Bandeira verde alivia  às contas de energia em dezembro

A partir desse mês os consumidores brasileiros de energia elétrica não pagarão taxa extra

Bárbara Vencato / Em pauta

Redução de custos gera economia nas contas de casa. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Em Pauta UFPEL

Após meses de oscilações entre as bandeiras tarifárias amarela e vermelha, a bandeira verde volta a valer em dezembro, trazendo alívio para os consumidores. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atribui a mudança à melhora nas condições de geração de energia no Brasil. Segundo a agência, o período de chuvas intensas nas últimas semanas favoreceu a produção de energia hidrelétrica, que possui custo inferior ao das usinas termelétricas, utilizadas quando os níveis dos reservatórios estão baixos.

O sistema de bandeiras tarifárias

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos de geração de energia elétrica, variando de acordo com a disponibilidade de recursos e o uso de diferentes fontes de energia.

Bandeira verde: indica condições favoráveis, sem acréscimos na conta de luz.

Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com acréscimo de R$ 1,85 a cada 100 kWh consumidos.

Bandeira vermelha: aplicada em dois patamares; no patamar 1, há acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh, e no patamar 2, R$ 7,87.

Entre abril de 2022 e julho de 2024, a bandeira verde predominou, mas nos meses seguintes o cenário oscilou. Após períodos com bandeiras amarela e vermelha, dezembro marcou o retorno da bandeira verde, eliminando custos adicionais.

O impacto das tarifas na população

As tarifas de energia elétrica têm impacto significativo na economia doméstica e nacional. Henrique Mendonça, professor de economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ressalta que as famílias de menor renda são as mais afetadas pelo aumento nas tarifas. “Na economia, como um todo, os custos da energia influenciam os preços finais dos produtos, pressionando o custo de vida da população de forma geral”, explica.

Por outro lado, iniciativas como o uso de energia solar têm ajudado famílias a reduzir os gastos. Cláudia dos Santos compartilha sua experiência: “Hoje eu gasto bem menos energia do que há três anos. Antes, nas épocas de maior consumo, como dezembro e janeiro, eu chegava a pagar cerca de R$ 800 por mês. Depois que instalei placas de energia solar, isso mudou drasticamente. Recentemente, minha conta ficou em R$ 78, e isso porque divido com mais duas casas. Se fosse antes, seria pelo menos R$ 800 ou mais. Foi uma grande diferença, e isso me motivou a investir nas placas.”

A adoção de tecnologias sustentáveis e a recuperação das condições hídricas evidenciam o potencial de redução no custo de energia para os consumidores, aliviando tanto os orçamentos familiares quanto os impactos econômicos mais amplos.

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