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Conferências

CONFERÊNCIA DE ABERTURA

15/05 19H

“Jacinto” de Filóstrato el Viejo. Literatura y artes plásticas

Dr. Daniel Rinaldi

Universidad de la Repúbica, Uruguai

En los Cuadros describe Filóstrato el Viejo sesenta y cinco pinturas de una colección de Nápoles. Con esta obra, que no trata ni de pintores ni de sus vidas, pretende el sofista y rétor dar a conocer diversos εἴδη ζωγραφίας, diversas “formas de pintura”, en forma de ὁμιλίαι, esto es, de “conversaciones-lecciones”, que destina a unos jóvenes, exposición que les servirá de modelo para aprender a interpretar y a apreciar lo que hay de estimable en los cuadros. En la descripción de las pinturas, combina Filóstrato la écfrasis (ἔκφρασις), un ejercicio habitual en las escuelas de retórica, con la epídeixis (ἐπίδειξις) del maestro. En uno de los cuadros que describe el pintor ha representado un incidente del mito de Jacinto. Dice el rétor: λέγει δὲ ἡ γραφὴ, “la pintura dice (o cuenta)”. En su discurso (λόγος) va Filóstrato de lo plástico a lo literario y de lo literario a lo plástico. Nos hace ver un cuadro de cuya existencia material nada se puede decir pero que con sus palabras pone ante nuestros ojos. Y aunque el cuadro existe únicamente en la descripción del sofista, podemos relacionarlo con algunas representaciones antiguas de la misma escena así como con otras modernas.

 

CONFERÊNCIAS

Movimento Ritual na Roma Antiga

16/05 19h Movimento ritual na Roma antiga: o rito e os sálios
17/05 19h Movimento ritual na Roma antiga: as Lupercálias e a transvectio equitum
Giorgio Ferri

“Sapienza” Universidade de Roma, Italia

Marie Skłodowska-Curie Global Fellowship (Grant agreement n. 101024439)

 

A proposta está relacionada ao meu projeto MSCA RITMO em andamento, que visa explorar a função de criação do lugar do movimento ritual, ou seja, o movimento de indivíduos ou grupos em rotas mais ou menos fixas para causas ou propósitos religiosos (por exemplo, procissões), na religião romana. O principal objetivo do projeto é estudar o impacto do desempenho contínuo do movimento ritual na criação cultural, social e física de lugares religiosos na Roma antiga.
As conferências terão como objetivo primeiro fornecer um levantamento metodológico sobre o desempenho ritual, definindo o que é um rito, ou seja, um movimento ritual. Será dada atenção também à dimensão espacial da experiência humana, especialmente no campo da religião, para mergulhar na transformação cultural do “espaço” em um “lugar”.
Isto nos permitirá aprofundar alguns estudos de casos-chave particularmente interessantes do movimento ritual na religião romana: os rituais dos sálios, a transvectio equitum e as Lupercálias. Tais rituais poderiam transformar ‘espaço’ em um ‘lugar’ (religioso); eles moldaram (e foram moldados por) emoções, identidade e memória, ao finalmente se tornarem embutidos na paisagem sagrada de Roma.
Enquanto as rotas e etapas de tais rituais poderiam ser fixas ou não sofreram mudanças frequentes ou substanciais a cada celebração, as respostas espontâneas e diversas ao desempenho deveriam ter variado a cada iteração; a experiência (e a memória) do ritual teria sido diferente para cada pessoa com base em seu nível de participação, status social, idade, etc.
Assim, através de frequentes promulgações e do contínuo engajamento dos participantes, tais movimentos rituais se tornaram embutidos nos lugares onde eram realizados: a relação entre os artistas, o ambiente construído e a paisagem física contribuía para construir constantemente a paisagem sagrada de Roma, “afetando” o espaço e criando um “novo” lugar religioso que estaria ligado a esse ritual e marcaria Roma para sempre.

PALESTRAS

16/05 tarde – MESA 1 ORIENTE

E os deuses criaram os homens… e as mulheres: o mito mesopotâmico de Atrahasîs
Katia M.P. Pozzer

