A investigação visa abordar a temática do Transtorno do Espectro do Autismo, na busca de alternativas inovadoras para intervenção com crianças que apresentam este transtorno. Os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) são definidos como uma desordem de desenvolvimento, apresentando um conjunto de perturbações específicas, de origem precoce. No Brasil, as estatísticas apontam que o número de pessoas diagnosticas com TEA aproxima-se de dois milhões. Destaca-se a incidência elevada e o aprofundamento necessário tanto nas causas, diagnósticos e tratamentos, quanto nas formas de intervenção e apoio de que as pessoas com o transtorno necessitam. Os estudos indicam que, quanto mais cedo às crianças com TEA forem identificadas, diagnosticadas e encaminhadas para os tratamentos e intervenções, melhores serão os resultados de desenvolvimento nas áreas consideradas, bem como as de posteriores inclusão na escolarização e na sociedade. Embora, no Brasil, existam programas e propostas de intervenção precoce com crianças com TEA, em sua maioria, ainda se restringem ao modelo centrado na criança, visando o desenvolvimento em áreas percebidas como deficitárias. Estes programas, necessitam de investigações sobre suas efetivas colaborações aos contextos familiares e sociais nos quais a criança está inserida. A pesquisa, de abordagem quantitativa e qualitativa, é desenvolvida com profissionais, famílias e, escolas crianças atendidas no Centro de Apoio ao Autismo, apoiada cientificamente pela equipe da Educação Especial da Universidade do Minho-PT, cujo trabalho em Intervenção Precoce e TEA são considerados referência. Neste sentido, a pesquisa, objetiva adaptar e aplicar ao contexto brasileiro, os instrumentos de avaliação e planejamento em Intervenção Precoce desenvolvidos em Portugal, enfocando crianças de 3 a 6 anos que apresentam TEA como forma de avançar na produção de conhecimentos cientificamente construídos na temática.