O edital convocado para o PNLD 2022 (uso do livro didático, incluindo a Ed. Infantil) tem causado um amplo debate e por diversos pontos de vista.Para o MEC, é visto como um avanço, mas para nós da área da educação, é considerado um retrocesso em relação às nossas perspectivas e concepções dos princípios e objetivos da Ed. Infantil.

O PNLD é, de certa forma, um engessamento da liberdade de todos os estímulos e aprendizados, tanto das crianças como das professoras. Um livro didático na escola infantil atrapalha a professora, a impedindo de fazer a mediação entre o aprendizado e as crianças, pois elas têm o direito de explorar e de se expressar de maneira livre, sem as visões impostas por um livro didático. Sabemos que o dia-a-dia na escola infantil não segue um cronograma rígido, pois o ritmo das ações e relações são sempre dependentes dos atores que compõem esses contextos e a professora tem que ter a liberdade para mudar sua proposta, conforme o andamento das situações de aprendizagem. Segundo a BNCC, a criança tem os aprendizados e as experiências em situações lúdicas e livres. O uso do livro didático impediria que esta base estivesse presente.

Nessa discussão, uma questão não quer calar: onde estará o direito de brincar, explorar, conviver, se expressar e participar da criança?! Após inúmeras críticas ao PNLD, fica claro que elas têm razão ser, pois a adesão ao livro didático desconsidera os direitos de aprendizagem da BNCC.

 

Texto: Alixandra e Natalie