O profissional a ser formado pelo Curso de Museologia deverá ser capaz de:
a) Exercer ação cultural: pelo papel de mediador entre o conhecimento científico, erudito, específico, e o público leigo, o Museu é um espaço fundamental de educação não-formal. Logo, a formação de um museólogo orienta-o a melhor identificar e direcionar essa função pedagógica do museu, possibilitando assim a abertura de novas fontes de conhecimento ao grande público.
b) Exercer ação social: o Museu, como espaço de memória e manifestações culturais, é um eixo importante sobre o qual se articula a identidade de um grupo, uma comunidade, uma sociedade. Cabe ao museólogo identificar essas relações, intensificar essa inserção da comunidade no museu e aprofundar esse processo de identidade.
c) Interferir no processo econômico: o Museu, como um dos elementos constitutivos do turismo cultural, pode ser uma fonte importante de recursos para uma comunidade pois, de acordo com a forma como é trabalhado e concebido, pode ser tornar um atrativo e ampliar, dessa forma, as oportunidades de emprego, trabalho e renda da população e do local.
d) Agir sobre os processos políticos: a comunidade local poderá ser beneficiada pela aplicação de recursos financeiros nas instituições museais, e para tanto o Museólogo é peça fundamental uma vez que se ocupa, diretamente, dos projetos museológicos e gerencia os mesmos, buscando conhecer mecanismos e fontes de financiamento.
e) Desenvolver conhecimento científico: o Museu é um lugar de ciência, considerando que “ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistêmico conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação”(TRUJILLO, Ferrari). Os Museus contemporâneos têm se transformado em lugares da reflexão científica e artística comprometidas com seu tempo, descortinando através da investigação e estudo, minudentes e sistêmicos de descobrimentos de dados históricos, fatos ou princípios relativos a variados campos de conhecimento. Dentro dessas perspectivas é que o museólogo deverá orientar-se na elaboração de desenvolvimento de projetos e atitudes.
Dessa forma, deverá ser um profissional apto ao planejamento e organização de museus, no ensino, pesquisa e extensão, de casas de cultura, de centros culturais, de centros de memória, de arquivos históricos, de ateliers de conservação e restauração, apto para a curadoria de exposições públicas e privadas e apto a prestar serviços aos deslocamentos de obras de arte e objetos históricos e científicos, tanto de entidades públicas como privada. Será capaz de cadastrar, organizar e promover tombamento de acervos artísticos e científicos, bem como de emitir parecer e laudos técnicos. Também estará habilitado a atuar junto às comunidades visando resgatar a memória local através de acervos existentes, promovendo ações propositivas para sustentabilidade e inclusão social.