“Eu Menstruo”: campanha incentiva combate à pobreza menstrual

 Iniciativa tem o intuito de garantir o acesso a absorventes a pessoas que menstruam

por Amanda Kuhn / Em Pauta

Campanha tem o intuito de garantir absorventes a pessoas que menstruam.

Você já ouviu falar em pobreza menstrual? Nos últimos meses, o assunto ganhou força na internet e gerou debates sobre o acesso (ou a falta dele) a um produto básico de higiene pessoal para pessoas que menstruam: o absorvente. E foi com a vontade e a necessidade de garantir um direito essencial que o projeto unificado da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Mais Juntas, criou a campanha “Eu Menstruo”.

A importância de abordar a pobreza menstrual ficou ainda mais intensa durante o mês de agosto, devido ao ‘Agosto Lilás’, mês que que destaca o enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil. A data, aliada ao principal objetivo do Mais Juntas, de criar tecnologias sociais paliativas e preventivas no combate à violência de gênero, foram a base para o lançamento da iniciativa “Eu Menstruo” no final de agosto – mas com efeitos permanentes.

Em parceria com a Prefeitura Municipal de Pelotas, a ação visa arrecadar absorventes para o maior número de pessoas que menstruam que não tem acesso ao produto. São 14 pontos de arrecadação espalhados pela cidade. “Nós procuramos amenizar os efeitos desse problema, na cidade de Pelotas, com a campanha Eu Menstruo, visto que é um problema difícil de combater devido à desigualdade social e econômica…Então, fazer campanhas como essa ajuda a atenuar os efeitos dessa desigualdade”, enfatiza Julia de Castro, estudante de Engenharia de Petróleo na UFPel e integrante do projeto.

Maria Ada da Silva
 
Derivada do Mais Juntas, a Maria Ada da Silva é a tecnologia social sustentável de enfrentamento à violência de gênero. O perfil (https://www.instagram.com/mariaadasilv/) carrega o nome do meio de Ada, em referência a Ada Lovelace, matemática responsável pela criação do primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina.

Perfil no Instagram atua como amiga das mulheres

A Maria usa a rede social para fazer publicações explicativas e informativas sobre a violência contra a mulher, além de mostrar alternativas e formas de procurar ajuda em casos de violência.

Onde doar

·       Prefeitura de Pelotas – Praça Cel. Pedro Osório, 101

·       Secretaria de Assistência Social – R. Mal. Deodoro, 404

·       Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Claudia Pinho Hartleben – R. Barão de Itamaracá, 690

·       Campus II UFPel – R. Almirante Barroso, 1.202

·       Campus I UCPel – R. Gonçalves Chaves, 373

·       Delegacia da Mulher – R. Barros de Cassal, 516

Parceria entre o Mais Juntas e a Prefeitura de Pelotas foi lançada no final de agosto

·       4º Batalhão de Polícia Militar – Av. Bento Gonçalves, 3207

·       Senac Pelotas – R. Dom Pedro II, 901

·       Faculdade Senac – R. Gonçalves Chaves, 60

·       Ciclos Saúde Singular – R. Albino Brod, 171, sala 607

·       Instituto Buquê de Amor – R. Celso Benites, 62

·       Casa de Las Vulvas – R. Padre Anchieta, 949

·       Farmácias Panvel – R. Dom Pedro II, 851 – Centro, Pelotas – RS

·       Supermercado Paraíso, rua Dom Pedro II, 560, avenida Duque de Caxias, 626, avenida Rio Grande do Sul, rua Paulo Zanotta da Cruz, 815 e rua Almirante Barroso, 2438

 Pobreza menstrual

A pobreza menstrual é uma forma de denominar a falta de acesso ao produto de higiene básica, o absorvente, a pessoas que menstruam. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil sofre com a falta de mais de 4 milhões de itens de cuidados menstruais nas escolas e cerca de 200 mil alunas não tem nenhum acesso aos produtos referentes à menstruação na escola. Aproximadamente 713 mil meninas não têm acesso a banheiro ou chuveiro em casa.

A falta de recursos e acesso a absorventes é um problema social, político e econômico. Ações como a “Eu Menstruo” são essenciais para combater a pobreza menstrual. Encontre um ponto de arrecadação, e doe um absorvente descartável.

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