Projeto Cotas promove curso de formação

Na próxima quinta-feira (20/10) ocorrerá a primeira etapa da formação “Questões étnico-raciais e ações afirmativas na sala de aula – diálogos e perspectivas”. O evento é voltado para professores e estudantes de licenciaturas e é promovido pelo projeto “Cotas: um diálogo afirmativo entre a universidade e a escola”. Este projeto é ligado ao curso de História da UFPel, financiado pelo PROEXT\MEC.

O evento ocorrerá no auditório da escola Técnica Estadual João XXIII, que fica na rua Sete de Setembro, 258, Centro de Pelotas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail projetocotas2016@gmail.com.

Haverá emissão de certificado de 40 horas/aula para os participantes, mas as VAGAS SÃO LIMITADAS.

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SERVIÇO:
O QUE?
“Questões étnico-raciais e ações afirmativas na sala de aula – diálogos e perspectivas”
QUANDO?
1° etapa – (20/10, quinta feira) \ 2° etapa – (26/10, quarta feira)
ONDE?
auditório da escola Técnica Estadual João XXIII (rua 7 de setembro, 258, Centro de Pelotas)
INSCRIÇÕES
Limitadas, pelo e-mail projetocotas2016@gmail.com (garante certificado de 40 horas)

EVENTO
www.facebook.com/events/1786670191620496

 

PROGRAMAÇÃO

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS E AÇÕES AFIRMATIVAS NA SALA DE AULA – DIÁLOGOS E PERSPECTIVAS
PRIMEIRA ETAPA: 20 DE OUTUBRO, quinta-feira

MANHÃ (8h30 – 12h):

– Atividade Cultural;

– Roda de conversa: Questões étnico-raciais na sala de aula: inquietações e desafios;

– Convidados/as: Profa. Marielda Medeiros (Ex-assessora da Educação para Relações Étnico-Raciais – SEDUC/RS), Profa. Rosana Pedroso Nunes (Assessoria Afro-Indígena/5ª Coordenadoria Regional de Educação), Profa. Tatiana Cristina Ugoski Rodrigues (EMEF Nestor Crochemore).

TARDE (14h -18h):

Oficinas:
1. Teatro do Oprimido – TOCO (Teatro do Oprimido na Comunidade/UFPel)
2. Personagens negros/as na literatura infantil – Profa. Helenira Brasil (IE Assis Brasil e SECULT)
3. Grafismo indígena: relação entre a alma e alteridade – Kauwá Apuriña (indígena e mestranda em Antropologia/UFPel)
4. História da África – Prof. Paulo Pezat (UFPel)

NOITE (19h – 22h15):

– Atividade Cultural

– Mesa-redonda: Reflexões sobre o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena e a implementação das leis 10.639.03 e 11.645/08

– Convidados/as: Profa. Ledeci Lessa Coutinho (Secretária Municipal de Educação de Canguçu), Prof. Bruno Ferreira (indígena da etnia Kaingang / Instituto Estadual de Educação Indígena Angelo Manhká Miguel / Doutorando Educação UFRGS) e Prof. Caiuá Cardoso Al-Alam (Unipampa)

 

SEGUNDA ETAPA: 26 DE OUTUBRO, quarta-feira

MANHÃ (8h30 – 12h):

– Roda de conversa: Percepções e vivências sobre ações afirmativas e o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena

– Convidados/as: Profa. Luciana Custódio (fundadora do Coletivo Rosas do Gueto e do Projeto Resgatando a Identidade Afro na Educação Infantil), Profa. Maritza Ferreira Freitas (Coordenadora do NEABI do Colégio Municipal Pelotense/Faculdade ANHANGUERA), Profa. Carla Avila (UCPel)

TARDE (14h – 18h):

Oficinas:

  1. Colorindo o pensamento: grupos indígenas no Brasil – Equipe do Projeto Temática Indígena na Escola
  2. Saúde Indígena, plantas medicinais e preparo de fitoterápicos – Leonardo Christian (Acadêmico do Curso de Medicina e indígena da etnia Tuxá)
  3. Estamparia com símbolos adinkras – Profa. Marielda Medeiros e Profa. Rosana Pedroso Nunes
  4. Localizar a branquitude para (des)colonizar: qual o lugar do/a branco/a na escola? – Amanda Oliveira (estudante Antropologia UFPel)

NOITE (19h – 22h15):

– Atividade cultural – Marra canto pá ocê

– Mesa-redonda: Cotas e ações afirmativas: reflexões e saberes na universidade e na escola

– Convidados/as: Profa. Dra. Georgina Nunes (FAE e NUAAD/UFPel), Edson Kaiapó (Coordenador da Licenciatura Intercultural Indígena do IFBA), Antônio Leonel Rodrigues Soares (estudante UFPel e Coordenador da Federação das Comunidades Quilombolas do Rio Grande do Sul) e Prof. Fábio Gonçalves (Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Pelotas)

 

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Projeto Cotas vai até o Capão do Leão

O Projeto “Cotas: Um diálogo afirmativo entre a universidade e a escola” realizou mais uma oficina, no dia 26 de agosto, dessa vez no cursinho popular pré-ENEM que funciona na Escola Prefeito Elberto Madruga, na cidade de Capão do Leão.

