Pesquisa, Extensão e Ensino

Veias Abertas da Ferrovia: contribuições antropoéticas ao Centro Cultural da Estação (Projeto de extensão)

Trabalho colaborativo com moradores do Bairro Simões Lopes, especialmente pessoas e famílias comprometidas com a memória ferroviária, este projeto extensionista é indissociável do ensino e da pesquisa, na medida em que ações a ele relacionadas estão previstas nos programas das disciplinas de Antropologia (2022/2) para o Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Antropologia, bem como para os cursos de Museologia e de História, envolvendo as dimensões éticas, políticas e estéticas do ensino e da pesquisa e vislumbrando processos e produtos em que a comunidade estudada se reconheça como protagonista da produção de conhecimento.
A proposta, portanto, é que o aprendizado da Antropologia ocorra através da teoria, mas igualmente da prática do trabalho de campo, da consulta e produção de acervos visuais, audiovisuais e documentais, envolvendo a problematização da implementação e sucateamento do transporte ferroviário como fenômeno social total, com impactos decisivos sobre a história local, regional, nacional e latino-americana.
Projeto articulado à proposta de Implementação do Centro Cultural da Estação Ferroviária, coordenada por docentes do Depto Museologia e Conservação e Restauro da UFPel, e, em o diálogo com outras áreas do conhecimento (Engenharia, Dança, Cinema, etc.), visando retomar e aportar desdobramentos ao Memorial da Estação Férrea de Pelotas, projeto de extensão desenvolvido no âmbito do LEPPAIS entre 2015 e 2018, com a participação de seu Grupo de Pesquisas e de estudantes da Museologia, em resposta a uma demanda da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT).

Vida nos Trilhos – Ensaios Fotográficos

Memórias da Estação Férrea de Pelotas – Video

Museu de Rua para o Memorial da Estação Férrea de Pelotas – Banners


Antropologia em Mídias Alternativas

Linha extensionista do Coletivo Antropoéticas, Grupo de Pesquisas do LEPPAIS, cadastrado no Deiretório do CNPq. Trata-se da articulação de sub-projetos e ações que visam ampliar diálogos com a sociedade através de podcasts, webnários, webTVs, rádios comunitárias e outras, promovendo a divulgação, difusão e documentação de eventos, produções acadêmicas e projetos de ensino, pesquisa e extensão, e buscando integrar comunidades diversas, interlocutores de fato ou potenciais a respeito de temas de interesse da Antropologia e Ciências Sociais.

Esta Linha articula e integra outros sub-projetos:

– o PodCast Caraminholas (https://open.spotify.com/show/2LT4R0bZftPxAIEOqZGHZv)
Desenvolvido no âmbito da pesquisa de doutorado de Daniele Borges Bezerra com o Movimento dos Ouvidores de Vozes, visando o compartilhamento de experiências relacionadas às formas de cuidado em Saúde Mental e seus atravessamentos políticos, éticos e sensíveis, mas também a outras formas de significação de fenômenos da percepção considerados como sintomas pela Psiquiatria Convencional.

– O Podcast Antropólis (https://open.spotify.com/show/3NwxK6MQiXS9DsLhd9fbnS)
Iniciativa do Prof. Dr. Guilhermo Aderaldo (pós-doutorado no PPG em Antropologia de 2019 a 2023), cujos propósitos são: a ampliação do alcance dos conhecimentos produzidos por pesquisas antropológicas dentre estudantes e pesquisadores de outras instituições científicas e dentre o público mais amplo; o fortalecimento das relações institucionais com departamentos de outras regiões do país e do exterior; a produção de material didático-pedagógico para o ensino da área de antropologia e áreas afins.

O Projeto Trajetórias pessoais na Antropologia Visual no Brasil, desenvolvido em parceria com o Laboratório das Memórias e Práticas Cotidianas (LABOME) da Universidade do Vale do Acaraú (UVA), Ceará. Premiado pela Associação Brasileira de Antropologia na categoria Divulgação Científica (2022). Trata-se de uma séria de 36 entrevistas via webconferência com expoentes da Antropologia Visual Brasileira, as quais foram transcritas, revisadas e publicadas em e.book e impressão pela Editora Sertão Cult : https://repositorio.editorasertaocult.com.br/index.php/omp/catalog/book/54
Entrevistas no Canal YouTube do LABOME: https://www.youtube.com/playlist?list=PLrKSbcOn7CPtLnaOF35Gi_ZrB2H7z7H7_

