Cada Grupo de Trabalho (GT) terá por dois momentos: uma mesa redonda composta de convidados/as que atuam em cada temática do GT e, ainda, um momento de apresentação dos trabalhos inscritos no respectivo GT e aprovados para participarem do evento. O I Simpósio de Gênero e Diversidade é formado pelos seguintes GT’s:
GT 1: GÊNERO E AS MULHERES DO CAMPO (coordenação: Profa. Dra. Márcia Alves – PPGE/FaE/UFPel e Profa. Dra. Amanda Motta—IE /FURG)
Este GT busca debater o contexto histórico, social e econômico em torno das mulheres trabalhadoras rurais, mulheres do campo, da floresta e das águas, incorporando e problematizando aspectos fundamentais de seus contextos, como a luta pela terra, a violência no campo, o trabalho doméstico e rural, etc. Dessa forma, o GT privilegiará trabalhos que apresentem pesquisas e experiências acadêmicas que se refiram a proposta apresentada.
GT 2: GÊNERO E SAÚDE (coordenação: Profa. Dra. Marilu Correa Soares e Dnda. Cássia Luíse Boettcher – Núcleo de Pesquisas e Estudos com Crianças, Adolescentes, Mulheres e Famílias – NUPECAMF/Faculdade de Enfermagem/UFPel)
As diversas violências (muitas vezes simbólicas) contra as mulheres tem produzido um amplo debate na área da saúde, tencionando e provocando a necessidade de se pensar as demandas específicas do público feminino. No que se refere ao atendimento da saúde da mulher, se percebe que essa problemática não pode ser vista desconectada de outras áreas, como a educação, as políticas públicas, os movimentos sociais, o mercado de trabalho, entre outras. Dessa forma e com essa perspectiva de trabalho, este GT recebe trabalhos que tragam pesquisas ou experiências de trabalho inovadoras que, de forma interdisciplinar, busquem aproximar o gênero com as práticas e teorias da área de saúde.
GT 3: GÊNERO E VIOLÊNCIA (coordenação: profa. Liza Martins/ICH)
As violências contra as mulheres tem adquirido visibilidade graças a ação dos movimentos feministas, e através do acompanhamento das mulheres em situação de violência, na construção de estratégias de abordagem integral para os casos, assim como também na definição de políticas públicas preventivas. Consideramos que a complexidade das violências exige novos questionamentos e problematizações das categorias teóricas e, fundamentalmente, das ações políticas de resistência frente ao impacto das mesmas. Este GT receberá trabalhos que apresentem investigações atuais, desafios teórico-metodológicos, análises de instâncias de atenção a mulheres em situação de violência.
GT 4: GÊNERO E ARTE (coordenação: Profa. Dra. Renata Pinheiro – Centro de Letras/UFPel, Prof. Dr. Paulo Gaiger – Centro de Artes/UFPel e Mestre Ricardo Henrique Ayres Alves – ncorpoimagem/FURG)
Este GT pretende fazer dialogar a temática de gênero, aliada as mais diversas manifestações artísticas, como a pintura, a escultura, o teatro, a dança, a literatura, entre outras, possibilitando o aprofundamento do debate de gênero no mundo da arte. Dessa forma, convidamos para que inscrevam trabalhos que abordem esse tema em pesquisas e/ou relatos de experiências que contribuam para a utilização da arte como forma de empoderamento das mulheres.
GT 5: GÊNERO E SEXUALiDADES [coordenação: Prof. Dr. Renato Duro Dias (FADIR/FURG), Prof. Dr. Marcio Caetano (IE/FURG) e Dndo. Luciano Pereira (PPGE/UFPel)]
Contemporaneamente, as questões de gênero e de sexualidade têm sido centrais em diversas pesquisas, especialmente, nas ciências sociais e humanas. Reconhecemos que estes estudos geralmente apresentam elementos importantes para o descortinar de inovadoras leituras sobre o debate. Por isso, é fundamental que se propicie métodos e abordagens capazes de transpor os desafios da epistemologia tradicional. Neste sentido, este GT pretende investigar as temáticas sobre gêneros e sexualidades, produzindo um espaço de reflexão baseado em narrativas, imagens, políticas públicas e outras possibilidades, com o objetivo de problematizar as múltiplas concepções e visões de mundo que produzem e constroem econômica, cultural e socialmente as variações sobre os gêneros e as sexualidades.
GT 6: GÊNERO E EDUCAÇÃO (coordenação: Profa. Dra. Jenice Mello – IFSul e Daniele Rehling Lopes – Mestranda PPGE/FaE/UFPel)
A recente polêmica da incorporação ou não da temática de gênero nas escolas brasileiras, aliada à incorporação da temática no último ENEM, traz à tona o longo caminho ainda a ser trilhado para que as instituições escolares assumam efetivamente o compromisso de combater em suas práticas as desigualdades de gênero, compreendendo a escola como um espaço fundamental de construção das identidades, de aprendizagens e de construção e incorporação de cultura. Convidamos investigadoras/es, docentes, trabalhadoras/es sociais, psicólogas/os e demais profissionais da área de educação para inscreverem trabalhos que narrem experiências socioeducativas, levadas à cabo em espaços escolares e/ou não escolares, que tenham por objetivo instalar temáticas relacionadas com a desigualdade de gênero, na interseccionalidade de classe, gênero, idade, etnicidade, entre outras.
GT 7: GÊNERO E TRABALHO Coordenação: Vanise Valiente—Mestranda PPGE/FaE/UFPel e Adriana Lessa—Mestre em Geografia FURG]
A incorporação da perspectiva de gênero aos estudos do trabalho permite revisar a concepção patriarcal que compreende o trabalho humano vinculado ao emprego remunerado. Desnaturalizar a concepção produtivista mostra a existência de uma divisão sexual do trabalho tradicional que é retroalimentada através das segmentações discriminatórias no mercado de trabalho. A valorização do trabalho das mulheres exige seguir incorporando no debate categorias analíticas e metodológicas que, como o trabalho doméstico, o trabalho não remunerado, a carga global de trabalho, os usos do tempo, entre outras, favorecem a busca de estratégias de construção de uma outra compreensão sobre o trabalho humano. Este GT priorizará trabalhos que apresentem pesquisas e reflexões teóricas e metodológicas sobre o tema.
GT 8: GÊNERO, RAÇA E ETNIA (Coordenação:Prof. Dr. Marcus Spolle – PPGS/IFISP/UFPel e Profa. Dra. Georgina Nunes- FaE/UFPel)
O racismo, o sexismo e o etnocentrismo são os principais fatores de desigualdades que afetam milhões de mulheres em todo o país. A perversa combinação produz acessos diferenciados entre as mulheres em geral, aprofundando as desigualdades de gênero, raça e etnia na sociedade brasileira. As estatísticas demonstram, por exemplo, que mulheres negras e indígenas são maioria nas áreas de extrema pobreza no país e apresentam as piores condições de vida. Sob o impacto da negação cultural, enfrentam os danos emocionais gerados pela violenta discriminação cotidiana de gênero, raça e etnia na sociedade, incluindo a violência doméstica. Além disso, vivem com os piores salários, seja qual for a sua ocupação no mercado de trabalho, e estão na base da sub-representação feminina na mídia e nos espaços de poder. Dessa forma, o debate em torno das questões de gênero e etnia cada vez mais tem apresentado proximidades e diálogos, que consideramos possíveis e necessários. Este GT priorizará trabalhos que apresentem pesquisas e/ou reflexões teóricas e metodológicas sobre o tema.