Produção Acadêmica
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
O edital convocado para o PNLD 2022 (uso do livro didático, incluindo a Ed. Infantil) tem causado um amplo debate e por diversos pontos de vista.Para o MEC, é visto como um avanço, mas para nós da área da educação, é considerado um retrocesso em relação às nossas perspectivas e concepções dos princípios e objetivos da Ed. Infantil.
O PNLD é, de certa forma, um engessamento da liberdade de todos os estímulos e aprendizados, tanto das crianças como das professoras. Um livro didático na escola infantil atrapalha a professora, a impedindo de fazer a mediação entre o aprendizado e as crianças, pois elas têm o direito de explorar e de se expressar de maneira livre, sem as visões impostas por um livro didático. Sabemos que o dia-a-dia na escola infantil não segue um cronograma rígido, pois o ritmo das ações e relações são sempre dependentes dos atores que compõem esses contextos e a professora tem que ter a liberdade para mudar sua proposta, conforme o andamento das situações de aprendizagem. Segundo a BNCC, a criança tem os aprendizados e as experiências em situações lúdicas e livres. O uso do livro didático impediria que esta base estivesse presente.
Nessa discussão, uma questão não quer calar: onde estará o direito de brincar, explorar, conviver, se expressar e participar da criança?! Após inúmeras críticas ao PNLD, fica claro que elas têm razão ser, pois a adesão ao livro didático desconsidera os direitos de aprendizagem da BNCC.
Texto: Alixandra e Natalie
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
Uma das questões mais importantes a serem tratadas em relação ao PNLD, que é o uso do livro didático na Educação Infantil, não tem sido visto de forma positiva por nós educadores que trabalhamos nesta área. A LDB e a BNCC, que são base para a nossa prática pedagógica com crianças, contemplam as múltiplas necessidades que as crianças têm diante da experiência de conhecer o mundo, como ter liberdade de explorar os ambientes propostos, expressar-se, direito a brincar.
A adesão ao PNLD 2022 irá privar e/ou retirar esses pressupostos que servem para que as crianças se desenvolvam como sujeitos em uma sociedade, paralisando ou direcionando o seu aprendizado para a linguagem oral e escrita e lógico-matemática. A presença do livro didático nas salas cria uma rotina de exercícios e tarefas que não dá conta da totalidade do processo de aprendizagem que está acontecendo com as crianças. Significa um rótulo para os próprios professores, que ficam de mãos atadas e impedidos no exercício de “professor que aprende e ensina ao aprender”. O que não queremos é voltar para uma época da história em que a educação era designada “bancária”, na qual as crianças eram vistas como caixas, folhas de papel em branco e que precisam ser “marcadas”, “preenchidas” com planejamentos de uma instituição “dona do conhecimento”. Este PNLD irá fazer com que retrocedamos e percamos alguns direitos conquistados com muita luta e que são de suma importância para nós e, principalmente, nossas crianças.
Texto: Patrick Silva
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
O PNLD 2022 está oferecendo obras didáticas para a Educação Infantil e obras pedagógicas para preparar as crianças para a alfabetização. Isso se trata de um retrocesso diante todo trabalho que vem sendo desenvolvido em favor das culturas infantis e pela não institucionalização da infância na Educação Infantil. A EI tem trabalhado na perspectiva da BNCC, que tem como orientação privilegiar os campos de experiência e aprendizagens das crianças a partir da ludicidade e de suas vivências.
O PNLD 2022 está reforçando o conceito de Educação Infantil como uma preparação para o Ensino Fundamental, ameaçando os avanços que vêm sendo construídos ao longo das últimas décadas. O livro didático não representa a instituição de Educação Infantil, pois a criança é a protagonista na sala e ao professor cabe o papel de aproveitar estes movimentos das crianças e proporcionar oportunidades de ampliação das experiências em contextos estéticos enriquecidos.