Internacionalização das vídeo-aulas “Cinema e Antropologia: para uma antropologia fora do texto” de Marc-Henri Piault.
Tradução para o português e o inglês da série de 9 vídeo-aulas com o Prof. Dr. Marc Piault, publicadas na Télé AMU – Université AIX MARSEILLE em 2013, sob o título “Cinéma et Anthropologie: vers une anthropologie hors texte”. O projeto de tradução financiado pela Université Numérique sob coordenação do Dr Pascal Cesaro (maître de conference no Département Arts du spectacle, Master Cinéma et audiovisuel da Université d’Aix Marseille), em parceira com LEPPAIS e apoio da Associação Brasileira de Antropologia, do NAVISUAL/UFRGS, do LABOME/UVA, dentre outro núcleos acadêmicos brasileiros.

Publicação (vídeo) de aulas do Prof. Mario Osório Magalhãe (Projeto de Ensino)
Resgate de um projeto desenvolvido em 2009, “REGISTRO AUDIOVISUAL DE AULAS DO PROF. MARIO OSORIO SOBRE A HISTÓRIA DE PELOTAS”, o qual foi interrompido devido ao falecimento do referido docente, em 201. O material gravado, com apoio de bolsistas do Curso de Cinema que atuavam no LEPPAIS, serviria de base para um documentário sobre a história de Pelotas, a ser montado em alternância com outras filmagens em locais específicos da cidade mencionados pelo professor. Passados quatorze anos do cadastramento do projeto, consideramos que o próprio registro deste eminente professor constitui um material de valor inestimável em termos de ensino e pesquisa, de modo que faremos um tratamento editorial básico para disponibilizar as próprias aulas ao público acadêmico, pesquisadores e público em geral.

– Na origem desta Linha de Pesquisa e Extensão, também esteve o programa radiofônico Nós Nossotros – Antropofonias e Charlas, uma iniciativa de discentes do Bacharelado em Antropologia e Arqueologia e veiculado semanalmente na rádio comunitária Radiocom, entre 2017 e 2019. Posteriormente transformado em podcast.


Estudo antropológico sobre percepções, emoções e inteligência artificial

Considerando que a Inteligência Artificial (IA) media e produz práticas, relações, subjetividades, alteridades, modos de vivenciar e conceber o espaço, o tempo e a própria existência, este projeto propõe o desenvolvimento de dispositivos numéricos por meio de realidades mistas, capazes de mediar dos processos de verbalização e compreensão de emoções relacionadas a fenômenos percebidos pelo corpo (MERLEAU-PONTY, 1994). O método para o estudo baseia-se na associação entre narrativas orais e ferramentas de IA, tais como a DALL-E e a Midjourney, que geram imagens digitais a partir de algoritmos e prompts de comando seguidos de uma frase, evocando experiências sensoriais distintas e imaginários que sustentem as representações artificiais em cada situação narrada. Tomaremos como universos de investigação, coletivos com os quais já temos sólidos vínculos de pesquisa: a Comunidade Quilombola Rincão das Almas, em São Lourenço do Sul (RS); o Grupo de Auto e Mútua ajuda Vozes que nos Unem, em Rio Grande (RS), coletivos de candombe uruguaio, além de segmentos sociais que circulam em espaços públicos. Com eles, pretendemos dar início a experimentações mediadas por dispositivos tecnológicos de IA com vistas à comunicação de experiências sensoriais associadas a intuições, premonições, sonhos e acontecimentos que desejem relatar.
A proposta situa-se na linha de investigação “Máquinas, Corpos e Grafias” do Coletivo Antropoéticas, vinculado ao Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS) e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (PPGAnt/UFPel).


Projeto para implantação do “Centro Cultural Estação Ferroviária”

O “Expresso Memória” é uma ação do “Projeto para a implantação do Centro Cultural Estação Ferroviária” de Pelotas, R.S., parceria entre a Prefeitura Municipal e o Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O projeto, nascido no ano de 2019, conta com muitos parceiros, como o Suldesign Estúdio (UFPel), responsável pela identidade visual e site da iniciativa, e com a trajetória prévia do trabalho do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS- UFPel), que já havia realizado pesquisas junto aos ex-ferroviários e seus familiares, moradores do entorno da Estação, resultando em uma exposição no ano de 2015.

