No dia 10 de Junho de 2014, os bolsistas do NUFOLK, Fernanda, Hemã e Karen, participaram de uma aula com o professor Claudio Carle, da Antropologia e da Capoeira (Formação Livre) de Puxada de Rede e Maculelê.
Puxada de Rede
A Puxada de Rede, era a atividade pesqueira dos negros recém-libertos, que encontraram na pesca do “xaréu” uma forma de sobreviverem, seja no comércio, seja para seu próprio sustento. Nos meses decorrentes entre outubro e abril, esses peixes procuravam as águas quentes do litoral nordestino afim de procriarem. era exigido um esforço tremendo e muitos homens para a tarefa. A puxada de rede era acompanhada de cânticos, na maioria em ritmo triste que representava a dificuldade de vida daqueles que tiram o seu sustento do mar.
Além dos cânticos, os atabaques e as batidas sincronizadas dos pés davam o ritmo para que os homens não desanimassem e continuassem a puxar a enorme rede, oque paradoxalmente dava um ar de ritual e beleza àquela atividade. Quando enfim terminavam de puxar a rede, eram entoados cânticos em agradecimento à pescaria e o peixe era partilhado entre os pescadores e começava o festejo em comemoração.
Maculelê
O Maculelê é uma manifestação cultural oriunda da cidade de Santo Amaro da Purificação – Bahia, berço também da capoeira. É uma expressão teatral que conta através da dança e de cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se o herói da tribo. Sua origem é desconhecida, uns dizem que é africana, outros, que ela tenha vindo dos índios Brasileiros. Mestre Popó, considerado o pai do maculelê, deixa clara a sua opinião de que o maculelê é uma invenção dos escravos no Brasil, assim como a Capoeira.