Parte da economia comportamental, a área de finanças comportamentais estuda como fatores psicológicos moldam nossas escolhas financeiras e impactam a economia

Por Carolina Pinho/Superávit Caseiro

Quando falamos em economia, temos em mente uma ciência exata: números, estatísticas e fatos. Porém, pensando na realidade do nosso dia a dia e das nossas finanças pessoais, a economia envolve uma realidade muito mais complexa e psicológica. É a partir dessa noção psicológica da economia, nos últimos anos uma nova área de estudos tem ganhado destaque: a economia comportamental.

Conforme a editora de conteúdo no Nubank e o editorial de Negócios e Gestão da PUCRS Digita, Camila Lafratta, dentro do campo da economia comportamental, estão as finanças comportamentais. Essa área estuda as influências psicológicas no comportamento e nas decisões financeiras, consequentemente, estuda como essas decisões afetam a economia como um todo. A área combina princípios da psicologia e da economia, partindo do princípio de que as pessoas por vezes não se comportam de maneira racional ao tomar decisões financeiras.

Nesse sentido, Camila Lafratta destaca que são propostos alguns vieses cognitivos, que funcionam como padrões de desvio do comportamento racional. Dentre alguns vieses estão: o viés da Prova Social, no qual o comportamento dos outros influencia as decisões próprias; o Efeito Manada, situação em que se imita um grupo de pessoas ao invés de tomar decisões racionais; a Aversão à Perda, que faz com que as pessoas valorizem mais a ideia de evitar uma perda do que a possibilidade de obter um ganho equivalente; e o Excesso de Confiança, que leva os indivíduos a superestimarem suas habilidades e conhecimentos, muitas vezes tomando decisões arriscadas e equivocadas. Esses vieses cognitivos são alguns exemplos dos fatores psicológicos que podem influenciar as escolhas financeiras das pessoas e afetar o desempenho da economia.

Sendo assim, conforme o site do Serasa, algumas dicas das finanças comportamentais são:

  • fazer um orçamento e segui-lo rigorosamente;
  • evite compras impulsivas;
  • ter metas financeiras claras e realistas;
  • diversificar uma carteira de investimentos;
  • evitar comparação social;
  • ser paciente e evitar tomar decisões financeiras baseadas em emoções.

A Economia Comportamental propõe uma nova perspectiva a respeito das nossas decisões econômicas, levando em conta que os fatores psicológicos comumente comandam as nossas escolhas. Nesse sentido, ao entender que somos constantemente influenciados por emoções, normas sociais e vieses cognitivos, podemos desenvolver estratégias para economizar ou para administrar melhor o nosso dinheiro.