Categoria: Notícias

GDISPEN presente na Sala de Situação durante a crise climática

Com a chegada das cheias na região sul do RS, desde o início de maio, por 28 dias, professores e técnicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) se dedicaram de forma voluntária a assessorar cientificamente o poder público e a Defesa Civil de Pelotas,  visando incentivar a gestão pública no desenvolvimento de soluções eficazes para avaliação de risco ao evento de inundação, ampliando assim a capacidade de resposta a esse evento extremo. Graças à contribuição desses especialistas, foi possível acompanhar o comportamento dos ventos e a elevação das águas com mais precisão, auxiliando a tomada de decisões, o desenho das áreas de risco e a necessidade de evacuação. 

O grupo de pesquisadores interdisciplinares, que contou com matemáticos, meteorologistas, hidrólogos, engenheiros e economistas, enfrentou a dificuldade de acompanhar dados em tempo real. Durante as interações, os diversos membros vinculados à UFPEL,  se empenharam na identificação de monitoramento hidrológico, modelagem hidrológica, modelagem espacial (topografia), modelagem temporal de deslocamento de massas de água (modelagem hidráulica) e previsões meteorológicas (vento/chuva). 

Os pesquisadores do GDISPEN, Daniela Buske e Régis Sperotto de Quadros, juntamente com o pós doutorando Leonidas Alejandro Arias Baltazar,  colaboraram com a equipe utilizando o software de modelagem hidráulica HEC-RAS, desenvolvido pelo Centro de Engenharia Hidrológica do Exército dos Estados Unidos, para simular a área a ser atingida, profundidade da água e tempo de chegada da massa de água na região. Se esta informação for conhecida com anterioridade, um mapeamento da inundação pode ser realizado, o qual permite tomar decisões como a evacuação de pessoas que vivem em regiões afetadas para diminuir os danos. As estimativas do modelo tiveram foco na cidade de Pelotas e arredores (colônia Z3 e Laranjal),  além das principais cidades da lagoa dos Patos, bem como da lagoa Mirim. Com sucesso, os pesquisadores conseguiram estimar com precisão a chegada das águas do primeiro pico do Guaíba, e também o recuo das águas, momentos estes que foram decisivos na tomada de decisão das autoridades.

Como uma forma de manter o registro histórico das divulgações dos resultados das simulações durante a crise climática uma página foi adicionada ao site do GDISPEN e conta um pouco da atuação da equipe: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/na-midia-inundacoes-pelotas-2024/

A colaboração entre pesquisadores e autoridades locais na aplicação de modelos matemáticos representa um exemplo paradigmático de como a ciência pode ser mobilizada em prol da segurança e bem-estar da população em tempos de crise climática.

 

1000 dias de COVID-19 em Pelotas / RS

No dia 19/12/22 Pelotas atinge a marca de 1.000 (mil) dias desde o primeiro caso confirmado de COVID-19 no município. Neste post os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo sobre os dados de casos confirmados, óbitos, hospitalização e vacinação desses mil dias da pandemia de COVID-19 no município de Pelotas/RS. A base de dados utilizada é da secretaria de saúde de Pelotas, disponível em (http://painel-covid.pelotas.com.br/). O período de dados utilizado para a análise, vai de 25/03/2020 a 17/12/2022 (fechamento da semana  epidemiológica de nº 50).

O município de Pelotas possui cerca de 343 mil habitantes (IBGE, 2010), sendo a maior cidade da região sul do Rio Grande do Sul. O primeiro caso de COVID-19 registrado no município foi no dia 25/03/20 (data da divulgação à população), 15 dias após a confirmação do primeiro caso no estado do RS. O primeiro óbito foi registrado três meses depois, no dia 20/06/20. Durante os mil dias de COVID-19 no município, o maior número de óbitos foi registrado em 18/03/21, com 15 óbitos. Em 26/01/22, registrou-se o maior número de casos novos em um único dia, totalizando 1312 casos. No dia 14/08/22 houve o registro do caso confirmado de nº 100.000 (cem mil).