O “Expresso Memória” tem por objetivo narrar e registrar memórias do tempo do transporte ferroviário na cidade, mas também congregar pessoas que têm interesse pelo passado de Pelotas e pelo seu patrimônio.

Coordenação: Juliana Conceição Primon Serres

https://wp.ufpel.edu.br/expressomemoria/sobre-o-projeto/


Antropoéticas do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som

Este projeto promove desdobramentos e aprofunda implicações teórico-metodológicas acerca do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação promovido, desde 2008, pelo Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS) – projeto de extensão permanente, fundado pela proponente do presente projeto de pesquisa, o qual foi registrado no Diretório de Pesquisa do CNPq em 2018 sob o nome de Antropoéticas: Coletivo de Pesquisa em Ação. O LEPPAIS integra a Rede de Pesquisas em Antropologia Visual (RPAV) e foi responsável pela implementação desta subárea na Universidade Federal de Pelotas, sendo um dos núcleos estruturantes do Bacharelado em Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (criados, respectivamente, em 2008 e 2012).
Os investimentos compartilhados na experimentação de recursos criativos e na reflexão sobre dimensões poéticas e políticas de processos e produtos de pesquisas antropológicas desenvolvidas em interação com áreas afins, têm o intuito de promover a quebra de fronteiras entre ensino, pesquisa e extensão, potencializando interesses e desejos mútuos entre conhecimentos acadêmicos formais e conhecimentos populares anti-hegemônicos. Toma-se por premissa o fato de que a produção científica vem enfrentando desafios epistêmicos, políticos e metodológicos, na medida em que sujeitos e “objetos” de pesquisa não podem mais ser compreendidos separadamente com base interpretações unívocas e restritas a determinado campo do saber. Considera-se, portanto, o imperativo de dinamizar as trocas e diálogos com a sociedade, explorando caminhos multi, inter e transdisciplinares, com vistas a uma virada epistêmica, através de abordagens atentas às agências e interações de diferentes cosmologias, modernas e tradicionais, envolvendo humanos, não-humanos, duplos e simulacros. Baseadas em métodos e técnicas diversas – como observação flutuante, observação participante, caminhadas e deambulações, diários gráficos, fotográficos, videográficos e sonoros para o trabalho de campo, e a “metodologia dos cafés” para a democratização de debates – tais pesquisas, articuladads a oficinas, grupos de trabalho, exposições, publicações, intercâmbios e programas em mídias alternativas, convidam a reflexões éticas e experimentações estéticas com linguagens e metalinguagens inovadoras e propícias à restituição social, que logrem considerar as diferentes agências na produção do conhecimento.


Práticas e conhecimentos quilombolas na Paraíba e no Rio Grande do Sul: experimentações de extensão, ensino e pesquisa etnográfica com materiais sensíveis

Resumo: Por meio da presente proposta reuniremos iniciativas que inter-relacionem ensino, pesquisa e extensão na construção do conhecimento científico a partir da produção de materiais sensíveis diversos. Toma como referenciais projetos coletivos e individuais nos quais está presente o compartilhamento de uma relação entre sujeitos gerado por formatos coparticipativos. O objetivo é realizar pesquisas etnográficas, debates e oficinas com e por meio de materiais visuais e audiovisuais que se voltem para os saberes, histórias e trajetórias de grupos sociais invisibilizados e marginalizados. Farão parte do universo de pesquisa tanto saberes e memórias locais quanto relatos de situações conflituosas e disruptivas narradas por quilombolas da Paraíba e do Rio Grande do Sul, respectivamente na Comunidade Quilombola de Mituaçu – na qual, ao mesmo tempo em que está sendo elaborada uma coleção gráfica e botânica de plantas medicinais da comunidade, emerge também a demanda por um acervo comunitário mais amplo relacionado aos saberes locais –, e na Comunidade Quilombola do Rincão das Almas – onde a produção, em curso, de fotobiografias das mulheres trouxe importantes elementos biográficos sobre a constituição do território. Quilombolas esses/as que são também agricultores/as, benzedeiras, rezadeiras, contadores de histórias, guardiões das sementes crioulas e de plantas medicinais, pescadores/as, entre outros. São indivíduos que pouco figuram nos relatos oficiais, mesmo que tenham contribuído significativamente para a formação social regional e nacional. Junto com trajetórias individuais singulares, também emergem práticas comunitárias, sejam elas religiosas, de produção, cura, entre outras. Práticas que se expandem por todo Brasil e fortalecem os territórios desses povos diante das mudanças no mundo contemporâneo, além de colaborarem para a conformação de complexos conhecimentos relacionados a saberes locais que se expandem e se vinculam — em seus conflitos, transformações e na relação entre saberes e biodiversidade em um mundo de materiais em constante experimentação. A problematização contínua dos limites do fazer ciência atual está subjacente à discussão desta proposta, sem esquecer as intencionalidades diversas, especialmente daqueles com quem nos propomos a trabalhar. É neste contexto, somado às experiências de pesquisa, ensino e extensão que surgem reflexões, posicionamentos, escolhas e construções coletivas e coparticipativas geradoras de produtos imagéticos e audiovisuais não antevistos.

