O NEPCA – NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM, da Universidade Federal de Pelotas, foi criado em 2009, objetivando se constituir em espaço de investigação e documentação sobre temáticas que envolvem as pessoas com deficiência e Transtorno do Espectro do Autismo.
Inicialmente, o grupo realizou um levantamento detalhado e aprofundado sobre os indicadores de deficiências no Município de Pelotas, alunos incluídos na educação básica, questionamentos mais evidentes de profissionais, pais e professores sobre as temáticas. Ampliando a investigação, o grupo levantou dados sobre a Síndrome de Asperger e o conhecimento de profissionais e educadores sobre SA.
Constando as demandas por informações e estudos teóricos atualizados, optou por focar na SA, a partir do projeto de pesquisa “Processos mentais e aprendizagem de pessoas com Síndrome de Asperger”.
Desenvolveu, ainda, estudos mais detalhados sobre cognição e aprendizagem, processos de memória como rotas alternativas, interação social e recursos adaptados.
Transtorno do Espectro Autista, Educação Inclusiva, processos mentais e aprendizagem, onde outras pesquisas e pesquisadores passaram a fazer parte, inclusive orientandos de mestrado e doutorado.
Em 2013, a pesquisa “Processos mentais e aprendizagem de pessoas SA” incluiu Portugal como foco de investigação, centros de referência, escolas, professores e alunos incluídos.
Um dos escopos analisados foram as políticas públicas de ambos os países no que tange a educação inclusiva, encaminhamentos de alunos com deficiência, organização da inclusão e, mais especificamente, inclusão de alunos asperger nas escolas, centros de referência e centros de educação especial.
O alargamento dos dados, estudos, conceitos e horizontes, oportunizou a análise da importância da Intervenção precoce em todo o processo de inclusão.
Concomitante, inaugurava-se em Pelotas o Centro de Atendimento ao Autista, que o NEPCA já se inseria como elemento de apoio.
Assim, em 2014, adaptando o modelo português de intervenção precoce, inicia-se em pelotas o projeto de investigação “Intervenção Precoce para pessoas TEA: um estudo luso-brasileiro”, em parceria com a Universidade do Minho, Centro de Atendimento ao Autista e Centro de Neurodesenvolvimento.
Já em 2020, em um momento tão completo e difícil vivenciado pelo mundo, surgiu o estudo que tem como finalidade identificar os impactos da quarentena e/ou isolamento social no período da pandemia do COVID-19 na rotina das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), dos 0 aos 9 anos de idade, e respectivas famílias, residentes no Brasil. A metodologia utilizada será de natureza quantitativa e o instrumento de recolha de dados será o questionário desenvolvido pelos investigadores deste estudo. Considerando que as crianças com o TEA geralmente necessitam de apoios de múltiplos profissionais das áreas da saúde e da educação, entende-se que os resultados deste estudo possibilitarão o desenvolvimento de estratégias que possam promover a intervenção dos profissionais da saúde e educação, de forma remota e voltada para os contextos naturais da criança e de suas famílias.