No ano de 2020, Pelotas registrou 15.732 casos de COVID-19 e 274 mortes. Já em 2021, foram 35.748 casos e 1.002 mortes. Do início de 2022 até o dia 17/12, data em que esta matéria foi redigida, o município de Pelotas registrou um total de 53.727 casos e 277 mortes. É importante destacar que o número de casos reais provavelmente é bem maior do que o registrado, principalmente devido ao aumento de auto testes vendidos em farmácia em 2022. O resultado do auto teste não é de notificação obrigatória, portanto, é provável que muitos testes positivos não tenham sido notificados à vigilância epidemiológica do município, não sendo contabilizados.

Durante os mil dias de COVID-19, Pelotas registrou um total de 105.216 casos e 1.553 óbitos. Nos últimos 30 dias (17/11 a 17/12), a cidade registrou um total de 1.728 casos (média de 57,6 casos/dia) e nenhum óbito. De 17/10 a 16/11 foram registrados 296 casos (média de 10 casos/dia) e 3 mortes, ou seja, um aumento de aproximadamente 6 vezes mais casos/dia.

A incidência atual é de 30.728 casos por 100.000 (cem mil) habitantes e a mortalidade é de 454,56 óbitos por cem mil habitantes, isto é, a cada 100.000 pelotenses, 454 foram a óbito por COVID-19. A taxa de letalidade é de 1,48%, ou seja, a cada 1.000 (mil) pessoas diagnosticadas com COVID-19, 15 foram a óbito. Além disso, em 17/12, Pelotas possui 102.909 pessoas recuperadas (97,8%) e 754 casos ativos (0,72%). Cumpre observar o aumento de casos ativos nos últimos 30 dias: em 17/11 eram apenas 52 casos ativos, e em 17/12 o número é 754.

Fazendo um comparativo com a incidência e mortalidade no estado e no país: em 17/12 a incidência por 100.000 habitantes no Rio Grande do Sul foi de 24.910,3 e no Brasil 17.068,8. A mortalidade nesta mesma data, no estado foi 363,7 e no Brasil 329,2. Portanto Pelotas se mantém com os valores de incidência e mortalidade superiores aos das esferas estadual e federal.

A Figura 1 abaixo apresenta o número de casos registrados e a média móvel nesses mil dias no município de Pelotas. Nota-se uma certa estabilidade na média móvel entre novembro de 2020 e junho de 2021, seguido de queda. No primeiro trimestre de 2022 observa-se o maior pico de casos novos, reflexo da alta transmissibilidade da sub variante da Ômicron, BA.5. Novo pico ocorreu no meio do ano de 2022, porém com menor número de casos novos comparado ao pico anterior. Em setembro, o número de casos entra em queda, mantendo a transmissão em níveis baixos até meados de novembro, período em que há sinal de aumento da transmissão do vírus.

Figura 1. Número de casos diários e média móvel de COVID-19 no município de Pelotas/RS.

Na figura abaixo, verifica-se a variação do Rt desde o início da pandemia na cidade. Passados mil dias, o Rt está em 1,42, ou seja, 10 pessoas infectadas transmitem o vírus da COVID-19, em média, para 14 pessoas. Desde 15/11 o Rt está acima de 1,0 o que sinaliza crescimento da epidemia no município.

Figura 2: Valores do Rt médio em Pelotas/RS.

Sobre a vacinação: A primeira pessoa foi vacinada em Pelotas em 19/01/2021. Até o momento, aproximadamente 85% da população pelotense foi vacinada com a segunda dose ou com esquema vacinal único (92% da população vacinável, isto é, pessoas com 3 anos ou mais). 63% da população recebeu a terceira dose, ou primeiro reforço, o que representa 80% da população vacinável. Apesar disso, ainda existem importantes desigualdades na vacinação em termos de faixa etária. Sobretudo na população entre 18 e 39 anos, a cobertura para dose de reforço ainda está abaixo de 60%.

Na Figura 3, temos a ocupação dos leitos de enfermaria e UTI por causa da COVID-19 ao longo dos 1.000 dias de COVID-19 em Pelotas. Nota-se a partir de julho de 2021 uma diminuição expressiva nas ocupações de leitos, tanto de enfermaria quanto de UTI. Isso ocorreu devido ao avanço da vacinação da população, pois as vacinas contra COVID-19 reduzem os casos graves da doença. Observa-se que o pico de ocupação ocorreu entre março e julho de 2021. Este também foi o período crítico da pandemia em Pelotas, onde, além da superlotação nos leitos de UTI e enfermaria, houve uma grande quantidade de casos simultâneos.

