Por Ester Caetano/Superávit Caseiro

Com foco em sustentabilidade, inovação e modernidade, as empresas de tecnologias tipo startups vem com uma proposta de ousar o novo em serviços ou produtos fora da zona de confiabilidade que um investimento normalmente teria. Hoje, elas são profundos sonhos de muitos empreendedores tanto do exterior como aqui no Brasil. As empresas são marcadas pelas operações de baixo custo, mas que propõem uma possibilidade de crescimento e resultados financeiros rápidos.

De acordo Flaviano Gastão Júnior, em palestra promovida pelos cursos de Administração e Gestões da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) em parceria com o Sebrae, o Brasil é destaque entre os países da América Latina, possuindo mais de 13 mil startups, sendo que os rankings delas estão distribuídas entre os estados de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

As startups são empresas de base tecnológica que tem um modelo de negócio escalável, repetível e sustentável  e necessariamente vivem em um cenário de riscos e incertezas, diferente da forma de empreender no mercado tradicional. No dia a dia, elas estão presentes em quase toda a vivência e mesmo que de forma indireta mudaram e estão mudando a forma de relação da humanidade com o mundo.

Elas revolucionaram o mercado e o mundo e, por isso, atuam em diferentes áreas do mercado como: educação, saúde, finanças, transporte, agronegócio, comunicação, e-commerce, indústrias e afins. 

Mesmo com toda diversidade de atuação que impacta diferentes públicos e clientes, o perfil dos que investem e colocam suas ideia em ação através das startups ainda é predominantemente masculino, branco e hétero. Conforme dados apresentados na palestra, 73% dos fundadores de startups são homens e apenas 21% das startups possui fundadores negros. Uma vez que essas empresas contribuem para a transformação do futuro nos seus ecossistemas de formação deveriam refletir a sociedade por um todo, e não é isso o que acontece, conforme é percebido em uma rápida olhada nos números. Com o perfil diverso, inovar em produtos que são inclusivos e serviços que abrange a diversidade seria o ideal.

O QUE CONSIDERA UMA STARTUP

Foi no início dos anos 1990, na época da “bolha da internet”, quando surgiram as gigantes Apple, Google, Facebook do Vale do Silício, que o termo startup nasceu. E para ser considerada uma, é necessário carregar nas veias a ousadia e a falta de medo. Diferente das empresas tradicionais, uma startup é uma proposta de negócio inovadora, aquela que faz propostas de novos negócios em áreas inovadoras  e com grande potencial de crescimento. Elas têm a característica do disruptivo, pensam no novo e fora do tradicional. Podem ser iniciadas com pouco investimento, mas de alta rentabilidade.

O MUNDO COLORIDO DO UNICÓRNIO

No universo das empresas tecnológicas, o unicórnio não é um bichinho colorido e fofinho, pois até pode ter sua imagem relacionada com alguma marca ou negócio. Conforme Flaviano, uma startup unicórnio é um termo criado para se referir a corporações com modelos repetíveis e escaláveis avaliados em mais de US $1 bilhão. Por serem raras, recebem carinhosamente o nome do animal fictício. Hoje é uma meta para os empresários e empreendedores. Em 2021, mesmo durante a pandemia, muitas empresas evoluíram e o país passou a contar com mais 10 unicórnios totalizando 24 grupos de startup bilionárias. Se tornar unicórnio virou uma filosofia, foco e uma teia de inovação. Uma startup unicórnio, gerando soluções inovadoras, ganham clientes de empresas que seguem uma realidade ultrapassada e entregam serviços nada otimizados. Elas apresentam a facilidade, o rápido, a solução e as ferramentas certas que fazem e farão do dia a dia uma vida mais lendária. No entanto, fica o desejo para que o acesso a esse mercado e, também, ao unicórnio, se democratize com políticas de inclusão para todas as pessoas, sem discriminações.