Texto: Adriana Radtke
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
O currículo da Educação infantil contempla a ética do encontro, do cuidado e da educação. É construído com base dos direitos de aprendizagem das crianças, sendo eles: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Organiza-se a partir de eixos estruturantes: as brincadeiras e interações. Além disso, institui campos de experiências, que proporcionam o diálogo com os conhecimentos do patrimônio cultural, do mundo exterior, da realidade e dos saberes das crianças. Sendo assim, o papel do professor é colocar contextos de vida à disposição das crianças em ambientes educativos. Fica claro, portanto, que o currículo nesta etapa não se resume a conteúdos disciplinares como as outras etapas, mas sim, oferece experiências de desenvolvimento e aprendizagens às crianças.
Valendo-se desses marcos acima, questionamos: seria possível adotarmos o livro didático que organiza rigidamente o conteúdo em uma determinada sequência e um determinado tempo? As crianças são diversas, cada uma tem seu tempo de aprendizagem. Elas devem ser as protagonistas dos espaços da Educação Infantil, percorrendo seu próprio percurso nos contextos que lhes proporcionam oportunidades de viver, aprender, significar, criar e reconhecer-se como sujeitos.
Texto: Érica Frank
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
Como é possível fazer um planejamento inflexível, abrangendo longos períodos de tempo? Onde se encontram os direitos das crianças se elas terão de ficar sentadinhas com um livro? Onde estará seu direito de brincar, explorar, conviver, se expressar e participar?
As crianças não são caixinhas de banco no qual depositamos conteúdo, como já lembrava Paulo Freire e sua imagem de Pedagogia Bancária. Crianças têm direitos, opiniões. A criança é o centro do planejamento curricular. Com a adesão ao livro didático, como atender o desenvolvimento integral da criança em todos os aspectos, como rege a Educação Infantil? Crianças têm conhecimentos e experiências desde antes de ingressarem na escola, estabelecer o livro didático obrigatório é negligência com a própria criança e com nosso compromisso em acolhê-la neste mundo comum.
Texto: Bruna Moro
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
Na Educação Infantil, o instrumento chamado livro didático toma um lugar de insignificância diante do que as crianças podem aprender por meio dos planejamentos docentes que integram obras literárias, brinquedos, peças de montagem, materiais desconstruídos, entre tantas outras possibilidades que já estão à disposição das crianças.
Essa verba poderia ser utilizada em várias outras coisas mais importantes, como por exemplo, mesas e cadeiras novas para as crianças usarem e disporem suas experimentações; materiais escolares, como folhas de desenho, lápis de cor; pinturas e assistência técnica nas escolas; tecidos, caixas, painéis, jogos de luzes e tantos outros artefatos de criação de contextos de investigação.
Texto: Sabrina Penning
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
Nesta discussão sobre a adesão ao livro didático, dois argumentos são recorrentes para tentar nos convencer de que esta é uma boa proposta. Um deles é o de que o livro é uma forma de os pais que não têm muito acesso e recursos conseguirem acompanhar as crianças com um recurso a mais. O outro diz respeito a uma comparação com a escola privada, com afirmações do tipo: “privo as crianças da minha escola e ao mesmo tempo oportunizar para o meu filho”, no caso de professoras que colocam seus filhos em escolas particulares.
Em contraponto a esse argumento, é preciso mostrar nossa inquietação com essa comparação da educação infantil pública com a privada. As instituições privadas que oferecem todos esses livros, muitas vezes, não estão preocupadas em preservar as crianças e suas infâncias, mas, sim, em agradar os pais. Embora concordamos com quem se preocupa com as crianças que não têm acesso, essa não é a realidade da nossa comunidade escolar. Quando temos um livro, o nosso trabalho fica mais restrito e limitado a instrumentos externos à relação pedagógica. A maioria desses livros traz a alfabetização de forma muito forte. Vale lembrar que a gente trabalha com letramento desde o berçário, permitindo que a criança tenha uma boa relação com o mundo letrado. O que o PNLD aponta é que façamos uma alfabetização mecânica e isso se torna cansativo e invasivo às culturas infantis.
Lutamos tanto para ter autonomia em sala de aula e estamos neste caminho ainda, porém, com o livro, teremos um retrocesso. Hoje, ele chega a nós como opção, mas amanhã pode vir como obrigação. Teríamos, então, perdido os avanços que nossas lutas conquistaram? Perderemos nossa autonomia?
Se hoje o grupo conta com profissionais que entendem que esse livro não deve ser usado sempre, que poderia ser um complemento, talvez no ano que vem possa vir outro profissional que fará uma prática totalmente em cima do livro. Portanto, dizer NÃO ao livro didático não é uma decisão individual dos professores. É uma decisão coletiva e responsável com a proposta pedagógica e política da escola em que estamos.
Texto: Francine Mesquita
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
O livro didático, em sua maioria, segue um padrão e é utilizado em todos os estados do país sem considerar as peculiaridades regionais, a realidade e as necessidades das crianças e professores que o utilizam. Não podemos limitar o conhecimento das crianças e o trabalho do professor, pois assim as conquistas adquiridas durante tantos anos não valem de nada. É o que irá acontecer com a adesão ao livro didático na Educação Infantil, pois a cobrança para seguir fielmente o que está no livro virá de todas as partes.
Para o professor propor algo diferente para sua turma, é necessário estar livre de folhas padronizadas que não conversam com o que ele e sua turma estão vivenciando naquele momento. Além disso, as propostas da Educação Infantil não acontecem somente dentro de uma sala, é preciso sair da escola, ter contato com o bairro, com a natureza. Diversas situações de aprendizagem acontecem com as crianças em lugares variados, por isso, a escolha de um livro para reger as rotinas de aprendizagem de um grupo é de extrema tristeza. É como cortar as asas de um passarinho e tirar sua liberdade de ir e vir, instalando regras a serem seguidas contra sua vontade, já que em muitos dias as crianças não estão com vontade de participar de determinada proposta ou seguir uma indicação dos adultos. Tudo tem de ser modificado e organizado conforme a professora sente a necessidade, movimento e mudança estão presentes no dia a dia da classe e não há livro algum que permita essas modificações.
Texto: Rafaela Lemos
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
É necessário falarmos sobre essa nova pauta que está presente nos diálogos a respeito da Educação Infantil, cujo questionamento de fundo é: o currículo da Educação Infantil é compatível com o livro didático? A resposta certamente é NÃO, pois, na Educação Infantil, a criança é o foco de todo o processo e para o seu desenvolvimento se faz necessária a sua participação ativa, brincando e explorando o mundo ao seu redor com autonomia. Este entendimento é diferente, portanto, do que acontece na pedagogia transmissiva (ou “educação bancária”), em que o professor é o centro, repassa e transmite o conteúdo. Um dos materiais mais utilizados nesta pedagogia são os livros, pois entende-se que as aprendizagens das crianças são fruto da memorização e repetição – e não da interação e da experiência.
Ao analisarmos os livros disponibilizados, o que podemos perceber é uma antecipação de etapas e a pressa em alfabetizar. Esta atitude acrítica pode implicar no que costumeiramente chamamos de “pular etapas”. A Educação Infantil é reconhecida como o lugar do desenvolvimento integral e gradual das crianças, respeitando seus ritmos e descobertas, em ambientes de interações e brincadeiras. Com isso, devemos refletir e olhar para aquilo que realmente será melhor para as crianças, sempre pensando em promover autonomia e aguçar a curiosidade e a investigação.
Texto: Larissa Nunes e Rafaela Dias
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
O PNLD 2022 é um retrocesso para a educação das crianças bem pequenas e pequenas, é engessar suas aprendizagens. Sabemos que vivenciamos uma luta diária para assegurarmos os direitos das crianças e para que os mesmos sejam respeitados, assim ir a favor do livro didático é desrespeitar estes direitos, pois vai contra o que entendemos ser uma Educação Infantil de qualidade, que busca considerar a criança em sua formação integral.
