Observatório Antropológico UFPB

A pandemia de coronavírus (Covid-19) é um problema mundial, que afeta praticamente todos os países, mas que se torna ainda mais grave em regiões que sofrem com uma desigualdade social muito acentuada. É o caso do Brasil, que já tem mais de 30 mil casos confirmados e quase duas mil mortes registradas. E é em países como esse, portanto, que iniciativas como o Observatório Antropológico de Covid-19 da Universidade Federal da Paraíba se tornam tão importantes.

Na Paraíba, de acordo com o último boletim publicado, são 195 casos confirmados, 26 óbitos, nove internados em estado grave em leitos de UTI. Mas as próprias autoridades públicas admitem que esses são dados subnotificados, visto ser impossível o teste em massa de toda a população.

O Estado, portanto, não é difícil inferir, não tem a menor ideia da real dimensão do problema, do número real de casos e de mortes que acontecem por aí. Não é por acaso que, segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz, os números de casos de internações no país por síndrome respiratória grave tenha sido em 2020 nove vezes maior do que o registrado em anos anteriores. Uma evidência forte de que muitos estão morrendo de Covid-19 sem ter a menor ideia de que tinham de fato a doença.

Em meio a esse contexto, não restam dúvidas de que a população mais pobre, e aquela historicamente marginalizada pela sociedade, são as que mais sofrem. Os moradores de periferia, os grupos indígenas, os quilombolas, tantos outros.

E a desigualdade socioeconômica que já é tão grave no cotidiano paraibano, nordestino e brasileiro, se torna ainda mais evidenciada, ainda mais potencializada em tempos extremos como o atual.

Numa época de criminalização das ciências humanas e sociais por parte do Governo Federal, numa época de retirada de direitos contra os mais necessitados, e principalmente numa época de crise de saúde pública sem precedentes, a antropologia nunca foi tão importante.

O Observatório Antropológico de Covid-19 da UFPB, pois, surge justamente com o objetivo de dar visibilidade a uma população que em regra passa à margem de um sistema de saúde de qualidade e do acesso à estruturas como saneamento básico, moradia, emprego formal, alimentação.

Se as mãos não podem se tocar em tempos de quarentena e de isolamento social, se o abraço de solidariedade vai precisar esperar por épocas menos graves, que ao menos os olhos estejam atentos, sensíveis, ativos. Que as ações, mesmo que à distância, sejam suficientes para minimizar a dor e o sentimento de abandono porque passam uma parcela majoritária da população.

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Pandemia de narrativas: vida em quarentena

Pandemia de narrativas nasce num período em que a Pandemia do Covid-19 nos obriga a traçar novas rotas de vivência diária, nos impulsiona a adentrar cada vez mais esse espaço denso e concentrado que é casa, cada canto, cada brecha,repensando nosso cotidiano e nossas práticas de circulação e consumo, o que afeta diretamente nossas emoções e nos torna mais atentos às experiências sensoriais que temos diariamente.  A arte, em sua potência política, oferece os meios de expressão para transcendermos as fronteiras materiais ou simbólicas percebidas neste momento em que o recolhimento se faz uma forma de cuidado de si e dos outros. Sendo assim, torna-se uma aliada nos processos de representação e compartilhamento das emoções que permeiam as experiências individuais e torna possível vislumbrar um cenário compartilhado à distância, pelo meio virtual.  Entendemos as narrativas de si como meios para refletir sobre as vivências individuais, partilhadas numa situação social comum: a quarentena. As narrativas tornam-se, assim, meios de expressar e provocar emoções, se (re)perceber e arremessar afora qualquer sentimento latente. Nosso objetivo é, portanto, estimular reflexões sobre Tempo, Espaço, Percepção, Cuidado, Ética, Afetos e Vida. E, a partir disso, estimular o compartilhamento de produções que estejam sendo feitas durante o período da quarentena com o objetivo de expressar emoções e refletir sobre o período atual.

Sejam bem-vindes!

A ação é desenvolvida por professores e alunos que integram o projeto de pesquisa Antropoéticas, vinculado ao LEPPAIS.

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E-mail: narrativasdaquarentena@gmail.com

Insta: @pandemiadenarrativas

SAIBA COMO PARTICIPAR desta PANDEMIA DE NARRATIVAS

Você pode enviar fotografias, desenhos, bordados, colagens, vídeos, ambiências sonoras (de até 1 minuto) e poesias, acompanhados ou não de pequenos textos (com até 5 frases). No e-mail informe como você gostaria de ser identificade (nome e sobrenome), envie uma pequena biografia (ex.: artista nas horas vagas), o título da narrativa (quando houver), materiais utilizados (qdo for o caso) e informe o seu Id no Instagram. Depois de nos enviar, por e-mail, siga-nos no Instagram para que possamos marcar você na publicação.

Requisito único: As narrativas devem ter sido produzidas durante a Pandemia de COVID-19

No e-mail você também deve informar:  Nome do/a autor/a; Mês e ano de produção; Título da narrativa (se for o caso); Técnicas/ materiais (quando for o caso); Cidade do/a autor/a; e Id do Instagram.

Se você tem dúvidas envie um e-mail para narrativasdaquarentena@gmail.com e entraremos em contato.

Especificações para as Imagens
Postagem individual- As fotos serão postadas em formato quadrado (10 x10cm ou 8 x 8cm) e panorâmica (6x3cm), especificações do Instagram.
Recurso carrossel – Apresenta uma imagem de capa e uma sequência de imagens que podem ser visualizadas clicando na seta de avanço para a direita. (Até 10 fotos podem ser postadas nessa modalidade).
Montagem- As imagens são enviadas pelos autores já em formato quadrado (10 x10 cm ou 8 x 8 cm) e panorâmica (6×3 cm), especificações do Instagram.

Especificações para Vídeos e Ambiências sonoras
Devem ser enviados arquivos em Mp4 (com no máximo 1 minuto), acompanhados de uma imagem a ser utilizada como capa da postagem. Caso não seja enviada utilizaremos nossa capa padrão.

Especificações para as Poesias
Podem ser enviadas em vídeo (até um minuto) ou por escrito. Se for por escrito o ideal é que caibam num Banner de divulgação do Instagram