Início do conteúdo
Edição2019

Iniciada em 1992, desde 2012 promovida pelo Laboratório de Estudos sobre a Cerâmica Antiga LECA/UFPel, a Jornada de História Antiga – JHA/UFPel pretende nesta edição promover diálogo, nacional e internacional, acerca da música em diferentes culturas da Antiguidade e Medievo, com pesquisadores sênior e júnior. Observar-se-ão várias inter-relações, sobretudo a indissociabilidade entre música, poesia e dança, além das contribuições da História antiga, Arqueologia clássica, Epigrafia, Filologia clássica, Filosofia antiga e Teoria musical, com atenção particula r às imagens e materialidades como fonte. A perspectiva interdisciplinar inclui a dimensão musical em si, nos estudos musicológicos, teóricos e de performance, estimulando-se na programação a apresentação de performances referentes à música da Antiguidade e do Medievo.
Entre os convidados, conta-se com integrantes de redes de pesquisa / projetos internacionais, com os quais os pesquisadores nacionais interagem (principalmente a MOISA Society – International Society for the Study of Greek and Roman Music). Área em expansão em escala internacional, no Brasil há hoje um número de pesquisadores consolidados neste campo, principalmente em três universidades (UFPel, UFPR e UNB). Mas há um número crescente de pesquisadores emergentes dedicados à música antiga e medieval como tema central ou paralelo de suas investigações, nomeadamente na UNICAMP, UFG, USP, UFRGS, UFRJ e UERJ. Assim, entre os objetivos do evento, in clui-se criar um espaço para agregar os pesquisadores da área, de forma a fomentar nacionalmente de modo contínuo as pesquisas neste campo. Cabe acrescentar que será o primeiro evento dedicado à temática da música na Antiguidade no Brasil e no Cone Sul.

The XX JHA to be held in 2019 will be an edition composed of invited researchers, who will be responsible for giving lectures, take part at round tables and workshops. The group of speakers will be composed of researchers from Brazil, Latin America (Uruguay) and Europe (France and Italy). In order to be sent to other agencies, speakers from other countries, such as Germany, will be included, in which support will be sought from the Humboldt Foundation, since the coordinator is a researcher linked to this institution as “Humboldtian”.
The theme of the music was chosen based, firstly, on the fact that it is a research theme worked in the Laboratory of Ancient Ceramics of UFPel: it is the theme of the Productivity Research Project of the coordinator of the event; Was the subject of research on CBT and master’s degree students. It is an area that has expanded greatly on an international scale, whether in the field of Archeology and Iconography, or in the field of Ancient History and Philology, and especially in the so-called archaeological or Archeology of music, which also focuses on reconstruction and performance of old instruments.
In Brazil, there are a small number of researchers that stand out in this field of study, with national and, in some cases, international recognition, rooted mainly in three universities (UFPel, UFPR and UNB), but with guidelines for new post Undergraduate and postgraduate courses in several universities, such as UNICAMP, UFG, USP, UFRJ and UERJ.
The purpose of this meeting is to promote the national and international dialogue of senior and junior researchers on the subject, so that researchers will be invited to integrate the research networks and international projects with which national researchers interact, such as the MOISA Society – International Society for The Study of Greek and Roman Music and Its Cultural Heritage, in coordination with the two Italian guests, and the project “Paysages sonores et espaces urbains de la Méditerranée ancienne”, based on the French Schools of Archeology abroad (Rome, Athens and Cairo ), whose team participates one of the French guests.

