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Sustentabilidade e Química Verde

 

Aqui você encontra artigos, com breve resumo feito pela equipe WWVerde ou seu respectivo abstract, relacinados a Química Verde e Sustentabilidade. Os artigos indicados abaixo podem ser acessados gratuitamente.

Aplicação da radiação ultravioleta como forma de contribuição para a química verde e construção de um reator fotoquímico alternativo e de baixo custo, para pré-tratamento de amostras.

Marcos M. Gouvêa, Glayce S. Lima, Adalberto A. Silva Neto, Annibal D. Pereira Netto e Flávia F. de C. Marques. Quim Nova, 2014, 37, 337.

A radiação ultravioleta corresponde a uma fração da radiação eletromagnética, cobrindo comprimento de ondas entre 1 e 400 nm. Métodos baseados em irradiação UV se tornaram popular por sua possibilidade de tratar amostras simplesmente aplicando energia, evitando procedimentos que requerem o uso de substâncias tóxicas, deste modo contribuindo para o desenvolvimento da Química Verde. Este faz uma avaliação das principais aplicações de radiação UV relatadas na literatura e descrever a construção de um reator fotoquímico alternativo e de baixo custo, para pré-tratamento de amostras no laboratório. O uso deste novo reator fotoquímico na limpeza de amostras de leite para medições espectrofluorimétricas também foram relatadas.

Síntese de Sulfetos e Selenetos Derivados do Óleo de Mamona.

Raquel G. Jacob, Katiúcia D. Mesquita, Elton L. Borges, Francieli M. Libero, Lidiane Wruch, Diego Alves, Eder J. Lenardão e Gelson Perin. Rev. Virtual Quim., 2014, 6 (1), 152.

Este artigo descreve a síntese de novos compostos organocalcogênios derivados de fonte renovável, atendendo a alguns dos princípios da Química Verde. Para isto, utilizando o óleo de mamona como material de partida, foi preparado inicialmente o (Z)-12-[(p-toluenossulfonil)oxi]-9-octadecenoato de metila, intermediário chave para a síntese dos (Z)-12-organoilcalcogenoctadec-9-enoatos de alquila via substituição nucleofílica com íons calcogenolatos (tiolatos ou selenolatos). Esta rota sintética se mostrou eficiente para a síntese de vários sulfetos e selenetos inéditos com bons rendimentos.

O Dióxido de Carbono como Matéria-Prima para a Indústria Química. Produção do Metanol Verde.

Claudio J. A. Mota, Robson S. Monteiro, Eduardo B. V. Maia, Allan F. Pimentel, Jussara L. Miranda, Rita M. B. Alves e Paulo L. A. Coutinho. Rev. Virtual Quim., 2014, 6 (1), 44.

O dióxido de carbono (CO2) ainda é pouco utilizado como matéria-prima na indústria química. Sua emissão e acúmulo na atmosfera em larga quantidade estão associados ao efeito estufa. A busca de processos de conversão do CO2 em produtos químicos, além de trazer benefícios econômicos, tem uma importância ambiental crescente. A hidrogenação do CO2 a metanol é uma das alternativas mais promissoras de utilização deste gás na indústria química. O processo é realizado na presença de catalisadores a base de Cu e Zn, que apresentam alta seletividade na formação de metanol. Entretanto, a reação é fortemente afetada pelo equilíbrio termodinâmico. Portanto, os efeitos da temperatura e pressão precisam ser conhecidos para que altas taxas de conversão do CO2 a metanol sejam obtidas, de modo a permitir o desenvolvimento de processos de conversão altamente econômicos e eficientes.

Química verde: a evolução de um conceito.

Eduardo F. Sousa-Aguiar, João M. A. R. de Almeida, Pedro N. Romano, Rodrigo P. Fernandes e Yuri Carvalho. Quim. Nova, 2014, 37, 1257.

 O tema “Química Verde” ganhou grande importância nos anos recentes, sendo mencionado em um crescente número de publicações. Este fato mostra como a preocupação sobre desenvolvimento de processos “verdes” tem desempenhado um papel proeminente na comunidade científica. Nesse contexto, o escopo deste trabalho engloba uma análise da evolução do tema desde sua concepção até o presente. Essa análise elucida como a produção bibliográfica de “Química Verde” é distribuída ao redor do mundo. Além disso, os principais jornais da disciplina foram listados e classificados, de acordo com o fator de impacto.

Química Verde, Economia Sustentável e Qualidade de Vida.

Vitor F. Ferreira, David R. da Rocha e Fernando C. da Silva. Rev. Virtual Quim., 2014, 6 (1), 85.

 A imagem da Química tem sido relacionada a problemas oriundos de atividades industriais desde o início do século XX. Seus reflexos no meio ambiente reforçam a necessidade da redução de riscos em produtos e processos, e temas como Química Verde e sustentabilidade vêm sendo discutidos nos meios acadêmicos e industriais. A Química Verde é boa para o meio ambiente, a saúde humana e economia, mas ainda existem muitas “sombras” no verde. Neste artigo, os autores discutem o conceito “verde” da Química, voltado para o desenvolvimento de novos processos, e de uma reflexão mais ampla e global sobre economia sustentável e qualidade de vida.

 Produção de Tanques Rotomoldados: uma Perspectiva da Cadeia Produtiva do Polietileno Verde

Luiz Antonio Dalanesi e José Carlos C. Santana. Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2013.

A cadeia produtiva do polietileno convencional é questionada pela sociedade em busca do atendimento dos desafios propostos pelas questões de sustentabilidade e pelas leis ambientais para buscar fontes alternativas renováveis e ao mesmo tempo competitivas, criando desta forma uma cadeia de suprimentos sustentável. Em especial a relação entre a emissão de CO2 a partir da produção de
polietileno com base em combustíveis fósseis e captura de CO2 através da produção de polietileno verde. Este artigo discute a questão da sinergia entre os três pilares da sustentabilidade: desenvolvimento econômico, sócial e a proteção ambiental. Analisa a cadeia de produção dos biopolímeros e do polietileno convencional sintetizado a partir de fontes fósseis. Propõe o desenvolvimento sustentável de uma blenda de biopolímero para a produção de reservatórios para água através do processo de rotomoldagem. A proposta da produção utilizando o polietileno verde vem de encontro a necessidade de atender a um mercado consumidor de produtos verdes e a uma tendência de colocar produtos sustentáveis a disposição dos consumidores que estão buscando alternativas sustentáveis em todos os segmentos do mercado. Este desenvolvimento vem suprir a carência de um produto sustentável para o mercado de construção civil. O trabalho contribui com a comunidade cientifica acadêmica e empresarial com a utilização de resinas fabricadas com 100% de base biológica.

Dos primeiros aos segundos doze princípios da Química Verde.

Adélio A. S. C. Machado. Quim. Nova, 2012, 35, 1250.

Os segundos 12 princípios da Química Verde são apresentados e discutidos para mostrar como eles pressionam os químicos acadêmicos a focar na invenção de caminhos sintéticos mais diretamente no desenvolvimento de processos industriais, permitindo um avanço mais rápido ao longo da cadeia de esverdeamento e uma implementação mais suave da Química Verde nas práticas da química industrial. As relações entre os dois conjuntos de princípios são tentativamente estabelecidas e discutidas para facilitar sua utilização conjunta. A rede de conexões mostra a natureza sistêmica da Química Verde.

Importância da Logística da via de Síntese em Química Verde. 

Adélio A. S. C. Machado. Quim. Nova, 2011, 34, 1291.

Este artigo discute o papel da logística no planejamento de rotas sintéticas visando ao esverdeamento. A influência nos custos (de reagentes, solventes e custo total), bem como nas métricas verdes da produtividade atômica (economia atômica e fator E), da posição de uma etapa com baixo rendimento ao longo do percurso da síntese, ou envolvendo alta diluição dos reagentes ou reagentes caros, foram avaliadas por cálculos em um modelo de caminho linear. Os resultados mostram a importância econômica da Química Verde e fornece informações úteis para o planejamento do caminho reacional ou sua melhoria.

Vinte anos de química verde: conquistas e desafios.

Luciana A. Farias e Déborah I. T. Fávaro. Quim. Nova, 2011, 34, 1089.

O ano de 2011 foi escolhido como ano internacional da Química e irá focar na importância da sustentabilidade no âmbito da química. O programa “Rotas Sintéticas Alternativas para a Prevenção da Poluição”, implementado 20 anos atrás nos EUA marcou o início oficial da Química Verde. Atualmente, muitas linhas de pesquisa em química observam e obedecem os princípios da Química Verde, contribuindo significativamente para o avanço da ciência. Neste artigo os autores apresentam uma visão geral de trabalhos publicados em Química Verde em revistas científicas nacionais e internacionais presente no “Portal de Dados CAPES”, de 1997 a 2010.

Análise Econômica da Sustentabilidade da Cadeia Produtiva de Etanol de Batata- Doce no estado do Tocantis.

Waldecy Rodrigues, Keile Aparecida Beraldo e Márcio Antônio Silveira. Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, 2009.

