Artigos publicados em anais
Título: O museu como lugar de memória e identidade: a musealidade no Museu Gruppelli, Pelotas/RS
Autores: José Paulo Siefert Brahm e Diego Lemos Ribeiro
Resumo: O presente artigo busca abordar o potencial dos museus como lugares de memória e identidade. Em um mesmo movimento, nem sempre dicotômico, compreendemos que essas instituições podem se consubstanciar como lugares de esquecimento, de jogos de poder, de tensões e disputas sobre as memórias que serão representadas e, por outra via, voluntariamente sublimadas. Num segundo momento apresentaremos uma pesquisa empírica que está sendo realizada no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas. O estudo, ora apresentado, busca identificar e analisar como se efetiva a percepção museal do público que visita as exposições do Museu Gruppelli situado na zona rural de Pelotas, Rio Grande do Sul. Do mesmo modo, problematiza seu potencial de evocar memórias e forjar identidades, além de identificar que possíveis conexões o público cria ao flertar com os objetos expostos. Refletiremos ainda se o Museu seria realmente um lugar de memória. Como procedimento metodológico utilizamos sobretudo a entrevista (presencial) e, igualmente, a observação do pesquisador. O roteiro da entrevista é semiestruturada, por meio de uma conversa com finalidade (NETO, 1994). Cumpre mencionar que as entrevistas estão sendo aplicadas ao público frequentador do Museu, sejam eles moradores da zona rural ou urbana, durante a visitação.
Palavras-chave: Patrimônio. Lugares de memória. Musealidade. Museu Gruppelli.
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Título: Breve relato das exposições temporárias “Museus: entre lembrar e esquecer, resistir é lutar!”, no Museu Gruppelli e no Museu Histórico de Morro Redondo.
Autores: Diego Lemos Ribeiro, José Paulo Siefert Brahm, Marcos Roberto Souza, Andréa Cunha Messias e Giovani Vahl Matthies
Resumo: O Presente artigo pretende delinear o processo de concepção e montagem de exposições temporárias no contexto de dois museus, ambos localizados na Serra dos Tapes: o Museu Gruppelli, situado na zona rural da cidade de Pelotas, e o Museu Histórico de Morro Redondo. Ambas as experiências foram planejadas no contexto da 15º Semana de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM)1, cujo tema, em 2017, foi “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus”. Optou-se por explorar, em ambos, narrativas referentes ao “apagamento” memorial e identitário no período que compreende o Estado Novo (1937-1945). Neste período uma parcela significativa da população brasileira, sobretudo os descendentes dos países do eixo, (Alemanha, Itália e Japão), bem como os próprios descendentes de pomeranos, sofreram com o processo de nacionalização, que buscava hegemonizar culturalmente o território nacional. A partir de relatos coletados de moradores circunvizinhos aos Museus, confrontados com as bibliografias consultadas, constatamos que a região não ficou imune às represálias de agentes do Governo. Ambas as exposições tiveram como suporte as narrativas e histórias de vida de descendentes (filhos e netos) dessas etnias, que, em justaposição aos objetos do acervo dos museus e o aporte de variados recursos audiovisuais, deram forma e contexto para elaborar a linguagem expográfica.
Palavras-chave: Identidade. Memória. Estado-Novo. Museu Histórico de Morro Redondo. Museu Gruppelli.
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