Figura 3. Ocupação de enfermaria por pessoas com COVID-19 em Pelotas/RS.

Ao longo desses mil dias, a epidemia de COVID-19 em Pelotas passou por diferentes estágios, desde a alta transmissão com alto número de internações hospitalares e óbitos, até o período atual de maior controle, com número reduzido de óbitos. A vacinação, o trabalho feito pela vigilância epidemiológica, a colaboração da população, entre outros, são fatores essenciais no controle da epidemia.

O padrão da epidemia de COVID-19 ainda não é inteiramente conhecido e a circulação do vírus pode resultar no surgimento de variantes que mudem mais uma vez o que já se conhece do vírus. Além disso, a COVID longa, que é a persistência de sintomas por mais de quatro semanas após a infecção, é uma preocupação de saúde pública. Ela pode estar presente mesmo nas pessoas que tiveram COVID-19 leve, ou seja, que tiveram sintomas leves sem necessidade de atendimento médico.

Sendo assim, nós reforçamos a importância da vacinação com as doses de reforço disponíveis e reafirmamos a necessidade do trabalho contínuo da vigilância epidemiológica no monitoramento e análise da transmissão da COVID-19.

Com as festas de final de ano se aproximando, reforce a higiene das mãos, prefira ficar em ambientes ventilados, use máscara em ambientes com aglomeração e se tiver sintomas respiratórios, faça um teste para COVID-19.

Este estudo tem a finalidade principal de informar à população acerca do histórico da COVID-19 no município de Pelotas/RS, realizado por pesquisadores desta cidade para moradores dela. Ao longo da pandemia, a pesquisa do GDISPEN também teve objetivos acadêmicos e científicos, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas ao longo deste período são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. A equipe do GDISPEN aproveita para agradecer à Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas, na pessoa da Sra. Candida Rodrigues, pelo auxílio com os dados de hospitalizações.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves, Gustavo Braz Kurz e Bianca de Oliveira Cata-Preta

Estimativa para os óbitos por COVID-19 até 1º de julho de 2021 a partir das projeções do IHME

Neste mês de abril, o Brasil deve passar pelo período mais crítico da pandemia até aqui. As medidas tomadas até agora ainda não foram suficientes para evitar essa onda de contaminação que o País enfrenta. O aumento dos casos de óbitos atinge patamares alarmantes, situação agravada pela perspectiva de iminente falta de insumos hospitalares para o tratamento. Além disso, a possibilidade de surgimento de novas variantes, ainda mais infecciosas e mortais, preocupa o mundo inteiro. E o Brasil tornou-se o centro de tudo isso.

Esse panorama atual ainda pode ficar mais grave. Isso é o que mostra a projeção realizada nos Estados Unidos pelo Instituto de Métricas e Saúde (IHME), da Universidade de Washington, divulgada no início desse mês. Nessas projeções foram montados três cenários com base na mobilidade, uso de máscaras e vacinação. O primeiro cenário, aqui chamado de Cenário 1, considera que 95% da população use máscaras e que a oferta e o ritmo de vacinação sejam maiores que os atuais. A projeção nesse Cenário 1, feita pelo IHME, é que até o dia primeiro de Julho o Brasil tenha contabilizado 507,7 mil óbitos por Covid-19. Para o segundo cenário, Cenário 2, que é o mais provável, o IHME estima que serão registrados 562,8 mil óbitos. Neste cenário a distribuição de vacina é ampliada ao longo de 90 dias e as variantes continuam a se espalhar. No terceiro cenário, Cenário 3, o Instituto projeta a pior situação de registro de óbitos para o Brasil: 597,7 mil mortes, considerando que aqueles que são vacinados voltem a ter mobilidade pré pandemia.

