O 2019 IAPS Symposium Ageing in Place in a World of Inequalities: How to Design Healthy Cities for All acontecerá de 27 à 30 de Novembro de 2019 no Brasil, na cidade de Pelotas. O evento é promovido pela IAPS Environment and Gerontology Network.
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) sediará o evento com o apoio do IAPS (Internacional Association of People Environment Studies, Projeto PlaceAge, Laboratório de Estudos Comportamentais da UFPel e Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPel. O Simpósio também é desenvolvido pelo Centre for Healthy Cities, Aging and Citizenship Project, o qual faz parte do Programa Institucional de Internacionalização da UFPel – CAPES PRINT. Este é um evento mundial que ocorre de dois em dois anos, promovido pelas redes de pesquisa do IAPS, em diferentes países; o último foi sediado na Tanzania, África.
O envelhecimento populacional tem gerado novos desafios em como projetar melhores ambientes urbanos que apoiem e promovam o envolvimento social cotidiano e a vida urbana saudável para todos. À medida que envelhecem, as pessoas enfrentam limitações em suas capacidades físicas e cognitivas, mudanças nos arranjos de vida e perda de apoios sociais. O ambiente preferido pelos idosos é a comunidade, onde eles podem permanecer ativos, engajados, socialmente conectados e independentes. No entanto, as cidades urbanas contemporâneas podem ser “hostis” às pessoas com 60 anos ou mais, agindo como uma barreira ao acesso às oportunidades sociais, econômicas e cívicas.
Este Simpósio reconhece que simplesmente mudar a forma construída não é suficiente para criar um ambiente mais inclusivo para o envelhecimento, pois os lugares são mais do que espaços físicos. Ambientes viáveis são articulados através de um forte sentido de lugar, definido como os vínculos sociais, psicológicos e emocionais que as pessoas têm com seu ambiente. Um forte senso de lugar resulta do acesso a apoios para participação ativa, oportunidades para construir e sustentar redes sociais e assumir um papel significativo na comunidade. Em contraste, um sentimento de exclusão ou “falta de oportunidades de participação na comunidade” está associado à alienação, ao isolamento e à solidão, muitas vezes resultando em problemas diversos de saúde e bem-estar, particularmente entre os idosos vulneráveis. Socialmente, a criação de ambientes urbanos amigáveis ao envelhecimento que apoiam o sentido de lugar é parte integrante do envelhecimento bem-sucedido, garantindo que as pessoas possam continuar a contribuir positivamente na velhice, atrasando a necessidade de cuidados institucionais e reduzindo os custos de saúde e assistência social.
Dentro dessa temática, convidamos acadêmicos, pesquisadores, profissionais e alunos a participar conosco deste encontro a fim de discutir como planejar cidades saudáveis para todas as gerações, respondendo a diferentes impactos ambientais, sociais, culturais e econômicos.