Aumento do dólar não para

 

por Yasmin Vierheller Benedetti

O aumento do dólar é uma das consequências da crise política e econômica no país. O afastamento dos investidores, a crise mundial, o aumento dos juros no banco central americano, a dívida pública, são razões para a valorização do dólar no Brasil. Os fatores são tanto internos como externos. Com um aumento significativo, que já passa de R$3,60; o real continua a desvalorizar frente ao mercado.

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De acordo com reportagem do site G1*, publicada no dia 31 de agosto de 2015, no mês de agosto do ano passado o dólar era vendido a R$2,26; uma valorização de 57% se comparado com o preço atual. Embora, muitos produtos utilizados no mercado não sejam importados, o aumento do dólar pressiona o mercado interno, elevando o nível dos preços no país.

O Brasil ainda pode crescer com a alta do dólar, estimulando o comércio interno, contudo devido à crise econômica que se sucede no país, visível a cada vez que o brasileiro vai às compras, é difícil em um momento instável como no qual o país está, gastar. Logo, o turismo é outro fator contaminado pela alta do dólar, com os preços de compra elevados muitos deixam de viajar para o exterior e acabam por optar por destinos locais, estimulando as viagens nacionais, o que não, necessariamente, signifique um aumento do movimento no setor turístico.

Real x dólar (imagem: divulgação)

Real x dólar (imagem: divulgação)

 

Outro setor que lucra com a crise é o sistema bancário. Com a alta do dólar, os bancos cobram mais pelos empréstimos, elevando as taxas de juros. O que é um problema para os brasileiros, principalmente para aqueles que desejam investir, ou seja, não é um bom momento para o empreendedorismo.

O estudante de economia, Michel Meyer, acredita no aumento do dólar para próximo do estágio de R$4,00; devido à expectativa de subida dos juros norte-americanos. E ressalta que a alta do dólar é um problema para quem lida com produtos importados, como insumos para a fabricação de bens, pois se o preço da matéria prima sobe, o preço do produto sobe também, e as vendas acabam caindo com isso. Portanto, não é um momento estável para o mercado, mas são consideráveis os investimentos em títulos públicos.

– Acredito que com a taxa Selic a 14,15 ao ano, seja um bom momento para investir em títulos públicos para quem quer segurança. Quanto às ações, julgo não ser uma boa fase, pois estamos com muitos problemas a nível macroeconômico, com a bolsa ainda em processo de desvalorização. Contudo, talvez no final deste ano ou início de 2016, seja um período bom para começar a investir em ações. E quanto à poupança, visto que ela rende em torno de 7% ao ano e a inflação passou a marca dos 9%, o resultado é uma perda de valor do dinheiro na caderneta de poupança”, afirma o estudante.

Não há previsão para baixa ou estagnação do dólar, o que transforma o Brasil em uma área de risco para o empreendedorismo. Os investidores internacionais podem deixar o país mediante a desvalorização do real, caso o dólar aumente para R$4,00. E o rumo é a elevação no nível dos preços, resultando no aumento da inflação.

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Fontes:

* Matéria G1: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/08/dolar-turismo-chega-passar-de-r-442-em-casas-de-cambio.html

** http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/ate-onde-vai-cotacao-do-dolar.html

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