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Ingresso 2012/2

Anderson Bolzan

  • Orientador: Dr. Dori Edson Nava
  • Co-Orientador: Dr. Flávio Roberto Mello Garcia
  • Projeto de Pesquisa: Efeito de hospedeiros e temperaturas na biologia de Anastrepha grandis (Macquart, 1846) (Diptera: Tephritidae) e comprovação em campo, do modelo de exigências térmicas obtido em laboratório
  • Resumo: Anastrepha grandis é conhecida como mosca-das-cucurbitáceas-sul-americana e caracteriza-se por atacar espécies nativas ou introduzidas de cucurbitáceas. Embora o inseto cause danos devido a sua infestação nos frutos, as maiores perdas se referem aos embargos na exportação. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de hospedeiros e temperaturas na biologia de A. grandis e comprovar em campo, o modelo de exigências térmicas obtido em laboratório. Para o estudo da biologia foram utilizados sete hospedeiros, sendo: abóbora de tronco (Cucurbita pepo), abóbora (Cucurbita moschata), chuchu (Sechium edule), melancia mini (Citrullus lanatus), melão espanhol (Cucumis melo), abóbora híbrida “Tetsukabuto” (Cucurbita maxima x Cucurbita moschata) e pepino salada (Cucumis sativus). Para avaliar o efeito da temperatura no desenvolvimento biológico de A. grandis foram utilizadas as temperaturas constantes de 15, 20, 25, 30, 35°C. Anastrepha grandis apresentou um melhor desenvolvimento nos hospedeiros do gênero Cucurbita em relação aos demais gêneros testados, o hospedeiro que desenvolveu um maior número de insetos foi a abóbora híbrida “Tetsukabuto” e o hospedeiro em que os insetos se desenvolveram em menor tempo foi a abóbora de tronco. Os hospedeiros do gênero Cucumis, melão espanhol e pepino salada, apresentaram baixa viabilidade para o estágio larval. Já os hospedeiros que não propiciaram desenvolvimento dos insetos foram a melancia e o chuchu. Com relação à temperatura que proporcionou maior viabilidade nos estágios imaturos de A. grandis criadas em abóbora de tronco foi a de 25°C, porém houve desenvolvimento na faixa de temperatura entre 15 e 30°C. Na temperatura de 35°C não ocorreu desenvolvimento de A. grandis. As temperaturas mais baixas, 15 e 20°C, apresentaram uma maior viabilidade nos estágios imaturos. A temperatura base (Tb) e a constante térmica (K) para estágio de ovo e pupa foram de 8,3°C para ambos os estágios e 132,3 GD para o estágio de ovo e 347,0 GD para o estágio de pupa, já para o período ovo-adulto este valor foi de 5,2°C e de 858,7 GD. A partir dos dados de temperatura coletados a campo, verificou-se que o acúmulo de graus-dia (937,9 GD) e o período ovo-adulto (79,7 dias) de A. grandis foi semelhante ao estimado em laboratório com diferenças de 9,2% e 6,4%, respectivamente.
    Palavras-chave:
    cucurbitáceas; exigências térmicas; mosca-das-cucurbitáceas-sul-americana; temperatura base.
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Ida Maria de Oliveira

  • Orientador: Dr. Alci Enimar Loeck
  • Co-Orientador: Dr. Flávio Roberto Mello Garcia
  • Projeto de Pesquisa: Análise faunística, caracterização de injúrias e efeito repelente de azadiractina a vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) em parreiras do município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul
  • Resumo: O Rio Grande do Sul concentra grande parte da área cultivada de parreiras no Brasil, destacando-se a Serra Gaúcha como principal região produtora. Na busca de uvas de boa qualidade que proporcionem boa rentabilidade, um aspecto fundamental a ser observado é a ocorrência e controle de pragas, principalmente insetos. Este trabalho destaca a incidência das vespas, que acarretam sérios incômodos na época de colheita. Devido à escassez de alimento durante o verão, estes insetos acabam indo buscá-lo nos cachos de uva em maturação. Neste sentido este trabalho objetivou caracterizar as populações de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae), analisar a faunística das comunidades encontradas e a relação destas com injúrias aos frutos, assim como avaliar a repelência de vespas a azadiractina em parreirais do município de Bento Gonçalves-RS. As coletas foram realizadas por busca ativa nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, e os indivíduos capturados foram identificados baseando-se nos caracteres morfológicos. A partir dos dados obtidos foi realizada análise faunística da comunidade. Foram observadas também as injúrias causadas nas bagas a fim de aferir exatamente quais espécies são responsáveis pelos rompimentos de casca. Por fim, na procura de uma alternativa para afugentar estes insetos e evitar a ocorrência desta problemática foi realizado um teste de repelência com azadiractina na concentração de 1,2 g/100L de ingrediente ativo, composto este orgânico e sem período de carência. Foram identificadas dez espécies de vespídeos capazes de utilizar as bagas de uva como alimento. As duas espécies predominantes foram Polybia ignobilis e P. minarum e constatou-se que Synoeca cyanea apresenta a capacidade de rompimento de bagas sadias e íntegras. Outras três espécies, Polistes cavapytiformis, P. versicolor e Brachygastra lecheguana, também foram capazes de abrir a casca, mas em bagas com condições de sanidade já prejudicadas. Nos testes realizados com azadiractina não houve repelência, não sendo significativa a redução de vespas e nem de abelhas no parreiral após a aplicação.
    Palavras-chave: vespídeos, praga, uva, controle.
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Janaína Madruga Silva

