UFPel pesquisa impactos da mudança de hábito em relação ao consumo de energia elétrica residencial durante a pandemia

O Laboratório de Inspeção de Edificações em Eficiência Energética da Universidade Federal de Pelotas (Linse/UFPel) está realizando uma pesquisa para saber como se alteraram os hábitos de utilização dos equipamentos nas residências e, consequente, o consumo de energia, neste momento em que o isolamento social fez com que as pessoas estejam desenvolvendo outras atividades que normalmente eram executadas no trabalho ou nas escolas. Para isso, lançou um questionário, que pode ser respondido aqui.

A iniciativa surgiu frente à atual situação de premência de combate ao Covid-19, quando a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan) apresentou um programa de ações integradas de combate à doença e preservação da saúde das pessoas, mobilizando em rede 17 laboratórios e coletivos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUrb), do Centro de Artes (CA) e do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDTEC), cada um atuando dentro de sua área. Esses laboratórios se estruturaram como uma rede de laboratórios, a RedeLAB.

Eficiência Energética
O Linse é um laboratório da FAUrb que atua diretamente em eficiência energética e, dentro da rede de laboratórios, será responsável por identificar medidas para conservação de energia em período de isolamento social e cuidados práticos para manter a higienização dos ambientes.

Notícia no site da UFPel: http://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2020/08/26/ufpel-pesquisa-impactos-da-mudanca-de-habito-em-relacao-ao-consumo-de-energia-eletrica-residencial-durante-a-pandemia/

Live abordará as experiências brasileiras em NZEBs (Net Zero Energy Buildings)

O professor Antonio César Silveira Baptista da Silva, coordenador do LABCEE e do LINSE/UFPel participará de uma live neste dia 24 de agosto, a partir das 18hs, onde as experiências brasileiras em NZEBs (Net Zero Energy Buildings) serão apresentadas.

Recentemente a UFPel foi contemplada em uma chamada pública da Eletrobrás, denominada Procel Edifica – NZEB Brasil, e receberá o aporte de 1 milhão de reais para a construção do projeto denominado Anexo FAURB – NZEB UFPel.

Edificações NZEB são edificações de alta eficiência energética que produzem sua própria energia de fonte renovável, e alcançam um balanço anual energético próximo a zero, reduzindo o impacto ambiental e a necessidade de investimentos para construção de usinas de geração de energia.

Também participarão da mesa a Profa. Cláudia Amorim (FAU/UnB), doutora em Tecnologias Energéticas e Ambientais na Università degli Studi di Roma “La Sapienza” e a arquiteta Clarissa Debiazi Zomer, doutora em Engenharia Civil (UFSC) e pesquisadora do Grupo Fotovoltaica UFSC.

A organização é da comissão de atividades online da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas.

BNDES receberá recursos para projetos de eficiência energética

O Fundo Garantidor para Crédito à Eficiência Energética (FGEnergia) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai receber R$ 30 milhões do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Os recursos, do tipo não reembolsável, serão usados no apoio a projetos de eficiência energética de diferentes setores da economia, por meio da concessão de garantias.

Segundo o banco, o sistema de garantias reduz o risco de inadimplência assumido pelos financiadores. A expectativa é aumentar o acesso do tomador ao crédito. “O mecanismo de garantias do fundo prevê a cobertura de parte do risco dos agentes financeiros com essas operações, através da concessão de garantia que poderá chegar a 80% do crédito total, e estará sujeita à validação de critérios técnicos do projeto relacionados à eficiência energética”, diz o BNDES em nota.

Com esse volume de aporte inicial, o FGEnergia terá condição de viabilizar a geração de garantias para cerca de R$ 200 milhões em projetos de eficiência energética em todo o Brasil., destaca a instituição. Entre os 29 projetos que se habilitaram no processo de priorização de recursos no 3º Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAR) do Procel, o FGEnergia desenvolvido pelo banco em conjunto com o Laboratório de Inovação Financeira (LAB), foi classificado em segundo lugar.

De acordo com o BNDES, o aumento da eficiência do sistema energético nacional provocará impactos relevantes na produtividade da economia, na redução do consumo de combustíveis fósseis e na emissão de gases de efeito estufa, colaborando para um Brasil mais sustentável.

Agora, que foi selecionado, o fundo deverá cumprir as fases seguintes de estruturação, aprovação interna e implementação pelo BNDES, com apoio do LAB e em parceria com a equipe do Procel. “Em sua primeira fase de operação, o FGEnergia servirá de piloto para uma futura captação de recursos de terceiros, junto a investidores de impacto, nacionais e internacionais”.

Para a superintendente da Área de Energia do BNDES, Carla Primavera, a experiência e abrangência da instituição nesta área será fundamental para o avanço do projeto. Aproveitando tal experiência, o FGEnergia vai agregar ainda o conhecimento técnico do banco sobre o setor de energia para validação das operações, mediante a aplicação de uma ferramenta de avaliação qualitativa dos projetos submetidos ao fundo pelos agentes, observou Carla.

O BNDES informou ainda que, ao lado do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), uma das instituições que integram o LAB, vai trabalhar conjuntamente na captação de novos recursos para o FGEnergia. A intenção é estabelecer diálogo com fundos internacionais com foco no combate às mudanças climáticas e no crescimento global sustentável, como o Green Climate Fund, o Sustainable Infrastructure Program e o banco de desenvolvimento alemão KfW.