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

A Mesopotâmia, localizada no vale fluvial do Eufrates e do Tigre, atual Iraque, foi o local de surgimento das primeiras civilizações urbanas. Esse território foi palco de importantes culturas na antiguidade, como a suméria, a babilônica e a assíria, ao longo de três milênios. O politeísmo foi uma das características desta sociedade, onde cada cidade-estado possuía seu próprio panteão, criando um verdadeiro mosaico de divindades e mitologias. No período paleobabilônico os escribas inovaram, criando novos modelos de composições literárias, de cunho mitológico, que traduziam uma nova visão de mundo e uma nova capacidade de transpô-la por escrito. Nesta comunicação destacamos um de seus mitos fundadores, o Poema de Atrahasîs, que trata da origem dos homens e das mulheres, demonstrando uma visão teocêntrica do mundo. O texto foi escrito no século XVII aEC, sob o reinado de Ammi-saduqa, e teve ampla repercussão, pois foi recopiado durante mais de um milênio. Trata-se do poema épico escrito em paleobabilônico e melhor preservado da história.
Tornou-se um cânone da ortografia e da gramática acádica para o período paleobabilônico utilizado no ensino desta língua semita. A ideia da criação do homem surgiu a partir de um conflito entre duas categorias hierarquizadas de divindades. A humanidade é assim inventada para realizar o trabalho que antes era tarefa dos deuses. Vale destacar que a narrativa mitológica apresenta a criação de homens e mulheres juntos, aos pares, pelas mãos de uma divindade feminina.

 

Meretseger a deusa dos operários de Deir el Medina

Margaret M. Bakos 

Professora Sênior do Curso de Mestrado em História Social
Universidade Estadual de Londrina (UEL)

O nome Deir el Medina que, em árabe, significa O mosteiro da Vila, foi conferido em épocas modernas. Quando da fundação do sítio, no período entre a XVIIIª e a XXª dinastias, o local era denominado Sede da Verdade.
Nela viveram, ao longo de 450 anos, os trabalhadores encarregados da construção e decoração de moradias, tumbas, obeliscos e templos, alguns deles monumentais, pertencentes aos faraós e à nobreza egípcia. A morte de Ramsés III determinou, com o final da XXª dinastia, a criação da XXIª e, com ela, o abandono da região e o retorno da Corte para o Baixo Egito.
Meretseger foi uma das divindades mais importantes destes trabalhadores. O seu nome significa Aquela que ama o silêncio, sendo representada por uma serpente, que era perigosa e misericordiosa, ao mesmo tempo.

 

16/05 tarde – MESA 2 GRÉCIA E ÁFRICA

Mitos, crenças e ritos: Representações de aspectos do ritual religioso na Antiguidade grega
Lidiane Carderaro

Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP)

No período conhecido por Antiguidade Grega, o ser humano estabeleceu desde tempos muito remotos uma relação bastante intensa com seus mitos. Essas narrativas extraordinárias, baseadas em deuses, heróis e outras criaturas, se formaram ao longo dos séculos no imaginário coletivo para dar sentido a alguns aspectos da vida cotidiana que não dependiam unicamente das ações do homem. A crença nesses seres mitológicos deu origem a ritos religiosos e cívicos marcados por expressões culturais como música e dança. Neste trabalho trataremos de alguns aspectos expressivos dos ritos religiosos gregos, dos períodos Arcaico e Clássico, que podem ser assimilados a partir das representações na cultura material proveniente, principalmente, dos locais de culto. Dessa forma, estabelecendo a correlação mito-crença-rito no Mundo Grego.

 

Mães, esposas e filhas: a participação feminina da sucessão real cuxita (VIII-V a.C.)

Marina Pereira Outeiro

 

Tradicionalmente, as mulheres da realeza participaram da vida religiosa de Cuxe, ocupando prestigiosos cargos sacerdotais. Com o passar dos séculos, as relações das mulheres cuxitas com o divino, se tornam mais seculares e acarretaram consequências políticas de alcance social. No culto aos deuses, os cargos ocupados pelas mulheres da realeza cuxita contribuíram para a formação da ideologia política que fundamentava a legitimidade do poder real, mediante sua dupla atuação, na qual emulavam as funções desempenhadas pelas divindades femininas – mães e companheiras. Cargos como “Rainha-Mãe” e “Esposa Real”, se encontravam em intima associação a funções políticas e religiosas, desempenhadas pelo rei. Assim, entendemos que o conceito de gênero, nos permite distinguir os diversos papeis atribuídos as mulheres e compreender como a interação entre os dois sexos, condicionava a vida social de Cuxe. Desse modo, podemos observar como mães, esposas e filhas influenciavam na escolha do novo rei, fortalecendo e legitimando seu governo. Identificamos que, a partir da ascensão da XXV dinastia, a atuação feminina na esfera religiosa extrapolou os limites do sagrado, se imiscuindo nos assuntos profanos. A título de exemplo, o novo rei era escolhido segundo a filiação materna e os expedientes de sua investidura, apresentavam simultaneamente características políticas e religiosas: no plano material, o aspirante seguia os critérios para comprovar sua descendência e, no plano espiritual, necessitava testificar a anuência de Amon para sua pretensão ao trono. Nesse sentido, o papel político da “Rainha-Mãe”, enquanto condutora das cerimônias de instalação dos reis em Napata, estabelecendo a permanência das antigas práticas religiosas na sucessão meroíta. Entendemos que, em Cuxe, ocorreu uma síntese entre a religiosidade egípcia e a antiga tradição matrilinear núbia, manifesta em uma ativa participação feminina em assuntos espirituais e seculares, em complemento a ação masculina para garantir o pleno funcionamento da sociedade.    