Sobre os estudos da música na Antiguidade e Medievo

Desde a Antiguidade grega, a música tem sido um tema que atraiu o interesse de historiadores e estudiosos do passado. Anedotas alegres ou lendas dramáticas sobre eventos musicais, míticos ou humanos, permearam o pensamento de muitos autores em suas referências ao passado, não apenas historiadores, mas também poetas e filósofos. E através dessas histórias, ou estórias, eles falaram muito mais do que simplesmente de uma história da música ou do próprio músico. Quando contaram sobre o duelo musical entre Apolo e o sileno Mársias, que resultou na esfola e na morte deste último, estava em jogo o choque entre apolinismo e dionisismo na cultura antiga, representações antagônicas de cultura e natureza, civilização e barbárie. Quando eles contaram que músicos que tinham sido proibidos de tocar em alguma cidade, como Esparta, por que eles adicionaram uma corda ao seu instrumento, a relação entre música e política, e os próprios sistemas políticos, estava em jogo. Muito da erudição sobre o passado tinha a música como tema. Havia uma antiga historiografia sobre a música e um campo de teoria musical impregnado de reflexões filosóficas e pedagógicas. Fazemos este prólogo para mostrar como a relação entre pesquisa arqueológica e histórica e música não é algo novo na tradição ocidental. No entanto, ao longo do último século, e especialmente nas últimas três décadas, o estudo ganhou um novo fôlego, impulsionado pelas possibilidades de conhecimento inter e multidisciplinar. E, seja no presente ou no passado distante, estudar o passado da cultura musical é muito mais do que simplesmente estudar as práticas musicais e seus agentes. Falamos de música como uma perspectiva para pensar o passado da humanidade. Trata-se de pensar as sociedades do passado através da música e entender a música através dessas sociedades. De acordo com o conceito de Marcel Mauss, diríamos que a maior vantagem está em estudar a música como um “fato social total”, no qual as mais variadas facetas da vida social e cultural, entrelaçadas umas com as outras, formam uma rede de significados que permeia e constitui a vida cotidiana humana. Quanto à arqueologia da música, um conjunto de disciplinas compete para estruturá-la, trazendo consequências teóricas e metodológicas para esse campo de pesquisa. Em busca da compreensão dos comportamentos e sons do passado musical, somam-se dois campos multidisciplinares. No primeiro campo, temos o uso de fontes escritas e tradições musicais vivas. Essas fontes escritas compõem estudos filológicos e históricos: tratados musicais, referências literárias ao comportamento, relatos sobre músicos e obras, entre muitos outros tipos de registros. As tradições musicais vivas são observadas pelo antropólogo, interessado na Antropologia da Música, que produz uma interpretação etnomusicológica dessas experiências musicais. Estudos etno-históricos, por outro lado, baseiam-se em relatos feitos no passado sobre os costumes dos povos analfabetos, ou cuja escrita permaneceu desconhecida por muito tempo. Exemplo de fontes etno-históricas são os missionários no tempo da colonização da América e os viajantes, que nos relatam situações cotidianas e rituais em que a música se destaca. No segundo campo, outras disciplinas e tipos de fontes são organizados. Basicamente, existem dois tipos de registros empíricos: artefatos que produzem sons, não apenas instrumentos musicais, mas também representações visuais de cenas musicais. Por excelência, o estudo de instrumentos musicais, preservados por tradições ou encontrados no contexto arqueológico, são objetos de uma disciplina particular: a organologia, que se dedica ao estudo de instrumentos musicais. Daí um ramo particular da arqueologia, arqueo-organologia. No entanto, estudos modernos permitiram uma interação rentável com a física no estudo da acústica. Já as representações visuais alimentam três disciplinas: a própria organologia, arqueologia e iconologia musical.

Since Greek antiquity, music has been a theme that has attracted interest from historians and scholars of the past. Joyful anecdotes or dramatic legends about musical events, mythical or human, permeated the thinking of many authors in their references to the past, not only historians, but even poets and philosophers. And through these stories, or stories, they spoke much more than simply (if at all) of a history of music or of the musician itself. When they told of the musical duel between Apollo and Silene Mársias, which resulted in the skinning and death of the latter, the clash between Apolinism and Dionysism in ancient culture was at stake, antagonistic representations of culture and nature, civilization and barbarism. When they told of musicians who had been forbidden to perform in any city, such as Sparta, why they added a chord to their instrument, the relationship between music and politics, and the political systems themselves, was at stake. Much erudition about the past had music as its theme. There was an old historiography about music and a field of musical theory impregnated with philosophical and pedagogical reflections. I make this prologue to show you how the relationship between archaeological and historical research and music is not something new in the Western tradition. However, over the last century, and especially in the last three decades, the study has gained a new impetus, driven by the possibilities of inter and multidisciplinary knowledge. And, whether in the present or the distant past, studying the past of musical culture is much more than simply studying musical practices and their agents. I speak of music as a perspective to think the past of humanity. It is about thinking the past societies through music, and understanding music through these societies. According to Marcel Mauss’s concept, I would say that the greatest advantage lies in studying music as a “total social fact”, in which the most varied facets of social and cultural life, interwoven with each other, form a network of meanings that Permeates and constitutes human daily life. As for the archeology of music, a set of disciplines compete to structure it, bringing theoretical and methodological consequences on this field of research. In search of understanding the behaviors and sounds of the musical past, two multidisciplinary fields add up. In the first field we have the use of written sources and living musical traditions. These written sources compose philological and historical studies: musical treatises, literary references to behavior, reports on musicians and works, among many other types of records. The living musical traditions are observed by the anthropologist, interested in the Anthropology of Music, who produces an ethnomusicological interpretation of these musical experiences. Ethnohistorical studies, on the other hand, are based on reports made in the past about the customs of illiterate peoples, or whose writing has remained unknown for a long time. Example of ethno-historical sources are the missionaries in the time of the colonization of America and the travelers, who report us daily situations and rituals in which the music stands out. In the second field, other disciplines and types of sources are arranged. Basically, there are two types of empirical records: artifacts that produce sounds, not only musical instruments but also visual representations of musical scenes. For excellence, the study of musical instruments, preserved by traditions or found in the archaeological context, are objects of a particular discipline: organology, which is dedicated to the study of musical instruments. Hence a particular branch of archeology, archaeoorganology. However, modern studies have enabled a profitable interaction with physics in the study of acoustics. Already the visual representations feed three disciplines: organology itself, archeology and music iconology.

