Projetos de EAD integram a Semana do Folclore da UFPel
O olhar sobre as características culturais das comunidades da região, uma das marcas dos projetos de Educação a Distância da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), será compartilhado com os participantes da Semana do Folclore da UFPel. Desde 22 de agosto, Dia Mundial do Folclore, até sábado (27), o curso de Licenciatura em Educação do Campo a Distância e o Programa de Educação Tutorial (PET) – Grupo de Ação e Pesquisa em Educação Popular (Gape), vinculado ao curso de Pedagogia a Distância, difundem práticas pedagógicas que valorizam a diversidade cultural e a pluralidade nos espaços educacionais. Os projetos desenvolvidos na Coordenação de Programas de Educação a Distância (Cped) são aplicados na forma de oficinas e sessões de cinema sobre temas relacionados ao folclore.
Com a proposta de formar educadores voltados às especificidades das comunidades tradicionais, o curso de Licenciatura em Educação do Campo desenvolve regularmente atividades de valorização da cultura popular. Pela sua inserção no imaginário regional, o folclore é integrante do currículo da formação de professores do campo. “Trabalhamos com questões de pluralidade e cultura. O folclore perpassa todo o conteúdo do curso”, comenta a professora da UFPel Rose Miranda. Para a professora, a abordagem é tão marcante no curso, exemplifica, que um grupo de seis estudantes atualmente se dedica à pesquisa sobre o folclore da cultura quilombola na região de Sobradinho – um dos quadro municípios em que o curso é atualmente oferecido pela UFPel.
>>Curso de Licenciatura em Educação do Campo promove Feira de Ciências e Tecnologias
Para a Semana do Folclore da UFPel, o curso de Licenciatura em Educação do Campo promoveu, na quinta-feira (25), no polo de apoio presencial de São José do Norte, o circuito de oficinas folclóricas. Atividades com jogos didáticos, contação de histórias do folclore brasileiro e brincadeiras tradicionais, como roda e amarelinha, foram organizadas nas escolas da rede pública de ensino.
Oficina de material didático sobre folclore na escola, na segunda-feira (22), e sessões do “Cine Escolar Folclórico”, na quinta-feira (25), também integraram a programação. As atividades foram ministradas pela equipe dos cursos de Licenciatura em Educação do Campo e do grupo PET/Gape. O trabalho com audiovisual abordou, no Cine UFPel, as histórias de “Saci”, “Sucupira” e “Iara”, entre outras personagens folclóricas. As sessões tiveram com público-alvo cerca de 80 crianças, do 1º ao 5º ano da Escola de Ensino Fundamental Machado de Assis, de Pelotas/RS, instituição com a qual o PET/Gape possui parceria desde maio, por conta das iniciativas voltadas à educação popular.
A proposta das atividades dos grupos de EAD na Semana do Folclore da UFPel é incentivar que os professores trabalhem em sala de aula com os elementos próprios da cultura, por meio da perspectiva do sujeito local. Com esse propósito, a produção de material didático e a representação das personagens foram elaboradas pelo PET/Gape, para respeitar os aspectos culturais da região. “Quando se lida com o que é próprio da cultura, do fazer, do sujeito do local, as pessoas se encontram, se apropriam muito mais do conhecimento. É muito mais relevante para o aprendizado”, explica a tutora do PET/Gape e coordenadora do curso de Pedagogia a Distância, Lílian Lorenzato.
Iniciativa
A Semana do Folclore da UFPel é coordenada pelo Núcleo de Folclore da UFPel (Nufolk), vinculado ao curso de Licenciatura em Dança, como projeto de extensão permanente. Os grupos de Educação a Distância da UFPel integram as atividades desde a segunda edição do projeto. Inicialmente, participavam via webconferencia. Após, oficinas passaram a ser desenvolvidas nos polos de apoio presencial. Para esta edição, a integração com o evento foi ampliada. A Cped levará, no sábado (27), o grupo de estudantes de São José do Norte para Pelotas, a fim de que possa participar da oficina “Vivências práticas em Folclore Maranhense”, sobre Bumba-Meu-Boi, um dos elementos, incorporado aos blocos carnavalescos, que se relacionam com o imaginário local.