 

17/05 tarde – MESA 3 MEDIEVAL

“Uma vida tão imaculada e tão santificada”: a construção da santidade feminina nas vidas de Kunigunde von Luxemburg (975-1040) e Elisabeth von Thüringen (1207-1231)

Daniele Gallindo Gonçalves

Universidade Federal de Pelotas

A presente proposta de apresentação tem por objeto as vidas de dois femininos santificados no século XIII, transmitidos até nós em diversos manuscritos, dos quais selecionamos um para a presente análise. Duas figuras femininas da elite germânica, duas trajetórias de vida: Kunigunde de Luxemburg, imperatriz do Sacro Império Romano e Elisabeth von Thüringen, Landgräfin da Turíngia. Como aconteceu com outros femininos do período, também aqui encontramos uma tentativa de apagamento pela historiografia posterior. Esta priorizou figuras masculinas, deixando nossas personagens à sombra de seus esposos, homens poderosos e de destaque social. Através de múltiplas vozes masculinas (crônicas, legendas em verso, vitae), nos é dado a conhecer suas estórias. Populadas por uma série de acusações de traição, de relatos de milagres, e de sinais de santificação, essas narrativas estão repletas de tropos comuns a seu gênero. Desta forma, para pensar aproximações e distanciamentos no que tangem as estratégias narrativas na construção da santidade de ambas as personagens, em nossa proposta, analisaremos, além das crônicas e demais narrativas, sobretudo as legendas acerca da imperatriz Kunigunde e da condessa
Elisabeth na obra Der Heiligen Leben (Vidas de Santos). O legendário foi produzido na cidade de Nuremberg, atual Alemanha, em um mosteiro dominicano, em início do século XIV. Trata-se de uma grande coletânea de martírios e vitae, que se baseia no Passional (séc. XIII), no Märterbuch (séc. XIII) além de outras formas textuais anteriores como a legenda em verso, intitulada Keisir vnde keisirin (séc. XIII), de Ebernand von Erfurt ou a Vita sanctae Elisabethae (séc. XIII), uma hagiografia de autoria de Dietrich von Apolda. Para a análise comparada, selecionamos as legendas de Heinrich (Nr. 55) e Kunigunde (Nr. 56), que se encontram no Sommerteil, e a legenda de Elisabeth (Nr. 35), do Winterteil, com a finalidade de compreender as estratégias textuais na construção de tais santidades.

 

Entre Cifras e Segredos: A ideia de qualidade oculta aplicada às palavras (Sécs. XV-XVII)

Francisco Mendonça Jr.

Universidade Federal de Santa Maria

Uma das contribuições mais importantes para dar formato e sustentação ao pensamento produzido pelo movimento renascentista dos séculos XV a XVII veio da magia. Ao longo do século XX, tendo como marco inicial a contribuição do Instituto Warburg, a historiografia reconheceu a importância da magia e do esoterismo para se ter a correta dimensão das práticas e do pensamento humanista. Quentin Skinner, sem nenhum exagero pontuou que a exacerbação do projeto humanista despontaria na figura do magus cristão.
Na relação dos humanistas com a Antiguidade, destacaram-se os diálogos e as apropriações de tradições mágicas como a cabala, o hermetismo e os hinos órficos, por exemplo. Várias contribuições fruto desse processo poderiam ser destacadas, mas nos dedicaremos a pensar a extensão da influência da ideia de virtudes ocultas. De forma sintética, trata-se da concepção de que no ato da criação, Deus permeou todas as coisas do mundo criado com qualidades invisíveis a olho nu, perceptíveis apenas aos iniciados.
E, seria justamente através das relações de simpatia e antipatia entre tais qualidades ocultas das coisas do mundo que o universo se poria em movimento. Assim se explicaria a influência astrológica no mundo sublunar, o funcionamento dos talismãs e mesmo o magnetismo.
Nesse mesmo momento, a Europa redescobria os hieróglifos egípcios. A interpretação vigente, acima de tudo entre os humanistas, era de que os hieróglifos seriam uma linguagem construída pelos sacerdotes egípcios a fim de salvaguardar um conhecimento tanto divino quanto secreto dos olhares “daqueles que não podem saber”.
A ideia de uma linguagem mágica e secreta floresceu no momento em que o Segredo adquiria cada vez mais importante nos assuntos da política. Destaquemos a capital importância que os secretários assumiam no nascente Estado Moderno. Vários tratados os declaravam como “soberanos mudos”, capazes de ecoar suas vozes por meio das palavras do princeps, uma vez que eram os responsáveis por lidar com o Segredo e o Sigilo dos assuntos principescos.
Em outras pesquisas nos dedicamos a demonstrar como o Segredo esotérico influenciou na construção da ideia de Segredo político, marcadamente através do emprego das linguagens de comunicação secreta, tidas por muitos humanistas como uma evolução natural dos hieróglifos egípcios. Agora propomos uma reflexão associada a essa discussão historiográfica. Ao analisar obras de autores como Johannes Trithemius (1462-1516), Giambattista della Porta (1535-1615) e Heinrich Cornelius Agrippa von Netteshein (1486-1535), verificaremos se a ideia de qualidades ocultas se aplicaria também à linguagem, ou seja, se é adequado pensarmos no Segredo como virtude oculta
da palavra. Tal exercício estará amparado pelo conceito de esoterismo cunhado por Antoine Faivre, mas levando em conta suas diversas revisões.

 

17/05 tarde – MESA 4 RECEPÇÃO E PATRIMÔNIO

Orfeu e Eurídice: recepção da música e mitos gregos em cemitérios modernos, em especial no Brasil

Fabio Vergara Cerqueira

Universidade Federal de Pelotas

 

Uma das formas de recepção da música grega antiga na modernidade pode ser observada nos cemitérios. A arte cemiterial, por meio da representação de instrumentos musicais gregos agregados aos túmulos, particularmente a lira, a cítara e suas variantes, gera releituras de significações antigas da relação entre música e morte, ao mesmo tempo que enceta novas significações. Em alguns casos, a presença do instrumento é permeada por alguma narrativa mítica conhecida do repertório antigo, seja por intermédio de uma influência mais indireta, seja de modo explícito, na própria nomeação da obra artística cemiterial. É o caso do monumento à Monumento à Família Trevisioli no Cemitério da Consolação em São Paulo, denominado “Lenda Grega. Orfeu e Eurídice”, de 1920, do escultor Nicola Rollo, ou ainda, do mesmo escultor, o túmulo ao maestro Luigi Chiafarelli, denominado “Euterpe”, datado de 1923. São exemplos de como o patrimônio cultural cemiterial brasileiro guarda exemplos importantes deste processo de uma recepção articulada da música e de mitos gregos antigos em um contexto de simbolização do morrer, o que nos leva a pergunta: “Orfeu e Eurice” de Rolla no Consolação deve ser visto como excepcionalidade de um gênio artístico ou como parte de um fenômeno mais amplo de presença da música grega nos cemitérios?

 

Palmira, o Daesh e o Iconoclash: da estratégia da terra arrasada à política da cultura arrasada.

Diego Rabelo Nonato

Doutorando em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFPel)

No ano de 2011 o fenômeno da chamadas Primaveras árabes chegou à Síria, trazendo consigo o Estado Islâmico ou Daesh, e abrindo um conflito que é considerado um terrível desastre humanitário, que contabiliza cerca de mais de 400 mil mortos. Nesta apresentação, abordaremos a destruição de um dos sítios históricos considerados patrimônio da humanidade localizado no deserto sírio, o oásis de Tadmor, ou a cidade de Palmira. Esta região do país árabe se constituiu enquanto patrimônio graças ao esforço, primeiramente de interessados em termos econômicos, isto é, pelo comércio ilegal de artefatos, depois, pela preservação, turismo e também pelo exercício científico da arqueologia, da antropologia e da história. O grupo fundamentalista desenvolveu na guerra da Síria atos de violência e destruição que também foram praticados em outros conflitos conhecidos na região como Afeganistão e também no Iraque. Chamamos de iconoclash, termo cunhado pelo antropólogo Ömür Harmanşah, a estética de violência construída na Síria que combinou atos de terror com
peças publicitárias amplamente difundidas pela internet.
As pessoas e estruturas atingidas pelo Daesh como forma de simbolizar esta terra arrasada foram, neste caso, majoritariamente escolhidas dentre aquelas que tinham relevância política no contexto da cidade. Tanto os elementos que compõem o hibridismo religioso das estruturas
de Palmira como pessoas que cuidavam do aspecto técnico e científico da cidade, a exemplo do diretor do órgão responsável pelo trato das antiguidades, Khaled Assad, além de vários artefatos, foram vítimas da ação jihadista.
Entre as centenas de bens danificados, roubados e contrabandeados, os de tipologia religiosa ganharam importante significado nos atos de destruição por parte dos radicais, ressaltando o significado de aspecto sectário que caracteriza grupos como o Daesh. Sua orientação teológica é oriunda do Wahabismo, um tipo de interpretação do islã Sunita de cunho extremamente conservador desenvolvido e praticado na Arábia Saudita. Sua predileção pelos artefatos religiosos também demonstra a vocação deste tipo de jihadismo a pouca disposição de convivência com o diferente, o plural etc. Portanto, pretendemos apresentar alguns aspectos da investigação iniciada em 2013 e desenvolvida ao longo dos anos.