Também, é importante ressaltar que ser contra o PNLD 2022 não se trata de uma recusa de receber livros ou até mesmo de ensinar número e letras para as crianças, mas se trata da recusa a implementar a alfabetização, que não pertence a Educação Infantil e já temos isso apontado nas DCNEI e BNCC. Os eixos que estruturam a Educação Infantil são as interações e brincadeiras, é a partir desses movimentos que as crianças aprendem sobre as letras, os números, a natureza e as relações sociais. Tudo dentro de um contexto e não como um processo escolarizante e mecânico.
Ser contra o PNLD 2022 é respeitar o direito da criança.
Texto: Aline Oreques e Erika Leite
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
Sabemos o quão importante é a existência e a promoção de materiais de apoio pedagógico para a área da educação, como livros literários e afins, no entanto, o que deve ser colocado em pauta, tendo como base os livros didáticos é: será que esse material está dialogando com os princípios básicos de ensino e aprendizagem das crianças?
Segundo as informações obtidas a partir deste novo edital do PNLD 2022, é possível identificar que as cartilhas (livros didáticos) ofertadas pelo MEC, não dialogam com os direitos previstos para a Educação Infantil, indicados em documentos oficiais como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e a Constituição de 1988. É impossível que livros didáticos como esses, que apresentam apenas conhecimentos específicos de alfabetização e ensino lógico-matemático, sejam materiais que apoiem práticas educativas comprometidas com os direitos das crianças de 0-5 anos. Esses livros possuem uma visão ultrapassada, que apresenta uma ideia conteudista e de caráter transmissivo, não reconhecendo todas as diversas aprendizagens que compõem a Educação Infantil. O currículo deve ser centralizado na criança e em seu cotidiano, entendendo as diferenças e dando conta das especificidades de cada criança que compõem o grupo. A Educação Infantil tem como foco promover o desenvolvimento integral da criança, abrangendo aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social. Estes aspectos não são contemplados pelo livro didático. Como se não bastasse, o ataque aos direitos básicos das crianças, essa proposta ataca diretamente a autonomia docente, pois não dialoga com os profissionais de educação.
Texto: Ester Ribeiro
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
O PNLD 2022 é um retrocesso do ponto de vista dos princípios e objetivos da Educação Infantil, pois as crianças precisam ter acesso a bons livros literários, não a livros didáticos, visto que, a criança precisa estar no centro do processo educativo e não apenas memorizando tarefas.
Os livros didáticos não possibilitam o desenvolvimento da criatividade e imaginação das crianças, pois através desses materiais as crianças somente reproduzem o que é apresentado a elas. Sem falar que os livros didáticos jogam fora toda autonomia dos professores em sala de aula.
Texto: Caroline Kruger
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
As orientações do livro didático a partir do PNLD 2022 não passam de cartilhas que limitam as descobertas da criança e a criatividade do professor. O livro como estratégia pedagógica deve ser utilizado como uma ferramenta e não como suporte principal para o dia a dia. Deve-se observar também que os responsáveis pela edição dos livros didáticos não possuem conhecimento sobre a área da Educação Infantil, logo produzem um trabalho que não irá contemplar as necessidades de cada criança. Para entender as demandas e subjetividade de cada criança, é necessário também entender o contexto em que ela vive, como um livro didático editado de forma genérica poderá contemplar tais demandas?
O livro didático do PNLD 2022 propõe atividades lineares que, quando iniciadas, já possuem as respostas finais, como isso se torna atrativo para a construção de um ambiente dialético? Seguindo o livro didático à risca, a consequência será o afastamento entre criança e professor, em um espaço em que este contato é crucial para o desenvolvimento das crianças e para a formação do professor questionador, que incentiva desafios e promove estratégias não lineares para a compreensão da complexidade do mundo e das relações.
Texto: Dyulia Pinheiro
- Livro didático na Educação Infantil, pra quê?
Embasados pela BNCC e as DCNEIs, a relação pedagógica na Educação Infantil orienta-se em proporcionar liberdade para a criança construir e desenvolver suas vivências e habilidade, a utilização de livros didáticos dá margem para a desumanização e tentativa de padronização de atitudes e saberes das crianças.
