Instituições brasileiras avançam no processo de implementação do IPv6
Diante do esgotamento de endereços IPv4, o Ministério do Planejamento recomenda a adoção do novo protocolo até setembro de 2018
Muito utilizado na América do Norte e em alguns países da Europa, o protocolo IPv6, um padrão que oferece mais endereços IP e permite mais dispositivos conectados à internet está sendo implementado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) nas universidades e instituições de pesquisa do país. O protocolo de endereçamento mais utilizado, o IPv4, possui espaço de endereço de 32 bits, já o bloco IPv6, além de um espaço de endereço de 128 bits, gera maior segurança, reduz custos de processamento e aumenta o suporte à mobilidade.
De acordo com dados divulgados pela RNP em setembro, 474 instituições já estão com IPv6 até a borda, assim como a UFPel, totalizando 92,76% da meta estipulada. O volume de tráfego em IPv6 já tem apresentado um crescimento expressivo em relação a 2015. Ao todo, as instituições acadêmicas de seis estados brasileiros já estão totalmente operacionais em IPv6 – Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Minas Gerais e Sergipe.
Como a transição entre o IPv4 e o IPv6 precisa ser dada de forma gradual, e uma mesma instituição precisa trabalhar simultaneamente com os dois protocolos, a RNP também está desenvolvendo um documento de recomendações com base em um estudo feito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que adotou uma técnica de tradução a partir da plataforma NAT (Network Address Translation) 64. Um serviço para conservação de endereços IP, que traduz os endereços IPv6 para IPv4 e vice-versa.
RNP – Qualificada como uma Organização Social (OS), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e mantida por esse em conjunto com os ministérios da Educação (MEC), Cultura (MinC), Saúde (MS) e Defesa (MD), que participam do Programa Interministerial da RNP (PI-RNP). Pioneira no acesso à internet no Brasil, a RNP planeja opera e mantém a rede Ipê, a rede óptica nacional acadêmica de alto desempenho. Com Pontos de Presença em 27 unidades da federação, a rede conecta 1.237 campi e unidades nas capitais e no interior. São mais de 4 milhões de usuários, usufruindo de uma infraestrutura de redes avançadas para comunicação, computação e experimentação, que contribui para a integração entre o sistema de Ciência e Tecnologia, Educação Superior, Saúde, Cultura e Defesa. http://www.rnp.br/