De quantos saberes se compõem a docência? Estamos preparados para vivenciar seus aprendizados e todas as emoções que envolvem a escolha de outro sujeito desejante de seguir o caminho da docência?
Podemos enumerar com boa eloquência todas as classificações de habilidades, de saberes e de tendências pedagógicas que recheiam nossas aulas, mas sempre somos surpreendidos pelos ritmos da existência. Poucas coisas moldam tanto os caminhos da docência quanto as vidas que por ali passam. Até mesmo a forma como testemunhamos nossa profissão carrega marcas daqueles que não estão mais conosco. Parte das questões fundantes sobre a docência repousam no compromisso ético implicado no trabalho com as vidas que nos são confiadas.
Por vezes, um estudo diretivo sobre as teorias do ensino parece nos forçar ao esquecimento do porquê ensinamos. Ensinamos não só para que o outro aprenda, mas para que possa igualmente tomar seu lugar nesse ciclo vital entre passado, presente e futuro.
Talvez, a docência seja este caminho que escolhemos para testemunhar a continuidade dos ciclos e pensar sobre como podemos ser parte e todo ao mesmo tempo. Neste percurso complexo de relações e escolhas, acolhemos também as dores de quem continuará sua missão de outras formas.🍃