Vivências de exploração por parte da criança mostram alinhamento com o direito que toda criança tem de se conhecer, conhecer o outro e o espaço ao seu redor. A utilização de um livro didático pode se transformar em uma tentativa de controle de corpos e comportamentos infantis, e assim se encaixar em um sistema educacional que não visa a criança, mas, sim, o desenvolvimento de habilidades valorizadas no mundo adulto, que privilegia um modelo capitalista e imediatista de ser e se relacionar socialmente.
Texto: Caroline e Vanessa
- Palavra de Especialista
Acreditamos que a educação tem passado ao longo do tempo por várias problemáticas, que foram vencidas com muita luta. A pandemia da COVID-19 assolou nosso país se fazendo necessário tomar todos os cuidados para que a vida dos profissionais da área da educação permaneça seguras, não colocando em risco também a vida de nossas crianças. É dever nosso contribuir para que um dia possamos voltar ao nosso normal, disponibilizando o melhor do ensino aos mesmos e seguindo todas as leis que nos amparam e embasam. Para isso, acreditamos que no momento em que vivemos não podemos deixar brechas para que esse vírus nos ataques. A volta as aulas não é uma forma segura de se lidar nesse momento, pois mesmo com a presença de protocolos, os mesmos não se fazem totalmente efetivos contra o vírus da COVID-19, e ainda impedem que o ensino presencial contemple as áreas que precisa contemplar, fazendo com que nossas crianças não se desenvolvam em sua totalidade. Sabemos que uma das formas de aprendizagem que garantidas por lei a estas crianças é o direito a educação e acesso a escola, o que em um momento como esse, além de outros fatores não, podem ser atingidos pelo distanciamento gerado pela pandemia, continuamos firmes nesta luta sabendo que estamos agindo de forma correta e para o bem da vida.
Texto: Grupo E.M.E.I Profª Ivanir Dias
- Palavra de Especialista
EDUCAÇÃO, UM SERVIÇO QUE SEMPRE FOI ESSENCIAL.
Há exatos trinta dias, a câmara dos deputados aprovou a PL 5595/20, que proíbe a suspensão das aulas presenciais e define a educação como “atividade essencial”, ou seja, transformaram a educação em serviço necessário e de prioridade no nosso país. E quais os interesses por trás deste momento de “valorização” da educação no Brasil? Com certeza não é para qualificar os professores, para conceder-lhes benefícios, gratificações ou planos de carreiras compatíveis com a função que exercem. As falácias que ecoam aos quatro ventos mostram crianças com problemas psicológicos, seria por ficarem em casa com suas famílias? Sustentam a tese que os danos do ensino remoto serão incorrigíveis. Afirmam que os pais voltaram ao trabalho e as crianças estão desprotegidas. Estarão almejando um retorno efetivo das escolas assistencialistas? Enfim, muitos argumentos que não carregam a essência e a realidade do trabalho e da rotina de uma escola de Educação Infantil, mas que corroboram com os ideais capitalistas. A ciência confronta o retorno das aulas presenciais enumerando vários aspectos que demonstram o momento crítico e perigoso que estamos passando, a epidemiologista Ana Cláudia Fassa em entrevista com a Uni Pelotas e Radiocom afirmou que a taxa de transmissão na cidade é de 294 por 100 mil habitantes, sendo que, quando esta taxa é 100 por 100 mil habitantes já é considerada alta, necessitando maior distanciamento social. Então, mesmo sabendo de todos os riscos que tanto os adultos como as crianças irão correr no retorno as aulas presenciais, os entes federativos exigem que os profissionais da educação exerçam suas funções nas escolas e não mais de forma remota. Podemos fazer uma reflexão sem muito esforço e teremos todas as respostas para a insistência neste tema, que faz os governantes dispor de horas buscando formas e artifícios, para fazer valer suas vontades, não é pela excelência do ensino presencial, não é em prol do bem estar das crianças e não é para auxiliar os pais, mas sim pelos lucros, pela economia e para fins políticos. As pressões da mídia e do empresariado fizeram esta pandemia ser politizada, não é