Na manhã do dia 30/05, na Casa dos Conselhos, foi promovida pelos Conselhos Municipais do Idoso, dos Direitos da Criança e do Adolescente, e das Pessoas com Deficiência e Altas habilidades, reunião ampliada para debater sobre “Calçadas de Pelotas” com representantes da sociedade civil organizada e das Secretarias Municipais de Saúde (SMS) e de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SMGCMU).
A UFPEL esteve representada pela Profª Celina Britto Correa, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAURB) que em sua fala apresentou resultados do trabalho de pesquisa “Projetando Lugares com Idosos: Rumo às Comunidades Amigas do Envelhecimento”, desenvolvido no LABCOM da FAUrb, em parceria internacional com universidades do Reino Unido e da Índia, sobre demandas dos idosos por calçadas seguras e acessibilidade.
A Professora Celina observou que alguns estudos apontam a inconstitucionalidade das leis municipais que exigem a execução e manutenção das calçadas por parte dos proprietários, uma vez que as calçadas integram as vias públicas e, portanto, deveriam ser executadas e mantidas pelo poder público. Tal discussão, sugeriu ela, deveria ser levada a efeito sem, no entanto, subestimar a participação de todos no cuidado e na manutenção dos bens públicos. A convidada também ponderou ser pouco sensível e inapropriado exigir, de quem não possui meios básicos de subsistência, a manutenção da sua calçada, e apontou a necessidade de políticas públicas estruturais na solução desse problema da cidade.
Também presente na reunião a Profª Adriana Cavalli (ESEF), representante institucional da UFPel junto no Conselho Municipal do Idoso, que destacou que a caminhabilidade se atrela às características de ambientes que favorecem os deslocamentos a pé, o que não se restringe somente às calçadas, mas também à existência de um contexto favorável, com iluminação e banheiros públicos e higienizados, por exemplo, que estimule os cidadãos a fazerem sua atividade física com segurança.
Na oportunidade, os presentes acordaram em seguir nas discussões e no planejamento de ações que visem a maior qualidade urbana em Pelotas, para o que os organizadores enfatizaram a importância da participação efetiva das universidades.