Nessa publicação, usando as projeções do IHME (https://covid19.healthdata.org/brazil?view=total-deaths&tab=trend ),  os pesquisadores do Grupo de Dispersão de Poluentes e Engenharia Nuclear da UFPel (GDISPEN) estimam o número de óbitos para o Rio Grande do Sul (RS) e para a cidade de Pelotas. Para isso foram usados os dados de mortalidade do RS e de Pelotas, e a mortalidade do Brasil  para estabelecer um fator de proporção para as estimativas. A Figura abaixo apresenta essas projeções até o dia 1º de julho de 2021.

A epidemia ainda não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja. Proteja a sua família!

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

Pelotas atinge a marca de 500 óbitos por COVID-19

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo da situação atual da pandemia de COVID-19 na cidade de Pelotas/RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

A cidade de Pelotas registrou o primeiro caso de COVID-19 no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020.  Abaixo pode-se ver o tempo que levou para atingirmos os 500 óbitos na data de 31/03/2021.

  • 20/06/2020 – óbito 1
  • 10/09/2020 – 101 óbitos – 83 dias após o óbito 1
  • 09/12/2020 – 204 óbitos – 90 dias após o 100º óbito
  • 10/01/2021 – 301 óbitos – 32 dias após 0 200º óbito
  • 09/03/2021 – 401 óbitos – 58 dias após o 300º óbito
  • 31/03/2021 – 500 óbitos – 22 dias após o 400º óbito

Na mesma data em que Pelotas atinge 500 óbitos, o número acumulado de casos confirmados chegou a 28.210 casos da doença (um aumento de mais de 5.500 casos no período de 1 mês).  Na média, de 01 a 31/03, a cidade registrou 180 casos/dia e 3,9 óbitos/dia.

A incidência atual é de 8.239 casos e a mortalidade é de 146 óbitos por 100.000 habitantes, com uma taxa de letalidade aparente de 1,77%. Além disso, em 31/03, Pelotas possuía 25.262 pessoas recuperadas (89,5%) e 2.448 casos ativos (8,7%).

Passado 1 ano do 1º caso de COVID-19 confirmado em Pelotas, mesmo com sucessivos aumentos de leitos, bem como medidas tomadas pelos governantes, vivemos um dos piores momentos da pandemia. A ocupação dos leitos de UTI e enfermaria, exclusivos COVID, é total a algumas semanas.

Abaixo seguem os gráficos de óbitos diários, óbitos por semana epidemiológica, óbitos por mês e ocupação dos leitos de UTI e enfermaria para Pelotas*.

*O comitê interno para acompanhamento da evolução da pandemia da COVID19 da UFPel, em nota do dia 24/03/2021 , apresentou um infográfico para ajudar a população na interpretação dos gráficos de internações e óbitos (https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/wp-content/uploads/2021/03/Nota-comite_apendice_24.03.21.pdf ).

Abaixo segue o gráfico da projeção de casos até o dia 15/04 para a cidade de Pelotas. Se a taxa de crescimento seguir como está (Rt = 0,93), estima-se que até o dia 15/04, Pelotas tenha aproximadamente 29.700 infectados por COVID-19.

 

A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja. Proteja a sua família!

 

 

 

 

Os gráficos diários com a evolução da pandemia em Pelotas podem ser acompanhados no site do GDISPEN através do link https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/

ou acessando o QR code ao lado.

 

 

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

Pelotas ultrapassa os 400 óbitos por COVID-19

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo da situação atual da pandemia de COVID-19 na cidade de Pelotas/RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

A cidade de Pelotas registrou o primeiro caso de COVID-19 no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020. Em 10/01/2021 a cidade ultrapassou os 300 óbitos (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/2021/01/11/pelotas-supera-a-marca-de-300-obitos-por-covid-19/). Aproximadamente 58 dias após atingir a marca anterior, os 400 óbitos foram ultrapassados. Na mesma data, o número acumulado de casos confirmados chegou a 24.476 casos da doença (um aumento de 4.415 casos no período de 1 mês).  Na média, de 08/02 a 09/03, a cidade registrou 148 casos/dia e 1,8 óbitos/dia.

A incidência atual é de 7.148 casos e a mortalidade é de 117 óbitos por 100.000 habitantes, com uma taxa de letalidade aparente de 1,64%. Além disso, em 09/03, Pelotas possuía 21.812 pessoas recuperadas (89%) e 2.263 casos ativos (9%).