 

ORGANIZAÇÃO

 

Comitê Científico

 

Prof. Dr. Anderson Martins Esteves (UFRJ) (http://lattes.cnpq.br/2269062122360429)

Profa. Dra. Camila Diogo de Souza (MAE/USP) (http://lattes.cnpq.br/8163266362560871)

Prof. Dr. Carlos Eduardo da Costa Campos (ATRIVM / UFMS) (http://lattes.cnpq.br/7804720022724209)

Profa. Dra. Daniele Gallindo Gonçalves Silva (http://lattes.cnpq.br/8072197385675534)

Prof. Dr. Deivid Valério Gaia (UFRJ) (http://lattes.cnpq.br/7435708597168462)

Prof. Dr. Fábio Lessa (UFRJ) (http://lattes.cnpq.br/4539778887434465)

Prof. Dr. Francisco Marshall (UFRGS) (http://lattes.cnpq.br/7721780674364220)

Prof. Dr. Gabriel de Carvalho Godoy Castanho (UFRJ) (http://lattes.cnpq.br/6487891111933755)

Profa. Dra. Juliana Bastos Marques (UNIRIO) (http://lattes.cnpq.br/3650739332337323)

Prof. Dr. Jussemar Weiss Gonçalves (FURG) (http://lattes.cnpq.br/0032205043966088)

Profa. Me. Lidiane Carderaro (MAE/USP) (http://lattes.cnpq.br/7384880728387298) – Edição e Administração do site

Prof. Dr. Luiz Guilherme Duro Goldberg (http://lattes.cnpq.br/3377504599245984)

Prof. Dr. Paula Branco de Araújo Brauner (UFPel) (http://lattes.cnpq.br/4671628074991361)

Prof. Dr. Pedro Gilberto da Silva Leite Júnior (http://lattes.cnpq.br/2209475290542494)

Prof. Dr. Rafael Guedes Milheira (UFPel) (http://lattes.cnpq.br/2765334557326646)

Profa. Dra. Semíramis Corsi (UFSM) (http://lattes.cnpq.br/9330942433476742)

 

Comissão organizadora do evento

 

Coordenação:

Prof. Dr. Fábio Vergara Cerqueira (http://lattes.cnpq.br/5901727444406445)

Profa. Dra. Carolina Kesser Barcellos Dias (http://lattes.cnpq.br/1927341823687401)

 

Secretária Geral:

Me. Amanda Basílio Santos (http://lattes.cnpq.br/4044102026178120)

 

Equipe discente:

Ariane Regina Bueno Cunha

Caroline Melo Armesto

Eduardo Christmann (http://lattes.cnpq.br/2553417751476977)

Edward Dutra dos Anjos (http://lattes.cnpq.br/7282140896159978)

Enzo Acosta Xavier

João Francisco Neves Souza

João Gomes Braatz (http://lattes.cnpq.br/2627568113296505)

João Pedro Vitoriano Fabri

Kevin Costa Queiroz Fernandes (http://lattes.cnpq.br/8856804843500539)

Lucas de Souza Pedroso (http://lattes.cnpq.br/6561853727193955)

Lucas Tunes Fernandes (http://lattes.cnpq.br/7643796896405750)

Me. Milena Rosa Araújo Ogawa (http://lattes.cnpq.br/2471296250383217)

Ricardo Barbosa da Silva (http://lattes.cnpq.br/4884472874394035)

Ricardo Hammes Stone (http://lattes.cnpq.br/8383039789902485)

Sofia Giglio Pires

 