Palavras-chave: comunidades quilombolas; memórias coletivas; acervo de museu comunitário; audiovisual, Antropologia Compartilhada.

Coordenação: Drª. Patrícia dos Santos Pinheiro (PPGA/UFPB)

Equipe de Pesquisa:
Profª. Drª. Patrícia dos Santos Pinheiro (PPGA/UFPB), Profª. Drª. Aina Guimarães Azevedo (CCHLA/UFPB), Profª. Drª. Cláudia Turra Magni (PPGAnt/UFPel), Prof. Dr. Marcos Castro Carvalho (PPGA/UFPB), Profª. Drª. Luciana Chianca (PPGA/UFPB).
Mestre em Linguística e Doutoranda Ediclécia Sousa de Melo (PROLING/UFPB), Graduada e mestranda em Antropologia Aline Maria Pinto da Paixão (PPGA/UFPB), Graduado e mestrando em Antropologia Antropólogo Guilherme Rodrigues de Rodrigues (PPGAnt/UFPel).
Graduado em Música e mestrando em Antropologia Eduard Alves Fernández (PPGA/UFPB), Graduanda em Licenciatura em Ciências Sociais Thayonara Marina Da Silva Santos (CCHLA/UFPB).

Colaboradores:
Graduando em Cinema Leonardo dos Santos Pinheiro (Cinema/UFSC),
Profa. Dra. Yara Altez Ortega (Universidad Central de Venezuela e Programa de Pós- Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural/UFPel).

Áreas do projeto:
Antropologia das populações afro-brasileiras
Antropologia Visual, Desenho, Artes, Fotografia e Cinema.


Nós Nosotros: antropofonias e charlas
A proposta do Programa semanal de Rádio (104.5 FM – RadioCom) é motivada pelo desejo de divulgar as produções de pesquisa, ensino e extensão do Curso de Antropologia da Universidade Federal de Pelotas e rede de pesquisadores, docentes e discentes a ele associada.
Nós Nosotros: antropofonias e charlas visa estabelecer diálogos para estreitar as relações entre a universidade e comunidades em geral, atentando para o sensível como maneira de acessar o processo de aprender, transbordando na música, na poesia, nos depoimentos que nos situam na vida em uma antropologia do inevitável.

Programas Radiofônicos


Grupo de Apoio à Pesquisa Etnográfica com Imagem (GRAPETI)
Grupo de estudos e atividades promovido pelo LEPPAIS, integrando discentes da graduação e pós-graduação, docentes e membros externos à Universidade, com o propósito de estimular e subsidiar, em termos teóricos, práticos e técnicos, o desenvolvimento de pesquisas antropológicas individuais e coletivas com aporte de imagens fotográficas, videográficas, multimídia e som.

Coordenação: Claudia Turra Magni

Garra Xavante, um documentario musical | Teaser Documentário: “Habitantes do Guaju” | Ensaio fotográfico: Do Castelo ao Quilombo | O Devir das Coisas
Convidados / 2016: Luana Schiavon | Sophia Pinheiro | Tiago Lemões | Marta Jardim
Videoarte: Colonização Cibernética | Transição | Vídeo-poema ao mar


Vida nos Trilhos
Este projeto coletivo, desenvolvido pelo Grupo de Apoio à Pesquisa Etnográfica com Imagem (GRAPETI) do LEPPAIS, por demanda da Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas, visa o desenvolvimento de pesquisa para a elaboração do Memorial da Estação Férrea de Pelotas, destacando a relevância deste patrimônio, através da memória coletiva que o sustenta e das potencialidades de usos e signifcados atuais e futuros daquele sítio e equipamento urbanos.