Em 10/03/2020 tínhamos o 1º caso de COVID sendo confirmado no Rio Grande do Sul. Passado 1 ano, o Estado como um todo tem assistido o aumento na ocupação dos leitos de UTI e enfermaria nas últimas semanas, chegando em 09/03, a uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 105,7% (https://ti.saude.rs.gov.br/covid19/). Em Pelotas o mesmo cenário tem se repetido, e mesmo com sucessivos aumentos de leitos, bem como medidas tomadas pelos governantes, vivemos um dos piores momentos da pandemia. Cabe salientar que mesmo no último final de semana, em que a cidade esteve em lockdown, o isolamento social ficou abaixo dos 60%. Além disso, a taxa de transmissibilidade segue alta, estando em Rt = 1,22 em 08/03. É importante lembrar que, em média, demoram 14 dias para sentirmos o efeito de qualquer medida restritiva.

Na figura a seguir tem-se a evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico.

No infográfico:

  • Ocupação dos leitos de UTI e enfermaria por COVID-19;
  • Curvas de casos acumulados, recuperados ativos e óbitos;
  • Casos e óbitos por semana epidemiológica;
  • Percentual de isolamento social (média de 38% nos últimos 30 dias), uma redução de 7,6%.

Abaixo segue o gráfico da projeção de casos até o dia 31/03 para a cidade de Pelotas. Se a taxa de crescimento seguir como está, se nada for feito, estima-se que até o dia 31/03, Pelotas tenha aproximadamente 28.000 infectados por COVID-19.

A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja. Proteja a sua família!

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

Pelotas supera a marca de 300 óbitos por COVID-19

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo da situação atual da pandemia de COVID-19 na cidade de Pelotas/RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

A cidade de Pelotas registrou o primeiro caso de COVID-19 no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020. Em 09/12/2020 a cidade ultrapassou a marca de 200 óbitos em decorrência da COVID-19 (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/2020/12/10/pelotas-supera-a-marca-de-200-obitos-por-covid-19/). Aproximadamente um mês após, ultrapassou os 300 óbitos em 10/01/2021, totalizando nesta data 301 óbitos em decorrência da COVID-19. Na mesma data o número acumulado de casos confirmados chegou a 17.356 casos da doença (um aumento de 5.997 casos desde o último post do grupo em 10/12).  Na média, de 10/12 a 10/01, a cidade registrou 187 casos/dia e 3 óbitos/dia.

A incidência atual é de 5.069 casos e a mortalidade é de 88 óbitos por 100.000 habitantes, com uma taxa de letalidade de 1,7%. Além disso, em 10/01, Pelotas possuía 14.262 pessoas recuperadas e 2.793 casos ativos.

A Vigilância Epidemiológica (VE), da Secretaria de Saúde (SMS), divulgou em 06/01 que chegou à marca de 76,4 mil testes realizados para detectar, ou não, a presença de infecção pelo novo coronavírus em moradores da cidade (sendo 72.499 exames registrados pela VE, além de outros 4 mil testes rápidos, aplicados por meio da pesquisa Epicovid-19 da UFPel, totalizando 76.499 laudos emitidos). Segundo notícia no site da Prefeitura, levando-se em conta testes rápidos, os de laboratórios privados, os do Lacen/RS, os analisados pelo Testar RS e pela Unidade de Diagnóstico Molecular COVID-19/UFPel, atualmente, a cidade contabiliza 225 testagens para cada mil habitantes. Analisando a taxa de positividade (determinada pela razão entre o número de infectados num período e o número de testes realizados nesse mesmo período), observa-se um decréscimo de 11,5 pontos percentuais em relação ao período de divulgação anterior.

Na figura a seguir tem-se a evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico.

No infográfico:

  • Curvas de casos acumulados, recuperados ativos e óbitos;
  • Percentual de isolamento social (média de 45,6% nos últimos 30 dias);
  • Rt por incidência: valor atual de Rt=0,99, média móvel de 0,98 em 09/01;
  • Positividade dos testes;
  • Casos e óbitos por semana epidemiológica;
  • Casos diários e óbitos diários confirmados de COVID-19.