  • Orientador: Dr. Flávio Roberto Mello Garcia
  • Co-Orientador: Dr. Eduardo José Ely e Silva
  • Projeto de Pesquisa: Borboletas (Lepidoptera: Hesperioidea e Papilionoidea) em Fragmentos da Floresta Estacional Semidecidual e dos Campos do Bioma Pampa no Sudeste do Rio Grande do Sul, Brasil
  • Resumo: O Bioma Pampa é composto por ecossistemas que abrigam uma alta riqueza, possuindo aspectos de fauna e flora únicas no país. Ainda permanece em grande parte pouco conhecido, inclusive no que se refere à fauna de borboletas, o que pode ser uma das principais causas de ameaça à sua biodiversidade. Visando contribuir para o conhecimento das borboletas na região, foi realizado um inventário para a Floresta Estacional Semidecidual e os Campos do Bioma Pampa em Morro Redondo e Capão do Leão, Sudeste do Rio Grande do Sul, Brasil. Também foi elaborado um guia com as borboletas de uma das áreas estudadas, Horto Botânico Irmão Teodoro Luis, Unidade de Preservação Federal Permanente. As coletas foram realizadas mensalmente através do uso de redes entomológicas, entre outubro de 2012 a junho de 2013. Foram analisadas a composição de borboletas, riqueza, abundância e diversidade em três áreas (A1, A2 e A3). Totalizando 540 horas-rede foram registrados 3.065 indivíduos distribuídos em 154 espécies e seis famílias de borboletas. Destes, 54% correspondem a Nymphalidae, 33% à Hesperiidae, 5% à Pieridae, 4% à Lycaenidae, 2% à Papilionidae e 2% Riodinidae. Hesperiidae foi a família mais rica seguida de Nymphalidae, com Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821) sendo a espécie mais abundante. Quatro espécies são novos registros para a região. A área A1 apresentou valores intermediários de abundância, diversidade e espécies raras, e os maiores valores de riqueza e espécies exclusivas. A2 é a área mais diversa, com o maior número de espécies raras, valor intermediário de riqueza, e o menor número de indivíduos e espécies exclusivas. A área A3 obteve o maior número de indivíduos e valores intermediários de espécies exclusivas, porém a menor diversidade, riqueza e número de espécies raras. A similaridade na composição foi maior entre A1 e A2.
    Palavras-chave: diversidade; Hesperiidae; inventário; Nymphalidae.
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Priscilla Costa Gobbi

  • Orientador: Dr. Flávio Roberto Mello Garcia
  • Co-Orientador: Dr. Edison Zefa
  • Projeto de Pesquisa: Comportamento antipredação das moscas-das-frutas Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) e Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) mediante Euophrys sutrix Holmberg, 1875 (Araneae: Salticidae)
  • Resumo: A ecologia comportamental estuda as ações e escolhas de um organismo para obter sucesso na sua sobrevivência e reprodução. Os insetos apresentam amplo repertório comportamental que proporciona capacidade de defesa contra predadores. Para compreender esse repertório, deve-se proceder através de formulação de hipóteses testáveis. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi observar e analisar a ocorrência de comportamento antipredação de Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata mediante Euophrys sutrix. Os experimentos foram realizados em arenas translúcidas, e o repertório comportamental registrado em caderneta de campo, filmagens e fotos. Cada encontro durou quinze minutos, ou até que a mosca fosse predada. Como resultados, os valores para predação das espécies A. fraterculus para macho e fêmea e C. capitata para machos foram significativos quando comparados a testemunha Musca domestica através de teste Qui-quadrado para grau de liberdade 5% e teste de regressão. Para análise de variância (ANOVA) e médias (Tukey) à 5% de probabilidade notou-se que o tempo de predação foi significativo para as três espécies. Ainda para predação, todos os indivíduos não predados exibiram comportamento agressivo. O comportamento foi relatado apenas para as espécies de mosca-das-frutas, sendo o tempo médio de exibições durante a interação de 15 min para A. fraterculus de 6,07 ± 2,68 min com repetições médias durante esse período de tempo de 2,53 ± 1,57, para C. capitata o tempo médio de exibições foi de 7,88 ± 3,40 min, ocorrendo nesse intervalo de tempo 2,21 ± 1,79 exibições. A média de indivíduos que fizeram uso de fuga em A. fraterculus foi de 7,89 ± 3,42 min com média de 2,53 ± 1,25 repetições. Para C. capitata a média foi de 7,14 ± 2,58 min e média de repetições de 1,83 ± 1,03, para M. domestica, a média foi de 10,17 ± 2,12 min com média de 2,87 ± 2,36 repetições, os valores não foram significativos para fuga. Relatou-se 10% de fugas em E. sutrix, para A. fraterculus ocorreram 37,5%, em C. capitata, 7,5% e M. domestica 20%. Constatou-se, que indivíduos de Tephritidae que apresentaram exibições combinadas de extensão e supinação conseguiram evitar a predação. Sendo este trabalho fundamental para avaliarem-se novas técnicas de manejo de moscas-das-frutas e diminuir o prejuízo material e econômico na fruticultura no Brasil.
    Palavras-chave: mosca-das-frutas; interação interespecífica; ecologia comportamental.
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