Como característica, as oficinas começam com uma dinâmica para relaxar e entrosar os presentes. Após, parte-se para a parte da oficina que trata da questão das cotas e das ações afirmativas. Os debates que se desenvolvem no âmbito do projeto tem o caráter predominantemente informativo, devido à grande desinformação que cerca toda a discussão. Isso é essencial, pois o tema das cotas é circundado por uma série de outras temáticas indispensáveis para se pensar a questão de uma forma mais completa, como a história do Brasil e o racismo, por exemplo.

Confira as fotos

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1° DE SETEMBRO FOI DIA DE VOLTAR À CIDADE DE PIRATINI (2° parte)

(confira a 1° parte da matéria aqui)

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Na parte da tarde do dia 1° de setembro, foi a vez de ir até a Escola Estadual Deputado Adão Pretto. A escola atende estudantes da zona rural: pequenos agricultores, assentados da reforma agrária e oriundos de comunidades quilombolas.

Além das discussões habituais do projeto, nesse ambiente foi focada também a discussão dos processos específicos de ingresso na UFPel para indígenas e quilombolas. Segundo o professor Adair José, ele “tinha informações sobre o processo específico, mas é sempre bom levar mais informações para os estudantes sobre o sistema de cotas e os ingressos específicos”. Essa especificidade dessa escola coloca a necessidade da parceria entre o Projeto Cotas e essa instituição.

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Segundo o professor, é essencial a educação no campo e espaços de formação como esse, pois segundo ele o objetivo é para “eles se formarem e retornarem ao campo. A juventude hoje não quer ficar no campo, isso a gente conversa muito com os nossos estudantes para que eles não abandonem a terra.” A necessidade de manter as pessoas na zona rural, em situação digna, leva à exigência de mais oportunidades para que esse jovens possam estudar e se formar, para que em um tempo breve possam viver e trabalhar no ambiente rural, tão necessário para o desenvolvimento da região e do país como um todo. O professor ainda completa: “Hoje a gente vive um novo êxodo rural, isso contribui muito para o inchaço das grandes cidades, muitos vão para lá e acabam ficando em situações ruins”.

A oficina teve dois momentos. O primeiro com debate e exposição de ideias, trouxe a exposição das possibilidades dos jovens ingressarem nas instituições de ensino, tanto através dos processos específicos, quanto através do ENEM e do PAVE, além das possibilidade dos Institutos Federais. Na segunda parte foi realizada uma dinâmica, mostrando aos estudantes a exposição, previamente montada, com as imagens e frases para a reflexão. O objetivo era mostrar aos estudantes como certas expressões comumente usadas no cotidiano podem carregar consigo um significado racista, tais como “serviço de preto” e “inveja branca”. A receptividade dos estudantes e dos professores foi muito boa, interagindo e propondo questões.

 

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1° DE SETEMBRO FOI DIA DE VOLTAR À CIDADE DE PIRATINI (1° parte)

A Escola Estadual Ponche Verde fica na cidade de Piratini, no alto de uma colina. A altura da cidade associada com o clima úmido e o vento deixam a sensação térmica mais fria do que em Pelotas. A escola é um prédio que esta prestes a completar 90 anos e esta bem deteriorada pelo tempo. Algumas partes da escola inclusive estão interditadas para reformas. O prédio conta com CTG e com um auditório, ambos fechados há algum tempo. Não fosse esse atual estado de deterioração, seria um dos colégios mais bem equipados da região. Recentemente a escola foi ocupada por estudantes e professores em reivindicação de melhores condições para a educação, um movimento que veio alinhado com as ocupações de escolas pelo Brasil afora, especialmente no Rio Grande do Sul, em Goiás e em São Paulo.

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A escola é mais uma das instituições parceiras que compõem o projeto. Neste dia 1° de setembro o projeto foi até a Ponche Verde para realizar mais uma de suas oficinas. Antes de iniciar, os membros do projeto montaram uma pequena exposição com letras de musicas, fotos, jornais e outras imagens referentes a história e identidade negra. O espaço foi iniciado pela diretora, que falou sobre a obrigação de discutir o tema das ações afirmativas em sala de aula. O ambiente estava lotado pelos estudantes normalistas e do 3° ano, chegando a deixar a sala mais quente. O debate focou-se nas questões referentes à Lei 12.711\12 e os temas que circundam as ações afirmativas: historia do Brasil, racismo, identidade, etc. Como de costume, houve bastante interação da turma e muitas trocas de informações sobre o funcionamento da Lei de Cotas.

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