Abaixo segue o gráfico da projeção de casos até o dia 31/01 para a cidade de Pelotas. Se a taxa de crescimento seguir como está, se nada for feito, estima-se que até o dia 31/01, Pelotas tenha aproximadamente 19.400 infectados por COVID-19.

A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja. Proteja a sua família!

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros, Gustavo Braz Kurz

Evolução da Covid-19 nos últimos 65 dias na cidade de Pelotas

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo da situação atual da pandemia de COVID-19 na cidade de Pelotas/RS nos últimos 65 dias, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

Os infográficos apresentam gráficos de análises temporais e geográficas da evolução da COVID-19 em Pelotas e em comparação com outras cidades do Rio Grande do Sul. Para a análise temporal, o gráfico de casos ativos mostra uma estabilidade desde o dia 25/12/20 até 04/01/21, com uma média de 3.873 casos ativos em Pelotas, nesse período.

O crescimento da taxa de positividade reforça a indicação de um crescimento expressivo de casos ativos. A taxa de positividade foi determinada pela razão entre o número de infectados num período e o número de testes realizados nesse mesmo período.

A mortalidade 81/100 mil habitantes significa que aproximadamente 1 a cada 1.250 moradores de Pelotas foi a óbito em decorrência da COVID-19. Os gráficos de evolução cumulativa de casos e óbitos também apresenta um crescimento importante nesse período de 65 dias.

Quanto às análises geográficas, Pelotas tem uma mortalidade de 8,1 óbitos/10 mil hab., letalidade de 1,7%  e 4,76% da população já foi infectada pelo coronavírus. A Região Sul também tem uma posição intermediária entre as regiões do Estado quando a métrica óbitos/100 mil hab. é levada em conta como critério.

A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja! Proteja a sua família!

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros, Gustavo Braz Kurz

 

 

Evolução da Covid-19 nos últimos 45 dias na cidade de Pelotas

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo da situação atual da pandemia de COVID-19 na cidade de Pelotas/RS nos últimos 45 dias, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

No infográfico apresentamos gráficos que mostram o estágio atual da pandemia de COVID-19 em Pelotas. Houve um crescimento acentuado do número de casos ativos, considerando que os casos notificados representam uma fração do número real. Isso representa que a circulação do vírus está mais intensa, aumentando o risco de contaminação. Outro dado relevante é mostrado pelo crescimento da positividade, razão entre casos positivos e número de testes realizados, saindo de 12,5% no período entre 03/10 a14/10 para 50% no período de 03/12 a 11/12. Esse dado reafirma o expressivo crescimento da circulação do vírus. Como resultado inexorável desse crescimento, há um aumento no número cumulativo de casos e de óbitos, mostrados nos dois últimos gráficos.

A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos.  Os pesquisadores do GDISPEN desejam um Feliz Natal a todos e dão algumas dicas de segurança no infográfico abaixo. Se proteja! Proteja a sua família! Lembre que é melhor socializar apenas com aqueles que estão comprometidos com as mesmas medidas de precaução.

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros, Gustavo Braz Kurz

Pelotas supera a marca de 200 óbitos por COVID-19

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam um resumo da situação atual da pandemia de COVID-19 na cidade de Pelotas/RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

A cidade de Pelotas registrou o primeiro caso de COVID-19 no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020. Em 09/12/2020 a cidade ultrapassou a marca de 200 mortes em decorrência da COVID-19, totalizando nesta data 204 óbitos. Na mesma data um recorde de casos confirmados foi notificado, 439 infectados, totalizando 11.359 casos da doença.  Na média, em dezembro (01 a 09/12), a cidade registrou 257 casos e 2,3 óbitos por dia.

A incidência é de 3.317 casos e a mortalidade é de 60 óbitos por 100.000 habitantes, com uma taxa de letalidade de 1,8%. Observa-se um aumento de aproximadamente 3,26 vezes no número de infectados informado em relação ao maior pico semanal registrado no mês de agosto (427 casos na SE 35 e 1.394 na SE 49).

Além disso, em 09/12, Pelotas possuía 7.400 pessoas recuperadas (65%) e 3.440 casos ativos (30%). Observa-se um aumento expressivo no número de casos ativos ao longo das últimas semanas.

