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Este é o primeiro número da Projectare. Um início, que carrega consigo uma série de expectativas. Publicar uma revista é um desejo que há muito nos acompanha e construir um espaço para discussão sobre arquitetura e urbanismo tem uma importância especial para a FAUrb: é uma forma de condensar os modos particulares em que arquitetos e urbanistas — daqui e de fora, formados ou em formação — posicionam-se frente às realidades que os concernem. Ter a chance de colocar tudo isso — esta diversidade de idéias — lado a lado é, sem dúvida, extremamente enriquecedor. O nome da revista representa este desejo de “mostrar” a diversidade. Projectare é a raiz, no latim tardio, da palavra projetar. Significa “lançar à frente” e é isso que procuraremos fazer aqui: “trazer à frente” ou apresentar formas de observar a arquitetura, o urbanismo, a arte e a história e as sínteses possíveis produzidas nessas observações; encontrar, na reunião dos estilhaços, fragmentos, partes de realidade em que e com que trabalhamos, os nexos que permitem construir uma figura da totalidade onde interagimos. Estas abordagens particularidades de um campo tão geral e abrangente como o da arquitetura e urbanismo — os nexos que queremos projetar aqui — estão representadas por argumentos que tratam de cidades-modelo, cidades reais, modelos de uma cidade perdida, reflexões sobre a arquitetura, restauro, preservação, paisagem e história. Apresentamos também dois trabalhos finais de graduação, que representam — por que são a síntese do processo de formação da graduação — a produção dos alunos da FAUrb.
Jerônimo Vernetti e Maurício Polidori