Membros Externos:

Me. Lisiana Lawson Terra da Silva (FURG) (http://lattes.cnpq.br/9082738773066066)

 

CALL FOR PAPERS

“Melodias visuais, poesias musicais: Antiguidades sonoras”
XX Jornada de História Antiga da UFPel
I Colóquio Internacional de Música Antiga e Medieval
I Encontro Brasileiro de Estudos sobre a Música da Antiguidade
1ª Reunião do Grupo de Estudos sobre a Música da Antiguidade

Pelotas, 03 a 07 de junho de 2019

CALL FOR PAPERS

Tornamos pública a chamada para recebimento de propostas de comunicação para o evento “Melodias visuais, poesias musicais: Antiguidades sonoras” – XX Jornada de História Antiga da UFPel, a realizar-se paralelamente ao I Colóquio Internacional de Música Antiga e Medieval, ao I Encontro Brasileiro de Estudos sobre a Música na Antiguidade e à 1ª Reunião do Grupo Brasileiro de Estudos sobre a Música na Antiguidade Greco-Romana e sua Recepção. Promovido pelo LECA (Laboratório de Estudos sobre a Cerâmica Antiga) e apoiado pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFPel, ocorrerá em Pelotas, na Universidade Federal de Pelotas, entre os dias 03 e 07 de junho de 2019. Pesquisadores das mais variadas especialidades são estimulados a contribuírem com seus estudos!
Realizada desde 1992, a JHA 2019 terá como tema central a MÚSICA, em diferentes culturas da Antiguidade e do Medievo. Em perspectiva interdisciplinar, observar-se-ão várias inter-relações, como as conexões entre música, poesia, dança e teatro, além das contribuições de várias disciplinas, entre as quais, História, Arqueologia, Epigrafia, Literatura e Línguas antigas, Filosofia, Artes e Teoria musical, com atenção especial às imagens e materialidades como fontes para conhecimento da música antiga e medieval.
Tem como objetivo principal promover a aproximação e diálogo de pesquisadores, consolidados ou emergentes, que se dediquem à música na Antiguidade e Medievo, tendo-a como objeto central ou como componente de seus estudos. A programação contempla estudos e apresentações relacionadas à performance da (ou a partir da) música da Antiguidade e do Medievo.
Além do estímulo a novas pesquisas na área, a XX JHA visa a: fomentar redes de pesquisa interdisciplinares, com a criação do Grupo Brasileiro de Estudos sobre a Música na Antiguidade Greco-Romana e sua Recepção, que futuramente poderá realizar suas Reuniões em outras localidades; e produzir uma coletânea temática, sobre música na Antiguidade e Medievo, como resultado dos papers apresentados.
Considerando ser o primeiro evento acadêmico organizado no Brasil sobre a música na Antiguidade, propomos um conjunto abrangente de eixos temáticos:

1 – Música e Religiosidade
2 – Música e Performances
3 – Música e Imagem
4 – Música e Pensamento
5 – Música e Mito
6 – Música, identidades e interculturalidades
7 – Recepção da música grega e romana no mundo moderno e contemporâneo
8 – Música e outras interfaces

Inscrições para comunicadores PRORROGADAS até o dia 15 de abril (15/04/2019),
exclusivamente pelo formulário, disponível no link: https://goo.gl/forms/6cq9fFx0mDIlBb52

As taxas de inscrição com apresentação de trabalho deverão ser pagas durante o evento, no ato do credenciamento, de acordo com as seguintes categorias:

Professores/Pesquisadores R$ 50,00
Alunos de graduação R$ 40,00
Alunos de pós-graduação R$ 40,00
Profissionais da educação básica R$ 40,00

Inscrições para OUVINTES (incluindo nos minicursos e oficinas) poderão ser realizadas pelo formulário https://goo.gl/forms/HwFfqvAKexCC7z8y2 e durante o evento, no ato do credenciamento. Serão fornecidas certificações para ouvintes que atenderem a 75% das atividades previstas na programação.

 

Dúvidas poderão ser esclarecidas pela nossa seção Contato, pelo e-mail – xxjha2019@gmail.com – ou pela página da XX JHA no facebook (https://www.facebook.com/lecapoiemaufpel/).