Até a mesma data, 09/12, a Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde (SMS), registrou 59.893 exames, além de outros 4 mil testes rápidos, aplicados por meio da pesquisa Epicovid-19 da UFPel, totalizando 63.893 laudos emitidos. Segundo notícia no site da Prefeitura, em seis dias, mais de 4 mil exames foram feitos, levando-se em conta testes rápidos, os de laboratórios privados, os do Lacen/RS, os analisados pelo Testar RS e pela Unidade de Diagnóstico Molecular COVID-19/UFPel. Atualmente, a cidade contabiliza 188 testagens para cada mil habitantes.

No último final de semana, foi divulgado um novo levantamento dos casos confirmados de infecção pela COVID-19, baseado na atividade profissional. A análise é feita pelo Observatório de Segurança Pública, considerando 9.683 pessoas infectadas até o dia 3 de dezembro, conforme dados coletados pela Vigilância Epidemiológica da SMS. Os profissionais da área da saúde (1.318 casos, 13,61%), comerciários e atendentes do comércio (1.075 casos, 11,01%), aposentados (1.052 casos, 10,86%), além de estudantes (905 casos, 9,35%) e do lar (609 casos, 6,29%) mantêm-se no grupo com maior número de contaminados. O levantamento também mostra que 32% dos infectados têm entre 20 e 34 anos, seguidos pelas pessoas que estão na faixa etária dos 35 aos 49 anos. O maior número de casos está relacionado às mulheres, que representam 56,6% dos casos confirmados e que os homens contabilizam o índice de 43,4% de infectados.

Ainda no final de semana, foi divulgado o levantamento dos casos positivos de coronavírus nos bairros da cidade. Segundo a análise, que considerou os dados da Vigilância Epidemiológica até o dia 3 de dezembro, o Fragata permanece como a localidade mais afetada do Município, com 23,1% dos confirmados de COVID-19. Na sequência, está Três Vendas, com 21,4%, Areal, com 20,1%, Centro com 18,2% e São Gonçalo com 8,3% dos positivados.

Em novembro inúmeros leitos exclusivos COVID foram desmobilizados em Pelotas, principalmente devido a necessidade de atendimento de outras demandas reprimidas e da ausência de equipes médicas. Com o avanço do contágio, tem-se observado a lotação dos 20 leitos de UTI exclusivos COVID na cidade (10 leitos no Hospital Escola, 10 leitos na Beneficência Portuguesa, não contabilizados 10 leitos adultos de suporte ventilatório do Centro COVID). Na sexta-feira, 27/11, a Prefeitura de Pelotas publicou um decreto que determina o fim do zoneamento do sistema de saúde, ou seja, todas as instituições hospitalares estão aptas a receber e tratar pacientes suspeitos ou positivados de COVID-19, quando houver a necessidade. Em 08/12 foi anunciado pela Prefeitura Municipal a reabertura de 10 leitos de UTI a partir da próxima segunda-feira, 14/12.

Na figura a seguir tem-se a evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico.

No infográfico tem-se:

  • Curvas de casos acumulados, recuperados ativos e óbitos;
  • Casos e óbitos por semana epidemiológica;
  • ocupação dos leitos de UTI e enfermaria exclusivos COVID;
  • Perfil dos infectados por sexo;
  • Rt por incidência: valor atual de Rt=1,35, média móvel de 1,21;
  • Casos diários confirmados de COVID-19;
  • Percentual de isolamento social (média de 41,8% nos últimos 30 dias).

 

Abaixo segue o gráfico da projeção de casos até o dia 31/12 para a cidade de Pelotas. No modelo epidemiológico SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 de 1.21 e um período de infecção de 5.2 dias. Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 25/12, Pelotas tenha aproximadamente 16.000 casos confirmados e que na virada do ano, em 31/12, se tenha em torno de 18.000 contaminados por COVID-19 na cidade.

Diante do forte avanço da epidemia, em 09/12 foi publicado um decreto pela Prefeitura Municipal de Pelotas que determina fechamento do comércio em geral, de serviços e atividades não essenciais, a partir das 19h de 10/12 até as 6h de 15/12. A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja! Proteja a sua família!

