Bem-vindo ao projeto ‘Cultivos de alimentos em substratos edificados’.
Trata-se aqui, de informações e estudos multidisciplinares, relacionados à inclusão de hortas urbanas, sobre coberturas planas de edificações.
Esse projeto faz parte do Capes Print UFPEL, um programa institucional de internacionalização, que tem como principais objetivos, a participação e promoção de programas, convênios e outras formas de cooperação acadêmica, estimulando a mobilidade estudantil e docente entre a UFPel e outras instituições; a formação e participação em redes de investigação nacionais e internacionais acadêmicas; a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação.
A combinação de construção com vegetação tem sido constante na História da Arquitetura. As descrições mais antigas datam de 2600 a.C. e referem-se a pátios e hortas que se integravam às residências no Egito e na Pérsia, e serviam como meio de subsistência e como provedores de conforto pela sombra que proporcionavam. No final do século XIX foram contruídos muitos jardins sobre coberturas em Nova York. Em meados da década de 1970, um novo sistema foi desenvolvido na Alemanha, as coberturas verdes. Mas foi o desenvolvimento de coberturas verdes extensivas, no final dos anos 80, que criou sistemas mais leves e baratos que puderam ser aplicados em telhados grandes e planos. A principal motivação para essas coberturas era a restauração da natureza perdida pela construção.
Hoje, a tendência é a construção das coberturas verdes extensivas com o cultivo de alimentos: as hortas urbanas, ou as chamadas rooftop farms, no termo em inglês. Embora possa parecer problemático produzir o próprio alimento, o cultivo sobre a cobertura pode ser uma maneira de utilizar o tempo livre da família, de ter ar fresco e bom ambiente. Trata-se de plantações em pequena escala, local, capaz de produzir alimento sem o uso de pesticidas nocivos. Essa é uma prática ambientalmente responsável, que pode também reciclar resíduos por meio da compostagem.
São múltiplos os benefícios proporcionados pela adição de vegetação à cobertura. Os efeitos positivos sobre clima e o meio ambiente se traduzem através do aumento de área de vegetação nas cidades, pela retenção de material particulado e de contaminantes e pela produção de oxigênio. Também proporciona a absorção do ruído urbano e a captação da água da chuva minimizando seus efeitos sobre o sistema de drenagem urbana. Em termos de edificação, a cobertura verde melhora o grau de isolamento térmico e incrementa as condições de conforto nos espaços internos.
Com tantos prédios em espaços tão pequenos nas cidades, não há espaço verde suficiente para as pessoas aproveitarem. A agricultura na cobertura é definitivamente o presente: por que não cultivar produtos comestíveis para também alimentar os usuários locais?
Desfrute das informações e dos trabalhos que você encontra aqui.