6 – Arqueologia dos cerritos em Unidades de Conservação da bacia hidrográfica Patos-Mirim, sul do Brasil

Este projeto versa sobre a arqueologia dos cerritos do bioma Pampa e litoral sul-brasileiro a ser realizado em três Unidades de Conservação na bacia hidrográfica Patos-Mirim, litoral sul do estado do RS, fronteira com o Uruguai. Em um estudo de Arqueologia Regional com uma abordagem nas várias escalas da Paisagem lagunar do complexo Patos-Mirim, busca-se compreender o sistema de assentamento dos grupos construtores de cerritos, evidenciando as práticas de manejo de solos, construção e apropriação dos espaços alagadiços, a composição de aldeias e suas áreas adjacentes, assim como aspectos da cultura material, dieta alimentar e economia, fluxo, genética e mobilidade de pessoas, ideias e coisas. No campo da militância política e social para preservação do patrimônio ambiental e cultural, o projeto subsidiará tomada de decisões técnicas e políticas sobre os planos de manejo das Unidades de Conservação da Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar, do Parque Estadual Camaquã, em Camaquã, e para a implantação da UC do Pontal da Barra, Pelotas. O projeto tem uma dimensão patrimonial que envolve o recadastramento de sítios arqueológicos, atividades educativas e de divulgação científica junto a comunidades escolares desses municípios. A proposta é composta por doutores/as de universidades do Brasil e do exterior (Espanha e Uruguai), buscando-se uma equipe de especialistas para contribuir com maestria na resolução dos problemas de pesquisa do projeto. A proposta é desenvolvida no âmbito de convênios internacionais e acordos de cooperação com entidades locais e tem articulação com a formação de jovens estudantes (graduação) e profissionais em qualificação (pós-graduação). É, neste sentido, um projeto que envolve ações de ensino, pesquisa, extensão e militância pela preservação do patrimônio arqueológico.

Escavação em Cerrito no banhado do taim, 2024. Acervo: Lepaarq

 

Coleta de solos no Cerrito taim 11 (2023) e imagem aérea da lagoa do Nicola (2024). Acervo: Lepaarq