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

Uma análise dos 8 meses de COVID-19 em Pelotas

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam uma análise dos 8 meses da pandemia em Pelotas/RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

O primeiro caso confirmado de COVID-19 em Pelotas se deu no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020. Os últimos 30 dias foram de um crescimento da epidemia na cidade muito acima do apresentado nos meses anteriores, tendo 8.801 casos confirmados e 182 óbitos em 28/11 (final da semana epidemiológica 48).

Na semana epidemiológica (SE) 48 foram notificados 1.185 novos casos de COVID-19, o maior número semanal registrado nestes 8 meses, com uma média de 169 casos por dia (média de casos confirmados diários nas SE 44 a 48, foram respectivamente: 60; 68; 101; 116; 169). A média geral nas últimas 5 semanas é de 102,6 casos confirmados por dia. O aumento do número de casos ao longo das últimas SE pode ser devido a uma maior flexibilização das medidas de distanciamento social na cidade, esgotamento da população frente ao isolamento, dois feriados prolongados no período em questão e a campanha eleitoral, entre outros fatores.  A incidência por 100.000 habitantes é de 2.570 casos. Observa-se um aumento de 2,8 vezes no número de infectados informado, em relação ao maior valor registrado por semana no mês de agosto (SE 35), ou seja, 178% de aumento. Analisando a evolução dos 7 para os 8 meses de COVID-19 em Pelotas, teve-se um aumento de 46% no número de casos (SE 48 em relação a SE 43).

A média de óbitos nas últimas 5 semanas foi de 0,9 óbito por dia (média diária nas SE 44 a 48, foram respectivamente: 0,71; 0,43; 0,14; 1,71; 1,43 óbitos por dia).  A mortalidade por 100.000 habitantes é de 53 óbitos e a taxa de letalidade é de 2,1%.  O aumento no número de casos não se refletiu no aumento do número de mortes no período analisado.

Além disso, ao completar 8 meses de pandemia, Pelotas possuía 6.354 pessoas recuperadas (72%) e 2.265 casos ativos (26%). Observa-se um aumento expressivo no número de casos ativos ao longo das últimas 5 semanas: 299% de aumento.

Ao longo das últimas semanas inúmeros leitos exclusivos COVID foram desmobilizados em Pelotas, principalmente devido a necessidade de atendimento de outras demandas reprimidas e da ausência de equipes médicas. Com o avanço do contágio, tem-se observado a lotação dos leitos de UTI exclusivos COVID na cidade, que agora são 20 leitos (10 leitos no Hospital Escola, 10 leitos na Beneficência Portuguesa, não contabilizados 10 leitos adultos de suporte ventilatório do Centro COVID). Na sexta-feira, 27/11, a Prefeitura de Pelotas publicou um decreto que determina o fim do zoneamento do sistema de saúde, ou seja, todas as instituições hospitalares estão aptas a receber e tratar pacientes suspeitos ou positivados de COVID-19, quando houver a necessidade.

Na figura a seguir tem-se a evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico.

No infográfico:

  • Curvas de casos acumulados, recuperados ativos e óbitos;
  • casos por semana epidemiológica: na SE 48 valor recorde de 1.185 casos;
  • ocupação dos leitos de UTI e enfermaria exclusivos COVID;
  • Rt por incidência: valor atual de Rt=1,24, média móvel de 1,21 (tendo aumentado desde a última análise, quando o valor era de 1,14);
  • a região da cidade (até 26/11) com a maior porcentagem de casos é o Fragata com 23,1%, seguido das Três Vendas com 21,6% e do Areal com 18,3% dos casos registrados.

Abaixo segue o gráfico da projeção de casos até o dia 15/12 para a cidade de Pelotas. No modelo epidemiológico SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 de 1.21 (valor da média móvel em 28/11) e um período de infecção de 5.2 dias. Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 15/12, Pelotas tenha aproximadamente 13.000 casos confirmados de COVID-19.

A epidemia não acabou. Evite sair de casa sem necessidade e ao sair, use máscara de proteção e passe álcool gel nas mãos. Se proteja. Proteja a sua família!

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz