Com os frequentes aumentos dos preços de setores como educação e serviços, o índice oficial da inflação brasileira teve alta de 1,01% em fevereiro. O anúncio foi feito hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o pior índice do índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde fevereiro de 2015.

A taxa divulgada referente a fevereiro reforça a tendência de alta da inflação no país, que pode aumentar ainda mais com os fortes aumentos dos combustíveis. Em janeiro, por exemplo, a taxa acumulada estava em 10,38%. Mesmo que pareçam pequenos aumentos, na soma da compra de produtos e utilização de serviços, os valores pesam no bolso do brasileiro, que diante das estagnações de salários veem uma defasagem cada vez maior de consumo e poder aquisitivo.

Desse mês em diante, por exemplo, a inflação passa a receber mais pressões, principalmente em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia, que tornam piores as projeções de especialistas, como analistas ouvidos pela agência Bloomberg. Conforme a entidade, o conflito está provocando a disparada de commodities, como o petróleo, por exemplo, causando os aumentos nos preços dos combustíveis no Brasil.

Além disso, ficando em dois dígitos, o IPCA, que é o principal índice de inflação do país, segue bem longe da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central (BC), que tem o centro da medida de referência neste ano de 3,50% e teto é de 5%. Assim, analistas ouvidos pela Bloomberg apontam que o IPCA deve ficar aquém da meta em 2022. Se isso for confirmado, esse será o segundo ano consecutivo de fracasso nesse objetivo, pois em 2021, o índice foi de 10,06%.