A vida humanitária da Audrey Hepburn

Uma das atrizes mais famosas e consagradas de Hollywood, Audrey Hepburn – nascida em 4 de maio de 1929 em Bruxelas – também se destacou como uma ajudante humanitária. Ela ganhou reconhecimento, como atriz, no cinema com seu papel principal em “Roman Holiday” (1953), pelo o qual foi a primeira atriz a ganhar um Oscar, um Globo de Ouro e um BAFTA de melhor atriz, por uma única performance. Ela também atuou em outros filmes famosos como Sabrina (1954), Funny Face (1957), The Nun’s Story (1959), Breakfast at Tiffany’s (1961), My Fair Lady (1964), entre outros. 

Audrey Hepburn (Foto: Reprodução)

No decorrer da Segunda Guerra Mundial, Audrey morou na Holanda e estudou para ser uma bailarina. Quando o país foi ocupado pela Alemanha Nazista, Audrey passou por desnutrição, o que a levou a ter problemas de saúde que perduraram por toda sua vida. Sua família foi afetada diretamente, seu tio foi executado em um movimento de resistência e seu irmão, levado a um campo de trabalho alemão. Apesar das condições difíceis em que vivia, Audrey ajudou o movimento local de resistência ao nazismo, realizando apresentações de ballet clandestinas, a fim de arrecadar dinheiro para ajudar judeus refugiados. Mais tarde ela afirmou que, “se soubéssemos que seríamos ocupados por cinco anos, poderíamos ter atirado em nós mesmos. Nós pensamos que acabaria em uma semana, seis meses, no próximo ano, e foi assim que nós passamos por isso”. 

Durante esses anos, Audrey e sua família receberam ajuda da United Nations Relief and Rehabilitation Administration, a organização que originou o UNICEF. Sua gratidão pela organização foi um dos motivos que levou a atriz a se aliar à causa humanitária.“Eu posso testemunhar o que a UNICEF significa para as crianças, porque eu fui uma dessas crianças que recebeu alimento e medicação logo após a Segunda Guerra Mundial. Eu tenho uma duradoura gratidão e confiança pelo o que o UNICEF faz.”

Fonte: Getty Images

Em 1988, foi nomeada embaixadora da Boa Vontade do UNICEF, nesse mesmo ano visitou um orfanato na Etiópia, onde anos de seca e conflitos civis causaram uma fome terrível. Audrey viajou por diversas regiões mais pobres do mundo, prestando serviço para o UNICEF até o fim de sua vida, promovendo campanhas de direitos básicos dos cidadãos, como por exemplo, visitando um projeto de vacina contra a poliomielite na Turquia, programas de treinamento para mulheres na Venezuela, projetos para crianças que trabalhavam na rua em Equador, projetos para fornecer água potável na Guatemala e Honduras e projetos de alfabetização de rádio em El Salvador. Também visitou escolas em Bangladesh, serviços para crianças carentes na Tailândia, projetos de nutrição Vietnã e acampamentos para crianças deslocadas no Sudão. Audrey falava cinco idiomas, inglês, neerlandês, francês, espanhol e italiano, que foi essencial para seu trabalho humanitário na UNICEF. 

@UNICEF/UNI40095/Isaac

Em 1992, Audrey foi reconhecida com a maior honraria civil dos EUA, a Medalha Presidencial da Liberdade pelo então presidente, George H. W. Bush, em reconhecimento ao seu trabalho com o UNICEF. Um ano depois, Audrey faleceu em virtude de um câncer, em 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos. Em 1994, seus filhos criaram o “The Audrey Hepburn Children’s Fund and Children’s House” para continuar o trabalho humanitário de sua mãe.

Fonte: PAVEL RAHMAN/AP/SHUTTERSTOCK

 

Maria Luisa Simioni    Assistente de Press

Sou estudante do 7° semestre de Relações Internacionais, entrei no projeto ano passado e seguirei agora na Press. Me interesso muito por direito internacional e esse ano, espero poder ajudar a fazer o PelotasMun ser ainda melhor para todos que participarem.