Resumo da epidemia:
- no mundo: Dados confirmados: 2.218.000; Total de óbitos: 151.000; Total de recuperados: 566.000
- no Brasil: Dados confirmados: 33.682; Total de óbitos: 2.141
- no RS: Dados confirmados: 802; Total de óbitos: 22
- em Porto Alegre / RS: Dados confirmados: 367; Total de óbitos: 9
* Os dados da epidemia foram consultados as 18h do dia 17.04 nos sites: https://www.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6, https://covid.saude.gov.br/ e http://ti.saude.rs.gov.br/covid19/
Hoje os pesquisadores do GDISPEN apresentam uma atualização geral dos principais gráficos que têm sido publicados pelo grupo desde o dia 18.03. A partir da última atualização, no dia 13.04, não serão mais apresentadas estimativas/previsões, uma vez que estas serão feitas pelo Comitê Científico de enfrentamento ao COVID-19 da UFPel (https://wp.ufpel.edu.br/covid19/), e quando publicadas serão compartilhadas para ampla divulgação. Nesta semana foram também divulgados os primeiros resultados da pesquisa EPICOVID, realizada no final de semana de Páscoa no estado do RS (http://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2020/04/15/ufpel-apresenta-resultados-do-estudo-sobre-covid-19/) pela UFPel.
Nos primeiros três gráficos temos os dados reais da epidemia, representados por barras, para os países com o maior número de infectados, incluindo o Brasil. Hoje, o país com o maior número de casos confirmados e de óbitos é os Estados Unidos, e a Alemanha apresenta o maior números de recuperados. Na data de hoje, a China atualizou o número de óbitos que tinha sido divulgado previamente, tendo um aumento em torno de 40% nos dados divulgados (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/04/17/china-altera-balanco-de-mortos-por-covid-19-e-diz-que-numero-e-40percent-maior.ghtml).
Na sequência, no gráfico da esquerda pode-se ver a evolução da epidemia após a confirmação do 50° caso. Pelo zoom, percebe-se que o Brasil segue com padrão de crescimento ascendente. No gráfico a direita vemos a evolução a partir da confirmação do 100° caso, em escala logarítmica.
Na próxima figura apresentam-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil, tanto para o número de infectados quanto para o de óbitos. Inseriu-se no gráfico os valores totais e diários.
Nos três gráficos da evolução do COVID-19 para o Brasil, Rio Grande do Sul e Porto Alegre observa-se claramente um decaimento do número de casos confirmados (em relação ao estimado pelo modelo) a partir do dia 10.04. Acredita-se que a partir desta data, 10.04, o efeito do isolamento social ou mudanças na política de testagem esteja sendo refletido nos dados. A estimativa prévia do modelo SIR foi mantida, e apenas os dados divulgados pelo Ministério da Saúde foram atualizados.
NOTA:
Os pesquisadores do laboratório GDISPEN (Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves e Régis Sperotto de Quadros, estão publicando resultados e gráficos da evolução temporal do COVID-19 desde o dia 18 de março. Para tanto estão sendo utilizados dados da Universidade John Hopkins (EUA), da Wikipedia e do Ministério da Saúde do Brasil. Os dados reais (confirmados pelas autoridades) são comparados com um modelo matemático para epidemias, conhecidos na literatura como modelo SIR. São apresentadas simulações para diversos países, para o Brasil e seus estados. Conforme a epidemia avança uma maior ênfase é dada para o Estado do Rio Grande do Sul.
Este estudo, como tem sido afirmado em todas as publicações, tem objetivo puramente acadêmico e científico, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As publicações geradas a partir da aplicação desses modelos matemáticos consagrados na literatura são de responsabilidade dos autores e não se vinculam à Instituição aos quais pertencem.