A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) planejou seu futuro, através da elaboração do novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que terá vigência de 2022 a 2026. O PDI apresenta o planejamento estratégico da instituição, sendo uma ferramenta fundamental no alinhamento das ambições da comunidade acadêmica com as necessidades da sociedade.
Além da importância prática, o Plano possui uma série de legislações que destacam sua relevância e até mesmo obrigatoriedade, como no caso da Lei nº 10.861/2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e indica o PDI como dimensão institucional obrigatória no momento de avaliar as Instituições de Ensino Superior (IES) e seus cursos.
Um documento institucional de tamanha relevância precisa ser feito a muitas mãos, por isso, a participação na sua elaboração é fundamental! Na UFPel, a participação se deu em diversas formas e momentos, desde a utilização de documentos participativos como base (Planos de Desenvolvimento das Unidades, Orçamento Participativo e Avaliação Discente de Disciplinas), até a colaboração direta, através de formulário online e participação nas Comissões de Elaboração.
Formulário de participação
Foi organizado pela CDIP/PROPLAN em parceria com o COPLAN, baseado nos passos anteriores de participação da comunidade: os Planos de Desenvolvimento das Unidades (PDUs), Orçamento Participativo (OP) e Avaliação Discente/Institucional realizado pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA). Esteve aberto para contribuições de 22 jul. até 12 set. 2021.
O principal propósito foi consultar a comunidade acadêmica sobre objetivos e ações para UFPel nos próximos 5 anos.
A porta de entrada do formulário, para o participante, foram os 26 objetivos estratégicos gerados até aquele momento. Ao escolher um destes objetivos estratégicos o passo seguinte foi a avaliação dos objetivos específicos relacionados quanto a sua pertinência. Em seguida, o participante pôde propor ações para a execução.
Os dados obtidos por meio das respostas compuseram um pilar suplementar no embasamento da elaboração do novo PDI da UFPel.
Qual foi o grande diferencial deste PDI 2022-2026?
O caráter público e a relevância social das universidades são características que devem balizar o seu planejamento. Assim, a sua concepção de futuro, bem como suas respectivas decisões subsequentes, não devem ser exclusivas de uma administração central, mas devem envolver aqueles que são diretamente afetados pelos problemas que necessitam ser resolvidos.
Para tanto, é imprescindível criar meios que estimulem a ampla participação, tão necessária. Considerando o exposto, em 2017 e 2018, a UFPel descentralizou parte importante de seu planejamento através da mobilização para construção participativa dos Planos de Desenvolvimento das Unidades (PDU), processo pelo qual as unidades planejaram suas prioridades a curto prazo. [1]
Na imagética, o planejamento institucional universitário pode ser representado por uma pirâmide, onde os objetivos estratégicos contidos no PDI estão no topo, os objetivos táticos localizados no meio, encontrando-se na base os objetivos operacionais, estes últimos presentes nos PDUs. As características táticas encontram-se em maior âmbito nas unidades administrativas, assim como as características operacionais destacam-se nas unidades acadêmicas. Nosso trabalho foi de garantir que os PDUS (e seus objetivos táticos e operacionais) das Unidades Acadêmicas servissem de pilar e influenciassem o novo PDI (objetivos estratégicos).
A metodologia de renovação do PDI, aprovada pelo CONSUN no início do ano de 2021, demonstrou que mobilizações e ações oriundas da comunidade, tais como: os PDUs, o orçamento participativo da UFPel, assim como a avaliação discente possuem grande relevância na marcha para geração do novo PDI da universidade, possibilitando um protagonismo da comunidade acadêmica na decisão dos novos rumos que a UFPel escolherá para os próximos 5 anos.
Dessa forma, os objetivos estratégicos foram construídos a partir dos objetivos operacionais, efetivando-se a “inversão da pirâmide de planejamento”, anunciada em 2018. [1] A participação da base não se resumiu à construção dos documentos citados anteriormente, mas deu-se também por meio da participação na composição das Comissões, que redigiram o novo documento. Estas tiveram atribuições importantes para a completude e a funcionalidade do novo PDI, como a compilação de dados, a indicações de ações e a construção de indicadores e cronograma de execução.
Ainda, o momento de elaboração do novo PDI não foi compreendido, simplesmente, como o final de vigência de um PDI e o começo de um novo, mas sim como um período de transição do planejamento da universidade. É importante ressaltar, igualmente, que comissões tiveram a atribuição de conduzir esta transição, prezando aqueles pontos que ainda mereciam ser considerados.
Acesse aqui a LIVE transmitida em agosto de 2021.
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