POIEMA Por Aí

VEIFI

Entre os dias 14 a 17 de setembro de 2021, alguns integrantes do POIEMA participaram da 5° edição do Encontro Internacional Fronteiras e Identidades, organizado pelo PPGH da UFPel. A coletânea do EIFI pode ser visualizada e baixada neste link.

Na imagem, Adrienne Cardoso; Bárbara Xavier; e Mauricio Albuquerque, apresentaram as suas comunicações no ST 4 no dia 14 de setembro de 2021.

Na imagem, Lucas Marques, que apresentou no ST 4 no dia 17 de setembro de 2021.

Na imagem, Léo Lacerda, que apresentou no ST 1 no dia 15 de setembro de 2021.

Na imagem, a Luciana Freitas, que apresentou no ST 4 no dia 15 de setembro de 2021.

 

COMUNICAÇÕES:

Adrienne Peixoto Cardoso: A Imagem Cátara: Puros ou Sodomitas?
Utilizando uma imagem representativa dos Cátaros que está localizada na Bible Moralisée, datada entre 1225-50, a comunicação buscou contextualizar a heresia, o catarismo e analisar a imagem. Interpretada como uma forma anti-cátara, a homossexualidade entre o grupo contestátorio do catarismo é pensada. Com a rigidez do movimento sobre a pureza, ve-se a possibilidade da sodomia.

Bárbara Denise Xavier da Costa: Videogames? Por uma metodologia de análise
Analisado brevemente de um ponto de vista metodológico, o videogame Darkest Dungeon (Red Hook Games, 2016), teve um enfoque especial em aspectos mercadológicos e culturais. Pretendeu-se aplicar uma metodologia cruzada, ou seja, usou-se em conjunto o esquema Mecânica, Dinâmica, Estética (“MDA”, por Robin Hunicke, Marc LeBlanc e Robert Zubek, 2004) com o intuito de examinar o videogame para assim entender suas partes fundamentais; complementarmente, a estrutura 6-11 (Roberto Dillon, 2011) para privilegiar características estéticas da mídia em questão; e por fim os apontamentos de José Carlos García Vega (2020), que sugere uma análise externa e interna do videogame (e, neste ponto, deu-se ênfase destacada no início deste texto, com aportes advindos das Ciências Sociais).

Léo Araújo Lacerda: O corpo e a deficiência: uma identidade entre a exclusão e a aceitação
O pesquisador do POIEMA/UFPEL destacou os delineamentos contemporâneos sobre as deficiências e suas relações interdisciplinares entre os Estudos Medievais e os Disability Studies, bem como entre a História Social da Medicina e os Disability Studies. Assim, observou que a fronteira entre deficientes e não deficientes foi estabelecida através do corpo e de aspectos corporais, mas também por mecanismos de exclusão/integração atuantes no cenário ibérico tardo-medieval.

Lucas Marques Vilhena Motta: As narrativas traumáticas do pós-guerra na ficção japonesa
O período da Guerra do Pacífico (1931-1945) foi o catalisador de diversas disputas de memória entre o Japão e os seus países vizinhos, como a China e a Coréia do Sul. A maior parcela destes embates ocorre devido aos crimes de guerra perpetrados pelo império japonês. Este cenário torna-se mais problemático, pois o governo japonês apresenta uma postura pró (re)militarização do país. A partir dessas ponderações, esta pesquisa busca analisar algumas obras da cultura pop japonesa no intuito de compreender como estas narrativas imaginam a guerra.

Luciana de Ávila Freitas: Como o cyberpunk japonês lê a modernidade: um olhar sobre Akira
Nessa comunicação, foram apresentados alguns pressupostos acerca da ideologia nacionalista, o nihonjinron. Tratando desta ideologia, destacou-se o modo como o sucesso econômico, nos anos que sucederam a Segunda Guerra Mundial, foi ressignificado como uma conquista natural dos japoneses. Verificou-se então alguns aspectos negativos decorrentes da perseguição à modernidade e como isso afetou a identidade nacional japonesa. Nesse sentido, o filme Akira (1988), dirigido e roteirizado por Katsuhiro Otomo, foi utilizado como exemplo de caso. Nele, constatou-se o modo como o imaginário coletivo japonês lê a modernidade, bem como o modo com que as ideologias dominantes são rejeitadas ou não.

Mauricio da Cunha Albuquerque: Forma de Rei, Coração de Leão: Sobre usos da Imagem de Ricardo I e sua Iconização na Grã-Bretanha Oitocentista
A comunicação trata dos usos da imagem de Ricardo I (Coração de Leão) durante o século XIX. À luz das noções de medievalismo, imaginário cultural e da relação entre imagens canônicas e imagens alternativas, buscamos salientar a presença deste personagem na cultura, e em particular, na cultura visual, do XIX, esmiuçando as diferentes conotações advindas de suas representações imagéticas. Dado sua recepção expressiva em suportes dos mais distintos, acreditamos que seja possível falar que Ricardo I se torna um ícone cultural nesta época, tendo as artes visuais (sem deixar de lado a importância da poesia e da literatura
em prosa) exercido um papel crucial neste processo.

 

A coordenadora do Polo, profa. dra. Daniele Gallindo foi a coordenadora do ST 4: História, Imagem e Mídia.