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Projetos de Pesquisa

 

Projetos de Pesquisa
Título do projeto Descrição Integrantes

Patrimonialização da dor: o Memorial da Boate Kiss

(2018 – Atual)

Esse projeto pretende analisar as discussões entorno da patrimonialização da tragédia da boate Kiss em Santa Maria, RS. Ocorrida em 27 de janeiro de 2013, o incêndio levou à morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos. O processo de registro memorial iniciou logo após o evento traumático e se caraterizou por diferentes ações públicas agenciadas pela Associação de Vítimas da Tragédia da Boate Kiss. O projeto em questão visa recuperar as formas memoriais com ênfase no processo de concepção arquitetônica e expográfica do Memorial da boate Kiss. Juliane Conceição Primon Serres (coordenadora); Maria Leticia Mazzucchi Ferreira; Virginia Vecchiolli (UFSM); Darlan De Mamann Marchi; Dani Marin A Rangel; Leonardo Monteiro Alves.
Hospital Colônia Itapuã: Memória e patrimônio em debate O projeto propõe discutir a importância patrimonial do Hospital Colônia Itapuã, leprosário construído em 1940 no município de Viamão, Rio Grande do Sul. O hospital encontra-se em processo de desativação e há uma preocupação relativa à preservação de sua memória, bem como quanto sua importância enquanto possível local a ser patrimonializado. Juliane Conceição Primon Serres (coordenadora); Daniele Borges Bezerra.

Museus de memória no MERCOSUL: dilemas e conflitos sobre a representação do passado (2013 – Atual)

 

Esse projeto visa recuperar as trajetórias de Museus de memória no espaço político do MERCOSUL, conhecer suas inserções (ou não) nos debates atuais sobre violência e Direitos Humanos, refletir sobre as formas comunicacionais adotadas, conhecer a recepção e ressonâncias desses museus no público visitante.

Maria Leticia Mazzucchi Ferreira (coordenadora); Juliane Conceição Primon Serres; Rita Juliana Poloni; Darlan De Mamann Marchi; Carolina Nogueira; Leonardo Monteiro Alves;

 

Patrimônio em lugares de sofrimento: os dilemas da transmissão

(2018 – Atual)

A pesquisa intitulada Patrimônios em lugares de sofrimento: os dilemas da transmissão, é um desdobramento de um projeto maior acerca dos Museus de Memória. O processo de constituição destes museus ancora-se em compreensões mais amplas da memória e patrimônio. Nessa perspectiva, em base às reflexões sobre a forma como os museus de memória operam na construção de narrativas sobre um passado difícil de transmitir, é que o projeto aqui apresentado é uma derivação e, ao mesmo tempo, um novo campo de análise, voltando-se a analisar os processos de patrimonialização e gestão do que se entende por patrimônios difíceis, representados, para fins dessa pesquisa, como aqueles associados aos processos políticos de violência, aos espaços de internação e isolamento e lugares sede de eventos traumáticos. No primeiro eixo estão os processos de patrimonialização de lugares que foram palco da violência política que caracterizou a última ditadura cívico-militar brasileira (1964-1985), identificados como centros de detenção de presos políticos e práticas de tortura: Ilha das Pedras Brancas/Ilha do Presídio no Rio Guaíba e o Centro de Memória IcoLisboa, em Porto Alegre. No segundo eixo será analisado o processo patrimonial referente às edificações centenárias do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre. No terceiro eixo a investigação será voltada ao processo de patrimonialização e conversão em memorial da Boate Kiss, em Santa Maria. Maria Leticia Mazzucchi Ferreira (coordenadora); Dani Marin Amparo Rangel; Juliane C Primon Serres; Darlan de Mamann Marchi; Leonardo Alves Monteiro.

Turismo em sítios de memória: riscos e desafios

(2018 – Atual)

 

Este projeto visa dar continuidade ao trabalho de pesquisa iniciado em 2014 sobre a gênese, recepção e público dos Museus de memória latino-americanos, que por sua vez foi um desdobramento de projeto apresentado em 2011 sobre museus e comunidades. No atual projeto buscar-se-á investigar os impactos da inscrição de museus de memória no cenário urbano como pontos turísticos, e as relações que interpõem no espaço social no qual estão inseridos, tendo como universo de pesquisa museus de memória e memoriais no cenário latinoamericano. A pesquisa tem por objetivo compreender e avaliar os impactos da inscrição de museus de memória no cenário urbano como pontos turísticos, analisando as relações que interpõem no espaço social no qual estão inseridos. Serão analisadas três categoriais de instituições museológicas: Museus implantados em lugares que foram sede de acontecimentos associados à violência; Museus que tematizam a violência, em todas as suas formas e expressões, sem necessariamente estarem associados a um evento histórico em particular; Museus articulados sobre processos específicos de violência do passado e ainda em curso. Maria Leticia Mazzucchi Ferreira (coordenadora); Darlan de Mamann Marchi; Rita Juliana Soares Poloni; Eduardo Knack; Guilherme Ribeiro Corrêa.

Levantamento e sistematização de dados sobre museus de memória na américa latina e anglo-saxônica

(2018 – Atual)

 

Descrição: É possível observar no cenário mundial a proliferação de inscrições memoriais na paisagem urbana, tais como sítios de consciência, monumentos, memoriais, museus e outras instituições voltadas à divulgação de memórias relacionadas a processos traumáticos coletivos, sobretudo aqueles relacionados com os regimes políticos caracterizados pelo terrorismo de Estado e violações de Direitos Humanos, tais como as ditaduras latino- americanas das últimas quatro décadas. A busca pela verdade e o sentido da memória como justiça e reparação, são princípios organizadores destas instituições que estão no centro de políticas levadas a termo pelas agendas governamentais. Processos de patrimonialização e musealização de lugares como centros de detenção. Conforme aponta Paul Williams (2007), a Segunda Guerra Mundial, ao introduzir a categoria de extermínio em massa, gerou novas formas memoriais materializadas em espaços dedicados às vítimas, a exemplo do Museu da Paz em Hiroshima (1955) como espaço de celebração da memória da explosão da bomba atômica e o Yad Vashem (1953) em Jeruslém, como lugar da memória do Holocausto. Maria Letícia Mazzucchi Ferreira (coordenadora); Rita Juliana Soares Poloni; Juliane Conceição Primon Serres; Mariana Boujadi Silva; Jose Andreas Curbelo; Carolina Gomes Nogueira.

Arqueologia, memórias, patrimônios e ditaduras: perspectivas comparadas

(2016 – Atual)

O presente projeto de investigação visa a perceber as relações entre a produção científica em Arqueologia e suas conexões com a Memória Social e com os discursos patrimoniais no interior dos quais emerge e em relação aos quais interage, em contextos de governos autoritários e em perspectiva comparada (nacional e internacional). Em diálogo com o universo teórico da Antropologia da Ciência buscar-se-á demarcar as redes humanas da produção científica, compreendendo o contexto político e social específico em que se (re)constroem tais discursos memoriais e patrimoniais. Buscar-se-á também retroceder às condições de produção da ciência em análise com o intuito de perceber o seu próprio processo produtivo, pondo em destaque memórias subterrâneas e patrimônios relacionados a atores silenciados. Finalmente, procurar-se-á perspectivar as diferentes redes estabelecidas no interior dos contextos nacionais e internacionais pertinentes em sua relação com a sua respectiva produção arqueológica como forma de demarcar as aproximações e distanciamentos entre esses contextos.

Rita Juliana Soares Poloni (coordenadora); Juliane Conceição Primon Serres; Maria Leticia Mazzucchi Ferreira.