O Procel foi criado em 1985 para incentivar ações voltadas ao aumento da eficiência no uso da energia e a adoção de hábitos de consumo mais conscientes. O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Eletrobras.

Link para notícia: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/bndes-recebera-recursos-para-projetos-de-eficiencia-energetica

Projeto da UFPel, de edifício que produz a própria energia, é aprovado pela Eletrobras

 

No fim de maio, a Universidade Federal de Pelotas, com o Projeto Anexo FAUrb – NZEB UFPel, dentre 31 inscritos de todo o país, sagrou-se a segunda colocada no edital de chamada pública lançado pela ELETROBRAS, intitulado Procel Edifica – NZEB Brasil.

Edificações NZEB são edificações de alta eficiência energética que produzem sua própria energia de fonte renovável, e alcançam um balanço anual energético próximo a zero, reduzindo o impacto ambiental e a necessidade de investimentos para construção de usinas de geração de energia.

Esta forma de construção ainda não é obrigatória nas cidades brasileiras, mas na Europa já existe legislação que exige que todos os novos prédios construídos a partir de 2021 sejam NZEB. Estados Unidos, países asiáticos e outros já possuem incentivos para este tipo de projeto.

Desta forma, a UFPel adianta-se no Brasil em relação a esse tema, capacitando-se para ser uma das instituições pioneiras e uma referência nacional em prédio público NZEB.

Esta Chamada Pública tem como objetivo contribuir para a construção de até quatro NZEBs no território Brasileiro – cada projeto selecionado receberá o valor de até R$ 1 milhão de reais; fomentar o conhecimento, estudo e desenvolvimento de projetos de NZEB; criar um efeito de demonstração de edificações NZEB, possibilitando que este tipo de edificação possa ser adotado em larga escala, no contexto nacional, dentre outros objetivos.

Sob coordenação do professor Antonio César Silveira Baptista da Silva, o Projeto Anexo FAUrb – NZEB UFPel contou com uma equipe formada por técnicos da UFPel, professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, alunos de Mestrado do PROGRAU e pesquisadores do Laboratório de Inspeção de Eficiência Energética em Edificações – (LINSE| UFPel).

O Anexo FAUrb – NZEB UFPel, com cerca de 600 m², distribuídos em três pavimentos, foi desenvolvido com o intuito de ser uma edificação com tecnologia e materiais de construção usuais na região e similar ao existente no local, porém com a adoção de estratégias bioclimáticas que permitam manter as condições internas de conforto por meios naturais na maior parte do tempo, complementando com equipamentos e sistemas eficientes.

Ao alto desempenho energético do edifício, aoma-se uma geração renovável de energia através de módulos fotovoltaicos, totalizando capacidade instalada de aproximadamente 14 kW. Conforme os resultados da simulação computacional de desempenho energético, anualmente, o prédio deverá produzir mais energia do que consome, abatendo o consumo de energia da UFPel.

Para garantir que o edifício em uso obtenha tanto desempenho quanto em simulação, esta proposta incluiu sistema de automação predial atuando, por meio de inteligência artificial, na iluminação natural e artificial, ventilação natural, ventiladores de teto, condicionador de ar e sombreamento complementar, para tomar as melhores decisões, no que diz respeito ao conforto e ao consumo de energia, a partir de informações coletadas por sensores.

Este sistema, em desenvolvimento com o Grupo de Aplicações em Inteligência Artificial (GAIA), do CDTEC, proporcionará, ainda, a interação com o usuário, como forma de orientação e aprendizagem nos dois sentidos, aliando-se ao Programa de Bom Uso Energético (Proben). As tecnologias aplicadas nesta proposta fazem com que esta edificação se constitua num grande laboratório experimental, em uso real de aplicação e divulgação do conceito NZEB em edificações públicas, num dos climas mais complexos do país.

Para garantir a qualidade, do projeto executivo à instalação e uso dos sistemas, será implantado processo de comissionamento contínuo do edifício, a fim de identificar a necessidade de intervenções preventivas e/ou corretivas, conduzido pelo Grupo de Pesquisa em Gestão da Construção (GECon), da FAURb.

Como prédio público federal, o Anexo FAUrb, deverá receber a etiqueta de eficiência energética, conforme obriga a Instrução Normativa n° 02/2014 e será aberto à visitação pública, em horários determinados, por um período de dois anos, conforme condições do Edital. “A construção deste prédio, concebido ainda enquanto Diretor da FAUrb, comprova ser possível fazer, hoje e aqui, edificações comprometidas com o futuro”, disse o professor Antonio César.

Acesse a notícia completa no site da UFPel clicando aqui.

 

Obrigatoriedade de Etiqueta Nível A para as Edificações Públicas Federais

A partir do mês de agosto  deste ano a etiqueta de eficiência energética se tornou requisito obrigatório para edifícios públicos federais conforme Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 2, de 4 de junho de 2014.

A Instrução Normativa dispõe sobre regras para a aquisição ou locação de máquinas e aparelhos consumidores de energia pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e uso da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) nos projetos e respectivas edificações públicas federais novas ou que recebam retrofit.

Veja a Instrução Normativa MPOG/SLTI nº 2, de 4 de junho de 2014 na íntegra em: 

http://www.comprasgovernamentais.gov.br/paginas/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-2-de-4-de-junho-de-2014