No dia 19 de junho de 2018, alunos indígenas e quilombolas da UFPel estiveram presentes em um protesto na cidade de Brasília-DF, para a luta do Programa de Bolsa Permanência (PBP) que é uma auxilio financeiro que tem o objetivo de diminuir as desigualdades sociais. O benefício contribui para a permanência e diplomação dos estudantes Indígenas e Quilombolas de Universidades Federais que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica e também em razão de suas especificidades com relação à organização social de suas comunidades, condição geográfica, costumes, línguas, crenças e tradições, amparadas pela Constituição Federal.
O corte na bolsa anunciado pelo Governo Federal coloca em risco a subsistência dos universitários que ainda não recebem o auxílio e os que futuramente ingressarão na Universidade. Estima-se atualmente que cerca de 5.000 alunos necessitam da bolsa para continuar estudando.
Em audiência realizada no dia 29 de abril, o ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou que a proposta do governo é oferecer apenas 800 novas bolsas neste ano o que se tornaria inviável para atender cerca de 70 instituições federais, a interrupção do Programa Bolsa-Permanência (PBP) faz com que os alunos deixem de receber uma ajuda mensal de R$ 900 para moradia, alimentação e material escolar, na prática isso significa que o aluno pode se matricular na Universidade, porém, com incertezas em relação a sua conclusão.
Como forma de resistência e repúdio às mudanças oferecidas, Indígenas e Quilombolas de diversos locais organizaram uma série de atos de protestos contra o corte nas bolsas.
Até o momento não há sinalização, por parte do MEC, para acabar com o auxílio dos estudantes que já fazem parte do programa, o problema é apenas para novas inscrições.
Você precisa fazer login para comentar.