 

PALESTRANTES CONFIRMADOS

Convidados Internacionais

 

Adrián Castillo (Udelar)

Palestra: “Los hypomnemata peri mousikes de Filodemo de Gadara”

Palestra: “Tifón y las Musas”

 

Christophe Vendries (Université de Rennes II)

Palestra: “Musique et genre : la femme au luth sur les sarcophages de la Rome antique”

Conferência: “Musiciens, fêtes et piété populaire. Figurines en terre cuite de l’Égypte ptolémaïque et romaine”

 

Daniela Castaldo (Università del Salento, Lecce)

Palestra: “Music and Dance in Roman Theatre: the Ancient Pantomime”

 

Eleonora Rocconi (University of Pavia, Italy)

Conferência: “Aesthetic Responses to Music in Ancient Greek Culture”

 

Erica Angliker (Institute of Classical Studies – University of London)

Conferência: “Musical Instruments and the Festivals of Apollo”

 

Maria Cecilia Colombani (Universidad de Morón / Universidad Nacional de Mar del Plata / UBACyT)

Palestra: “Sonoridad, musicalidad y verdad en la deliciosa voz de las Musas”

 

Sylvain Perrot (EFA/Collège Sophie Germain, Strasbourg/Université de Strasbourg/UMR 8546 AOROC, Paris)

Palestra: “Les familles de musiciens grecs d’après les inscriptions (IIIe siècle après J.-C.– IIe siècle après J.-C.)”

 

 Convidados Nacionais

 

Bernardo Lins Brandão (UFPR)

Palestra: “As cordas do bárbitos apenas cantam o amor: poesia antiga e performance musical”

(palestra acompanhada de performance no bárbitos)

 

Cynthia Sampaio de Gusmão (USP)

Palestra: “O ateliê de Cláudio Ptolomeu”

 

Eduardo Henrik Aubert (École des Hautes Études en Sciences Sociales, University of Cambridge e Laboratório de Teoria e História das Mídias Medievais/USP)

Conferência: “Às origens da notação musical: um estudo de caso e algumas reflexões gerais (séculos IX-XI)”

Mini-curso: “Nas origens da notação musical: os neumas no Ocidente medieval”

 

Fábio Vergara Cerqueira (UFPel)

Palestra: “Contextos de performance musical do sistro ápulo na iconografia dos vasos italiotas (séc. IV a.C.)”

 

José Roberto Paiva Gomes (PPGH/UFRJ, CEHAM/NEA/UERJ)

Palestra: “As musicistas-citaristas na Grécia Arcaica entre o sagrado e o profano”

 

Katia Maria Paim Pozzer (LEAO/UFRGS)

Palestra: “Gestos e Sons: imagens da musicalidade na antiga Mesopotâmia”

 

Lidiane Carolina Carderaro dos Santos (USP)

Palestra: “A divina lira e seu lugar mitológico. As relações do instrumento com os músicos que o tocam na mitologia grega”

Mini-curso: “A arte das Musas! Uma introdução às relações entre música e mito na Grécia Antiga”

 

Marcelo Miguel de Souza (UFG)

Palestra: “Performance musical e organologia: interações entre o colapso do mundo micênico e os poemas homéricos”

 

Marcus Santos Mota (UnB)

Palestra: “Som, Erudição e Criatividade: Desafios e Experiências na Reconstrução de Músicas Antigas”

Aula-show: “A música na tragédia grega em performance: modalidades e experimentos”

 

Margaret Marchiori Bakos (Professora Sênior PPGH – UEL, Fundação Araucária)

Palestra: “Harpa: beleza em cena no Egito Antigo”

 

Pablo Sotuyo (UFBA)

Conferência: “A pesquisa em Iconografia da cultura musical: retrospectiva e avanços no RIdIM-Brasil”

 

Roosevelt Rocha (UFPR)

Palestra: “Uma introdução à música grega antiga através da obra de Aristóxeno de Tarento”

LETRINHAS: “Notação Musical na Grega Antiga”

 

Silvana Ruffier Scarinci (UFPR)

Conferência: “Em busca da voz perdida de Ariadne na ópera barroca”

PROGRAMAÇÃO

 

 

 

ATIVIDADES MUSICAIS

 

 

 

 

 

 

 

DATA: 03.06.19

HORA: 19h

LOCAL: Auditório do CECH

Rua Alberto Rosa, 117 – Porto – Pelotas

RECITAL DE ABERTURA

“Burlesco, pelejeador, amoroso e devoto”

Grupo Iluminura

Conjunto de música tardo-medieval e renascentista

É um grupo artístico dedicado à pesquisa e a prática musical. Formado em 2016, tem atuado em diversos espaços acadêmicos e culturais da cidade de Pelotas e região. Com base na pesquisa musical, dedica-se a elaborar arranjos e adaptações, e a interpretá-las em performances públicas. O resultado se dá na elaboração de um repertório histórico com ênfase nas interdisciplinaridades contidas nos materiais artísticos analisados. O grupo é formado por docentes que atuam nos Cursos de Música do Centro de Artes da UFPel.
O repertório apresenta, em especial, a musical vocal secular da virada dos séculos XV e XVI. A poesia é de temática  burlesca, militante, de amores e devoção.  O repertório inclui ainda peças instrumentais, desta mesma época, destinadas às danças de roda.