Coordenação: Claudia Turra Magni

Ensaios Fotográficos | Vídeo | Museu de Rua | TCC


Saberes e Sabores da Colônia
A agenda de pesquisa Saberes e Sabores da Colônia vem, desde 2011, sendo conduzida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Alimentação e Cultura (GEPAC) em parceria com o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS) e o Laboratório de Estudos Agrários e Ambientais (LEAA), da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Nos últimos anos, a ênfase das pesquisa tem se voltado aos objetos e imagens da colônia. Dessa forma, por meio de pesquisa etnográfica e documental, tomando o estudo da alimentação como abordagem privilegiada para apreender modos de vida de grupos camponeses e os objetos materiais como partes integrantes dos sistemas classificatórios desses grupos, buscamos identificar e registrar objetos e técnicas pertencentes ao universo da alimentação da região colonial de Pelotas. Assim é que a atenção tem sido dirigida a equipamentos e utensílios de cozinha, panos de parede, cadernos de receitas, ingredientes presentes na culinária, produtos tradicionais e, complementarmente e na medida em que produção e consumo de alimentos estão, no contexto em estudo, estreitamente associados, também a equipamentos e ferramentas empregados na produção agropecuária.

Coordenação geral: Renata Menasche
Coordenação dos Produtos Visuais/Assessoria em Imagem: Claudia Turra Magni

Como resultados destas iniciativas de pesquisa, foram e têm sido produzidos:

Livro | Trabalhos apresentados em eventos, artigos, capítulos de livro | Trabalhos de conclusão de curso de graduação, mestrado e doutorado | CD-ROM interativo | Coleção de vídeos | Banners

E em breve será disponibilizado na internet um Banco de Imagens para exposição de ensaios e acervo fotográfico produzidos pela equipe de pesquisa.


Histórias de Quilombo: oficina de vídeo na Comunidade Rincão das Almas
Este projeto contempla uma demanda realizada pela Comunidade Quilombola Rincão das Almas, São Lourenço do Sul, RS (que conta atualmente com cerca de 100 famílias), de realização de atividade de elaboração de vídeos junto aos jovens da comunidade. A partir disso, essa Oficina procura relacionar práticas e saberes locais com as novas possibilidades introduzidas com as tecnologias digitais, em um compartilhamento de saberes, vivenciando o uso de ferramentas acessíveis para a elaboração de vídeos, desde o processo de planejamento, captação de imagens até a edição final.

Coordenação: Patrícia Pinheiro; Claudia Turra Magni (apoio LEPPAIS)

Calendários da Comunidade Quilombola do Rincão das Almas


Morada sob as Estrelas
Projeto de extensão vinculado ao projeto de pesquisa: Museu das Coisas Banais (MCB). O MCB existe desde 2014, vinculado ao Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas/RS e busca, através da coleta virtual de acervos e, baseado na metodologia da história oral, a preservação da memória dos objetos, constituindo um acervo digital por meio de narrativas escritas e fotografias. Esses objetos, provenientes da livre participação das pessoas, passam a constituir o acervo museológico do museu virtual. Além da coleta virtual de objetos ordinários, o MCB pretende expandir sua abordagem de coleta e compartilhamento ao trabalhar com “pessoas em situação de rua”. A partir do registro fotográfico e oral, com a população de rua da cidade de Pelotas, pretende-se ampliar a discussão sobre objetos afetivos, memoriais e biográficos, ao trazer à tona outras perspectivas sociais que envolvem a cultura material: consumo, acúmulo, preservação, utilidade, memória e afetividade.

