Atividades Características do Turismo – ACTs

Diferente de outras atividades, como a indústria ou o comércio, o efeito do turismo para economia é definido a partir da demanda. Daí a dificuldade em caracterizar e identificar o que faz, e o que não faz parte dessa contribuição. Por exemplo, quando um turista faz uma refeição em um restaurante, ou compra uma lembrancinha em um bazar, seu consumo gera um efeito econômico na localidade receptora. Se o mesmo consumo fosse realizado por um residente, não poderíamos identificá-lo como turístico.

Para possibilitar o cálculo dos efeitos econômicos do turismo criou-se a noção de ‘Atividades Características do Turismo, ou ACTs.  São aquelas atividades econômicas geralmente consumida por visitantes e cuja demanda geral é por eles influenciada. Embora, por vezes  sejam atividades também consumidas por residentes. Exemplos de ACTs são: alojamento, serviços de alimentação, transporte de passageiros, intermediação de serviços turísticos, atividades de entretenimento e cultura.

A Organização Mundial do Turismo (OMT) em sua missão de harmonizar as metodologias para coletas estatísticas desenvolveu a Classificação Internacional Uniforme das Atividades Turísticas (Clasificación Internacional Uniforme de Actividades Turísticas – Ciuat) compatível com a terceira revisão da International Standard Industrial Classification – ISIC, elaborada pela ONU. A estrutura da classificação da OMT segue a ISIC para facilitar a comparação, entre países, das estatísticas de turismo. No Brasil,  os códigos podem ser conciliados com a classificação proposta pelo IBGE, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) em sua versão 2.0. O código tem até sete (7) dígitos, com diferentes níveis desagregação.  Por exemplo, o código 55.10-8 refere-se a Hotéis e Similares, que pode ser especificado em 55.10-8.01 Hotéis, 55.10-8.02 Apart-Hotéis ou 55.10-8.03 Motéis.

Apesar dessas recomendações estatísticas é possível que haja  variações em quais atividades são consideradas ACTs. Motivos para isso são : a disponibilidade e modo como os dados estão agrupados na base de dados utilizada; os diferentes objetivos de cada estudo, e a opção por incluir, ou excluir, determinada atividade de acordo com uma característica do turismo na região. É possível que exista uma atividade cujo consumo por visitantes é importante em uma região, enquanto em outra a mesma atividade tem uma demanda constituída principalmente de residentes.

No Rio Grande do Sul, a FEE propôs uma lista de Atividades  Características do Turismo que pode ser vista a seguir: