Egressos Indígenas e Quilombolas

A presença das cotas étnicas-sociais e dos Processos Seletivos Específicos (PSE) para indígenas e quilombolas é de fundamental importância para se pensar uma sociedade minimamente mais justa e que promova alguma oportunidade de ascensão para esses povos. Porém, mesmo após o ingresso, a permanência desses estudantes é desafiadora. Devido a diversos fatores histórico-sociais que promovem a marginalização desses grupos, é comum que cheguem à universidade sem a necessária estrutura, seja material ou psicológica, para uma vida docente plena; além de demais diferenças culturais que, se a universidade não tiver um plano de inclusão eficiente, tendem a dificultar o processo de adaptação desses alunos.

Todos esses pontos nos são relevantes para questionar os papéis que as universidades públicas têm em sociedade, principalmente: para quem é a universidade?

Se enxergamos as universidades públicas enquanto espaços de inclusão, as taxas de evasão universitária entre dissentes indígenas e quilombolas serem as maiores e, no entanto, não haver planos que as enfrentam nos revelam posicionamentos importantes. Se almejamos uma universidade verdadeiramente acolhedora, é fundamental que dialoguemos com esses grupos para que pensemos estratégias de permanência.

Dados os fatos, é importante, portanto, comemorarmos as conquistas e o sucesso de nossos discentes indígenas, quilombolas e negros e negras cotistas. Assim, o NUAAD registra e guarda, aqui, o nome dos egressos indígenas e quilombolas em forma de agradecimento, de valorização dessas trajetórias e de incentivo para aqueles que estão chegando ou estão no meio de seus cursos: sim, é possível entrar em uma universidade e concluí-la; que essa lista siga aumentando e que possamos, cada vez mais, construir uma universidade que seja de fato universal.