‘Apanhei e não morri’
Não morreu, mas enfrenta problemas no relacionamento com os pais!
Não consegue dizer “eu te amo” olhando nos olhos,
E essa frieza dói tanto que respinga na relação com seus filhos!
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Não morreu,
Mas precisa curar sua infância na terapia
E sente que seria mais amoroso se tivesse recebido amor em vez de tapas
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Não morreu,
Mas se tornou uma pessoa violenta e explosiva com seu companheiro e filhos.
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Não morreu,
Mas acha natural a violência e enxerga nela uma forma de educar.
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Não morreu,
Mas até hoje não sabe o que fazer com sentimentos como a raiva ou a tristeza.
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Não morreu,
Mas é inseguro, não acredita em si mesmo e não consegue se aceitar do jeito que é.
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Toda criança merece uma infância que não precise ser curada mais tarde.
Não basta não morrer.
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Ninguém veio ao mundo só para ser um sobrevivente.
Uma criança que apanha não deixa de amar aos pais, deixa de amar a si mesma.
Texto: @quartinhodadany
Adaptação: @marielimarcioli