Coordenação: Daniele Borges; Claudia Turra Magni

Matéria Jornal Diário Popular


Terra de Santo: Patrimonialização de terreiro em Pelotas (em parceria com o GEEUR)
O planejamento do pedido de patrimonialização da Comunidade Beneficente Tradicional de Terreiro Caboclo Rompe Mato Ile Axé Xangô e Oxalá, instituição de religião afro-brasileira, de Pelotas, surgiu a partir de uma demanda da própria comunidade afro-religiosa. Busca-se entender o universo desse terreiro, as histórias de formação desse centro, bem como as histórias das pessoas ligadas a essa casa. Assim, procura-se elaborar um dossiê que seja base de encaminhamento do processo para o pedido de patrimonialização desse terreiro. A abordagem utilizada no projeto é multidisciplinar, pautada, especialmente, nas disciplinas de Antropologia e Arqueologia, atentando para as relações entre humanos e humanos-não humanos e para olhares sobre a materialidade. Pretende-se, assim: 1) Compreender a história de formação da casa, com os diversos elementos que a compõe; 2) Procurar entender as relações entre humanos e não humanos, com foco na materialidade (objetos/artefatos) religiosa; 3) Relacionar as atividades religiosas e sociais com outras casas, buscando uma ampliação do entendimento das linhas afro-religiosas em Pelotas para compreender a inserção de tal terreiro no meio urbano; 4) Identificar as redes que ultrapassam os limites do município, seja por atividade religiosa, seja por fornecimento de produtos utilizados para os eventos religiosos; 5) Elaborar um dossiê para o pedido de patrimonialização desse terreiro.
Coordenação: Louise Alfonso
Assessoria em Imagem: Claudia Turra Magni

Divulgação


Mapeando a Noite: o universo travesti (em parceria com o GEEUR)
O projeto busca entender o universo das travestis que trabalham nas ruas das noites de Pelotas, especialmente as alocadas na região do centro da cidade,através de abordagens multidisciplinares que contemplem, junto aos estudos etnográficos, olhares voltados para a materialidade desse universo (mapas das ruas e trajetos; vestimentas e acessórios; construção do corpo, etc). Pretende-se, assim: 1) Compreender de que forma elas entendem o seu trabalho; 2) Identificar e entender as possíveis fronteiras entre trabalho e afeto, uma vez que esse universo abarca relações pessoais íntimas; 3) Mapear as áreas urbanas de atuação profissional;4) Identificar os processos de territorialização; 5) Compreender as escolhas e usos de vestimentas e acessórios atinentes ao trabalho (e fora dele), buscando, assim, identificar as relações humanos-objetos; 6) Gerar debates e Reflexões sobre corporalidade; 7) Promover a valorização e visibilização da luta travesti por meio de eventos e ações que procurem minimizar os efeitos dos estigmas implicados tanto sobre as questões profissionais, quanto nas relações de gênero.

Coordenação: Louise Alfonso
Assessoria em Imagem: Claudia Turra Magni


Coleção de vídeos e fotos etnográficas do Concurso Pierre Verger (2010)
Coleção composta por dezoito vídeos etnográficos e treze ensaios fotográficos – todos premiados em diversas modalidades do concurso, entre 1996 e 2008.
Para maiores informações, clique aqui.


Inventário Nacional de Referências Culturais – Lidas Campeiras na Região de Bagé (2010-atual)
Em consonância com a política de preservação da diversidade étnica e cultural do país, a presente iniciativa de pesquisa atende a uma demanda da Prefeitura Municipal de Bagé/RS, acolhida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), por intermédio do curso de Bacharelado em Antropologia, visando a documentação, a produção de conhecimento e o reconhecimento da pecuária, enquanto referência na estruturação da cultura gaúcha. Percebido como um fato social total, por permear diferentes dimensões da vida no pampa e permitir a discussão sobre uma ampla gama relações sociais, o sistema da pecuária – a criação de bovinos, ovinos e eqüinos, para fins econômicos – tem, na perspectiva deste estudo, o estatuto de patrimônio dessa região. Ao pensar as culturas como patrimônio, a partir do que sugere Gonçalves (2004), atenta-se para a idéia de comunicação entre o passado e o presente, o cosmo e a sociedade, o indivíduo e o grupo social, e entre a história, a memória e a experiência. Desta forma, a proposta de inventariar a pecuária como referência cultural do pampa, privilegia a relação cultura/natureza, mais especificamente a relação do homem com os animais, para pensar a configuração desta paisagem. A pecuária se apresenta como patrimônio imaterial, e seu registro, enquanto saberes e modos de fazer. A metodologia desenvolvida pelo IPHAN para inventariar bens patrimoniais de caráter imaterial será empregada neste projeto. Este projeto apresenta desdobramentos nas orientações de pesquisa dos alunos de graduação e pós-graduação na área de antropologia /UFPEL.