MÚSICOS:

João A. Staub Gomes (alaúde), Werner Ewald (flautas), Leonora Oxley (canto), Marcelo Borba (percussão) e Carlos W. Soares (cello).

REPERTÓRIO:

  1. Johann Steuerlein (séc. XVI) – Wie lieblich is der Maien
  2. Anônimo (Cancionero de Palacio) (séc. XV-XVI) – Calabaça
  3. Juan del  Encina (1468- 1529/30) – Levanta,  Pascual (Cancionero de Palacio)
  4. Juan del  Encina (1468- 1529/30) – Más vale trocar (Cancionero de Palacio)
  5. Tielman Susato (1500-1560) – Mein Freund
  6. Jacques Moderne (1500-1560) – Lustiger Reihentanz
  7. Melodia anônima (séc. XV?) e texto de William Shakespeare (1564-1616) / “Hamlet” – Tomorrow is Saint Valentine’s Day
  8. Juan del Encina (1468- 1529/30) (Cancionero de Palacio) – Oy comamos y bebamos

INSTRUMENTOS:

alaúde, flautas, canto, percussão e cello.

DATA: 06.06.19

HORA: 17:30h

LOCAL: Auditório do CECH

Rua Alberto Rosa, 117 – Porto – Pelotas

RECITAL

“Mitos gregos na literatura para flauta”

Raul Costa d’Ávila (flauta solo)

REPERTÓRIO:

  1. Claude Débussy (1862-1918) – Syrinx
  2. Charles Koechlin (1867-1950) – Les Chants de Nectaire (opus 198 – 199 – 200)
  3. Thiago Costa Perdigão (1989 – ) Suíte Marsias

INSTRUMENTOS:

Flauta transversa e piccolo

DATA: 07.06.19

HORA: 16h

LOCAL: Auditório do CECH

Rua Alberto Rosa, 117 – Porto – Pelotas

RECITAL DE ENCERRAMENTO

“Narrativas Medievais”

Música Mundana

Conjunto de Músicas Antigas e Tradicionais (Porto Alegre)

O repertório compõe-se de canções registradas entre os séculos XII e XIV, que trazem diferentes narrativas acerca do amor cortesão, da religiosidade, relações humanas e elementos da natureza. Inclui canções muçulmanas, judaicas e cristãs, as quais expressam a intensificação do culto mariano no segundo milênio, como exemplo, as cantigas em louvor a Santa Maria escritas por Afonso X (1221-1284), rei de Leão e Castela, compostas às centenas.

MÚSICOS:
Ângelo Primon, Deisi Coccaro, Eliana Vaz Huber, Flávia Domingues Alves, Guilherme Roman Marangon e Laís Belinski Roman.

REPERTÓRIO:

  1. Anônimo – Allahu Akbar (canto islâmico)
  2. Anônimo – Morenica a mi me llaman (canção sefardita)
  3. Anônimo – La rosa enflorece (canção sefardita)
  4. Anônimo – Saltarello (dança instrumental)
  5. Afonso X – Cantigas de Santa Maria, Nº 353. Quen a omagen da virgen
  6. Afonso X – Cantigas de Santa Maria, Nº 10. Rosa das rosas
  7. Afonso X – Cantigas de Santa Maria, Nº 100. Santa Maria strela do dia
  8. Anônimo – Summer is icumen in (versão vocal)
  9. Anônimo – Il trotto (dança instrumental)
  10. Ricardo Coração-de-Leão (1157-1199) – Ja nuns hons pris
  11. Anônimo – Summer is icumen in (versão instrumental)
  12. Anônimo – Al entrada del Temps Clar (canção para a entrada da primavera)

INSTRUMENTOS:

flautas, gemshorns, krumhorn, cornamusa, oud, alaúde, viola, cítola, setar, santur, harpa celta, harpa gótica, lira, saltério de dedo, saltério de arco, rabecas, viela de roda, derbak, tabla, riq, daff, címbalos e campânulas.