O projeto de Mapeamento arqueológico e cultural dos objetos, lugares, manifestações e pessoas de referência às sociedades tradicionais indígenas e afro-brasileiras na região sul do Estado do Rio Grande do Sul (MACRIASUL) é uma realização contínua que possibilita a construção de uma história da ocupação da Fronteira do Brasil com o Uruguai, dos tempos atuais aos períodos os mais remotos de ocupação humana na região. O processo de mapeamento arqueológico em ampla escala é uma dinâmica que requer sensibilidade, num contexto de arqueologia sensível e mais num universo que as imagens marcam as criações humanas e sua relação com a existência. O Projeto de uma arqueologia tradicional ou clássica que marcou o início desses estudos vem sendo gradativamente sendo qualificado pelos novos pensamentos que formam a arqueologia, principalmente após a virada que esta desenvolveu nos anos de 1990, com a ampliação dos processos teóricos conhecidos como Arqueologia Antropológica, Arqueologia Contextual ou mesmo Pós-Processualismo. No momento estamos aprofundando a implementação de uma Arqueologia do Imaginário, que vem no universo da arqueologia pós-processual, esta a ser implementada com dinâmicas de compartilhamento tanto com os estudantes da UFPel, que estão em relação direta com o Sítio Anglo, como com as comunidades que entramos em contato em toda a região. O foco no trabalho de fronteira, que envolve o projeto atual o qual se dedica a entender a ocupação regional da área da fronteira atual com o Uruguai, marcadamente está relacionada a grupos muito antigos que ocuparam a região há, pelo menos, 10mil anos até as sociedades tradicionais atuais negras e ameríndias, foco principal da investigação.
Vídeo divulgação Projeto Macriasul – https://youtu.be/Bsa71z1XJr0