Este artigo analisa a sustentabilidade econômica, ambiental e social para a implantação de uma cadeia produtiva para a produção de etanol como biocombustível, a partir da batata-doce, no município de Palmas – TO.  O método utilizado neste estudo foi a análise custo – beneficio, incluindo-se aspectos de rentabilidade econômica, externalidades sociais e ambientais. Para fins analíticos, os indicadores calculados da produção de biocombustível da batata-doce foram comparados aos da cana-de-açúcar, por ser a referência para produção de etanol no país.  Como resultado obteve-se que a produção de etanol, para fins combustíveis, a partir da batata-doce apesar de ser viável do ponto de vista econômico, apresenta claras desvantagens com relação ao processamento a partir da cana-de-açúcar, onde este tem uma superior rentabilidade unitária e, principalmente, maiores ganhos de escala.  Porém, quando se aborda a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, verifica-se que o custo causado pelas queimadas à sociedade faz com que a mesma seja não sustentável.  Já para o caso da batata-doce, apesar de ser um negócio menos atrativo do ponto de vista econômico-financeiro, trás maiores ganhos sociais e ambientais.

Alfred Nobel – O ”Primeiro Químico Verde” ?

Adélio A. S. C. Machado. BSPQ 2006, 103, 45.

Neste artigo o autor faz uma analogia entre a contribuição de Alfred Nobel no Séc. XIX e algumas atitudes preconizadas atualmente pela Química Verde (QV), mostrando mais uma faceta de Nobel: a de precursor da QV.

O quadro da Classificação Periódica da Sustentabilidade – Uma metáfora para a Química Verde e Ecologia Industrial. 

Adélio A. S. C. Machado. BSPQ, 2005, 98, 21.

O autor apresenta neste artigo uma metáfora gráfica sobre o Quadro de Classificação Periódica (QCP), que consiste em adicionar-lhe três ingredientes que devem ser levados em conta quando se deseja praticar a Química Industrial tendo em vista o Desenvolvimento Sustentável, que são: a Energia, a Economia e o Ambiente.

Desenvolvimento Sustentável e Química Verde.

Flavia M. Silva, Paulo S. B. Lacerda e Joel Jones Jr. Quim. Nova2005, 28, 103.

Este artigo apresenta uma breve discussão sobre a Agenda 21 e o papel da química verde na busca do desenvolvimento sustentável. São apresentados os 12 princípios da química verde e também vários exemplos de reações e/ou novos procedimentos experimentais desenvolvidos recentemente que se enquadram dentro da filosofia da química verde.

Química e Desenvolvimento Sustentável – QV, QUIVES, QUISUS? 

Adélio A. S. C. Machado.  BSPQ,  2004, 95, 59.

Este artigo apresenta uma reflexão sobre as relações entre a Química e o Ambiente ao longo do século XX, que começaram pela Geoquímica e levaram à Química Verde. O autor discute a preocupação atual de ligar a Química ao Desenvolvimento Sustentável (ou Sustentabilidade) – traduzida pela introdução muito recente da Química Verde e Sustentável (QUIVES) ou Química Sustentável (QUISUS).

Modificação de Óleos e Gorduras por Biotransformação.

Heizir F. Castro,  Adriano A. Mendes,  Júlio C. Santos e Cláudio L. Aguiar. Quim. Nova2004, 27, 146.

Este artigo de divulgação apresenta uma ampla discussão sobre a biotransformação de óleos e graxas. Este é um assunto estreitamente relacionado à química verde, pois envolve catálise e matéria-prima de fonte renovável, contemplando os princípios 7 e 9.

Química Verde, Os desafios da Química do Novo Milênio.

Alexandre G. S. Prado. Quim. Nova2003, 26, 738. 

Os 12 princípios da química verde são apresentados, juntamente com uma série de exemplos da química verde em ação, com especial ênfase em métodos catalíticos, destacando-se a catálise por sólidos ácidos e básicos, catálise em sistemas bifásicos, fotocatálise e biocatálise.

Microondas em Síntese Orgânica.

Antonio M. Sanseverino. Quim Nova, 200225, 660. 

Neste artigo é apresentado uma revisão da literatura envolvendo o uso de microondas em síntese orgânica. Aspectos relacionados ao aumento da velocidade de reação, melhores rendimentos e maior seletividade são discutidos e alguns exemplos apresentados.

Reações Orgânicas em Meio Aquoso.

Flavia M. Silva e Joel Jones Jr. Quim. Nova, 2001, 24, 646. 

Neste artigo de revisão são descritos vários exemplos da utilização de água como solvente em síntese orgânica.

Economia de Átomos, Engenharia Molecular e Catálise Organometálica Bifásica: Conceitos Moleculares para Tecnologias Limpas

Jairton Dupont. Quim. Nova, 200023, 825.

Este artigo discute os conceitos de economia de átomos, engenharia molecular e catálise organometálica bifásica, relacionamdo-os com a química sustentável.

A Review of Advancements in Green Chemistry. 

 Josh Johnson, Duke University Libraries.

Este artigo (em inglês) apresenta uma visão geral sobre os avanços recentes da química verde com ênfase na reação de Diels-Alder. Foram compilados dados entre 2000 e 2004.