‘Se fosse fácil, perderia o valor’
Quando criança, ouvimos que ‘se fosse fácil, perderia o valor’ como um incentivo para seguirmos em frente, não desistir na 1ª dificuldade. Pois ‘as dificuldades são o tempero das conquistas’, ‘só tem graça, se for difícil’.
E a cada vez que ouvimos essas coisas ou algo semelhante, aumentamos a cobrança sobre nossas ações e a culpa sobre aquilo que conseguimos sem esforço ou sofrimento. O peso sobre nossos ombros fica cada vez maior na medida em que crescemos. Quando adultos, já não sabemos pensar na facilidade como uma virtude. E tudo se repete quando vamos ensinar nossas crianças.
As possibilidades de quebra deste ciclo de crenças sobre o valor da dificuldade está nas indagações e recusas vindas das próprias crianças. Quando nos desapegamos de nossas certezas, somos capazes de reconhecer a sabedoria da infância. A cada vez que apresentamos este mundo aos mais novos, temos a oportunidade de nos reinventar, de permitir que a aprendizagem possa ser uma experiência fácil e significativa ao mesmo tempo. É o significado – e não o sofrimento – que torna o caminho interessante e com valor!