Coordenação: Flavia Rieth
Coordenação dos Produtos Visuais: Claudia Turra Magni

Trailer | Divulgação DVDs e CD-ROM | Site INRC Lida Campeira Bagé | Site INRC Bagé (antigo)


Inventário Nacional de Referências Culturais – produção de doces tradicionais pelotenses (2006-2014)
O Inventário Nacional de Referências Culturais Produção de doces tradicionais pelotenses, é instrumento de pesquisa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e visa identificar e reconhecer a tradição doceira pela qual Pelotas é nacionalmente conhecida. A compreensão dos múltiplos significados que estão associados à arte doceira, demanda a realização de estudo de perfil etnográfico, considerando as atualizações que têm possibilitado esta tradição manter-se viva como prática social. O Inventário foi dividido em três etapas: preliminar, de identificação e documentação.

Coordenação geral: Flavia Rieth
Coordenação de produtos visuais: Claudia Turra Magni

Divulgação CD-ROM | Artigo


Inventário Nacional de Referências Culturais Massacre de Porongos (2002-2006)
Entre 2004 e 2007, a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizaram o Inventário Nacional de Referências Culturais sobre o Cerro de Porongos. Nesta localidade sulriograndense vem ocorrendo celebrações em homenagem aos soldados escravos que lutaram durante a Guerra dos Farrapos (1835 – 1845) – marco histórico na construção identitária da sociedade gaúcha. Às vésperas da assinatura do Tratado de Paz, entretanto, foram massacrados naquele Cerro, em um episódio controverso, com suspeita de conluio entre as forças Imperiais e os líderes Farroupilhas. Dentre os produtos visuais e audiovisuais deste INRC estão o documentário “Lanceiros Negros: Herança de Porongos”, um CD-rom, uma exposição em banners e um caderno de divulgação.

Coordenação: Daisy Macedo de Barcellos
Coordenação dos produtos visuais: Claudia Turra Magni

Banners | Artigos | Documentário | Demo Reel


Oficina de foto e vídeo – Projeto Saberes e Sabores da Colônia (2011)
Projeto de extensão vinculado ao projeto interdisciplinas e interinstitucional Saberes e Sabores da Colônia (coordenação Profª Renata Menasche) destinado à capacitação dos alunos na utilização de equipamentos fotográficos e videográficos no processo e produto da pesquisa.


Grupo de Estudos sobre Antropologia do Corpo, Espaço e Performance (2008 a 2010)
No segundo semestre de 2008, a partir de uma parceria entre a Academia de Dança Estímulo e a UFPel, foi dado início a um Grupo de Estudos sobre Antropologia do Corpo e da Performance, através de um Projeto de Extensão, com ênfase no público não-acadêmico constituído principalmente por integrantes do corpo de ballet daquele centro de dança, embora também aberta a alunos da UFPel. Teve por objetivo manter um espaço de orientação de leituras e de debates que estimulasse os alunos envolvidos em pesquisas a refletir sobre as bases teóricas e metodológicas concernentes aos três temas enfocados – corpo, espaço e performance; bem como auxiliar os alunos no desenvolvimento e aperfeiçoamento de práticas e técnicas de trabalho de campo, registro e interpretação de dados, assim como na redação e no uso de linguagens audiovisuais para a realização de suas pesquisas.


Grupo de Estudos sobre a Noção/Conceito de Exclusão Social (2009)
Este projeto de ensino surgiu da necessidade de conceituação e aprofundamento teórico da noção ou do conceito de exclusão social. Direcionado portanto a alunos de diferentes Cursos da UFPel e, mais especificamente, àqueles que desenvolvem suas pesquisas de TCC, monografia de especialização e dissertação de mestrado sob orientação da coordenadora deste projeto.
Usou-se a expressão noção/conceito devido ao conhecimento prévio da multiplicidade de apropriações e interesses acerca do tema da exclusão social. Sabe-se que, tal conceito, a partir da década 1980 e, principalmente 1990, foi alvo de distintos grupos sociais com interesses particulares: intervenções sociais, discursos políticos, movimentos religiosos, além de também ter mobilizado o campo acadêmico no esforço de definição e conceituação. Nesse contexto, o tema encerra tanto uma noção tácita, quanto um conceito.