Exposição Itinerante “Memórias da Imigração e Ruralidade” pode ser visitada em Picada Café até amanhã
O município de Picada Café está recebendo a Exposição Itinerante Memórias da Imigração e da Ruralidade, promovida pelo curso de licenciatura em História a Distância da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pelo projeto de extensão Circuito dos Museus da Serra dos Tapes/RS. A visitação vai até o dia 24, na Casa de Cultura Joaneta.
De acordo com os organizadores, a proposta vai além de apenas uma exposição. A partir dela, destacam, é possível uma grande reflexão sobre como era a vida dos primeiros imigrantes que chegaram ao Brasil, como se adaptaram ao campo, e conhecer algumas ferramentas que muitos deles construíram do zero. A exposição proporciona a crianças e adultos expandirem seus horizontes ao parar para refletir sobre como era o cotidiano no passado – não algo simples, mas sim muito trabalhado, com utensílios e ferramentas pesadas.
Na exposição é possível encontrar diversas ferramentas utilizadas no campo, e, inclusive, até utensílios domésticos artesanais feitos por pelos imigrantes ao chegarem ao Brasil. Também é possível comparar a evolução das ferramentas, ao passo que a industrialização chegou até Pelotas e demais regiões da Serra dos Tapes.
Com a exposição itinerante os organizadores pretendem levar até as pessoas um pouco das memórias carregadas nesses objetos. Por exemplo, um baú datado no mínimo de 1887, que veio da Itália junto com Giusto Casarin, um dos primeiros imigrantes italianos a chegar na Colônia Maciel. “Ao observar este baú é possível ver que cada madeira conta um pouco de sua história; anos atrás este baú carregou para outro continente tudo o que Casarin possuía de valor, e hoje encontra-se exposto para nós”, conta a bolsista de extensão do curso de História a Distância Polo UAB Sapiranga, Abiane Luisa de Oliveira Pedroso. Segundo ela, é através de patrimônios culturais como esses que a comunidade tem a oportunidade de olhar o passado com os olhos do outro e presenciar uma vida que hoje se encontra tão distante. “É necessário proteger as lembranças do passado para criar as memórias do futuro”, salienta.
Fotos: Abiane Pedroso