em prestigiar a inauguração do Museu, tanto pelo fato de ser trineto de Ritter, como pelo fato de ser pelotense e, assim, ter orgulho da história que é contada pelo Museu. “É fundamental lembrar que além de cientista natural, Carlos Ritter era um industriário e empreendedor do ramo da cerveja. Além disso, era um líder comunitário e foi fundador da comunidade São João”, observou.
A pesquisadora do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Marli Pires Morim, parabenizou as pessoas envolvidas na mudança e a equipe do Museu pela conquista. A pesquisadora ressaltou que além de testemunho do passado as peças expostas também permitem entender o presente. “Museu é memória, mas também é vida. Cada objeto exposto é único e em cada um deles existe uma história”, destacou.
O diretor do Instituto de Biologia, Luiz Fernando Minello, atentou para o fato do Museu estar voltando a ativa com força total. Segundo Minello, o Instituto de Biologia está realizando uma renovação nos serviços entre eles o Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (NURFS), que já reabilitou cerca de 30 mil animais, o Herbário Pel e o Horto Botânico.
A pró-reitora de Extensão e Cultura, Francisca Michelon, salientou a localização dos três museus da UFPel, “no coração da cidade”, chamando a atenção para a simbiose entre o acervo e o Casarão que foi restaurado para receber o Museu. Destacou também a alegria em participar do trabalho realizado para a mudança do Museu, “seja lá qual o trabalho a ser concretizado, se for feito com amigos é muito gratificante”, disse.
O vice-reitor, Luís Amaral, parabenizou os envolvidos no trabalho e destacou a importância dos museus na formação da comunidade acadêmica, bem como da população de Pelotas e região. “É uma satisfação para Universidade poder oferecer aos pesquisadores e à população de Pelotas e dos municípios vizinhos um acervo como este”, comemorou.
Após a cerimônia, ocorreu o descerramento de uma pintura representando Carlos Ritter e uma homenagem aos servidores do Museu através da entrega de uma placa para o servidor mais antigo da unidade, Adair da Fonseca. Na sequência, aconteceu a apresentação do projeto musical “Canção dos Bichos: rock & natureza”, produzido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte por meio do apoio técnico da Gestão Ambiental da BR-116 e BR-392. A iniciativa é uma ferramenta educativa e de entretenimento que tem como objetivo instigar a empatia e efetividade da comunidade pela biodiversidade local.
Sobre o Museu
O novo espaço contará com laboratório, cinco salas para exposições fixas e itinerantes, reserva técnica, sala de aula e espaço de recreação. Além dessas salas, o Museu terá como diferencial um painel mostrando a evolução das aves e o parentesco entre as diferentes espécies.
O Museu inaugura com três exposições, sobre aves, a coleção de borboletas, de Ceslau Maria Biezanko, e a novidade, um diorama expondo animais taxidermizados empalhados, em um ecossistema de bioma Pampa. Hoje o Museu possui um acervo com mais de três mil itens, incluindo animais taxidermizados, insetos, fósseis, documentos históricos de Carlos Ritter e de Ceslau Biezanko.
Agora, os três museus da UFPel estão localizados no centro histórico de Pelotas, o Museu do Doce, no Casarão 8, o Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), na Praça 7 de Julho, 180, e o Museu Carlos Ritter no Casarão 1.
O horário de visitação no Carlos Ritter é das 8h às 17h, de segundas a sextas-feiras. A entrada é gratuita. Visitas em grupo podem ser agendadas pela página do facebook https://www.facebook.com/museu.carlosritter , pelo mail museucarlosritter@gmail.com ou pelo telefone (53) 3284.4324.
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