à toa que a vacinação anda a passos de tartaruga e aqui destacamos um ponto crucial para o impasse chegar ao fim: a vacinação dos profissionais da educação. Se o Presidente, governadores e prefeitos tivessem interesse em um retorno as aulas presenciais com segurança e se para eles a educação realmente fosse essencial, já teriam vacinado os profissionais da educação e assim as aulas presenciais, poderiam acontecer de forma mais amistosa e segura para todos. Freire diz que “meu ‘destino’ não é um dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir” este trecho é da Pedagogia da Autonomia. A palavra-chave desta questão é responsabilidade, nós, como educadoras e educadores, somos responsáveis pelo que decorre das nossas ações, e diante de tudo que foi exposto, retomar as aulas presenciais é uma grande irresponsabilidade, pois antes de qualquer coisa, somos seres humanos e nossa prioridade é zelar pela vida e pela saúde de todos e somos profissionais comprometidos com a qualidade das experiências educacionais que promovemos aos alunos. A Educação é uma atividade humana essencial que visa o desenvolvimento cognitivo, físico, emocional e social dos indivíduos e não meramente um serviço a ser prestado visando lucros. Para Freire “uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é trabalhar criticamente inteligibilidade das coisas e dos fatos e a sua comunicabilidade.” Portanto, precisamos nos manter firmes diante da pressão de volta ao presencial para podermos dar continuidade a todo esforço que estamos fazendo durante o período de isolamento social, de modo a conter o avanço da pandemia de covid-19 e para o bem de todos os alunos, profissionais, familiares e comunidade.
Texto: Grupo E.M.E.I Darcy Ribeiro
- Palavra de Especialista
“Não é possível esperar a vacinação.”
A educação nunca parou, continuar mantendo as escolas fechadas é preservar vidas. Gostaríamos apenas de entender a quem interessa essa volta às aulas, num momento tão caótico.
As escolas públicas, por muitas vezes, são mantidas pelos professores e funcionários, pois o básico para o seu funcionamento falta e isso vem de antes de entrarmos em pandemia. Mas agora, o governador acha que os protocolos de biossegurança serão seguidos, sendo que muitas possuem janelas emperradas ou pequenas, as quais resultam em pouca ventilação. Lamentável. Pois se as crianças voltam para a escola e se infectam, podem transmitir o vírus para o pai, a mãe, os avós ou até mesmo os educadores.
Se analisarmos os países do mundo que já retomaram as atividades escolares, veremos que todos desde o início da Pandemia assumiram uma postura diferente da que existe no Brasil. Esses países orientaram o distanciamento social rigoroso e priorização da vacina. Seguiram protocolos dos quais o sistema governamental brasileiro não vem priorizando e mesmo com esses diversos cuidados sanitários, a França, um país que atualmente está com as escolas em funcionamento, sofreu com surtos de contágio, levando novamente o fechamento desses espaços. Esse fato nos mostra que mesmo com cuidados redobrados, o risco de contágio ainda existe.
É tão óbvio que não se tem as condições necessárias para a retomada às aulas, a gente só precisa olhar para o lado e ver as tantas escolas no próprio RS que tiveram que fechar pela contaminação pelo Covid-19 entre os professores e os pais dos alunos; e os tantos professores que vieram a falecer por conta deste vírus. Mesmo assim, é defendido uma volta ao modelo presencial quando não possui nem previsão de vacinação para os professores, em um momento de risco alto pela contaminação, considerando que o antigo sistema de bandeiras do RS mudou não pela diminuição de casos ou de internações, mas para garantir a volta às atividades letivas presenciais. Talvez, esse ato possa indicar negligência com a vida humana. O futuro cobrará seu preço.
Não priorizar a vacinação daqueles que lidam diretamente com pessoas é desumano e vem trazendo inúmeras consequências, como vemos atualmente nas aproximadamente 442 mil mortes por Covid-19 no País. Defender a volta às aulas dentro desse contexto caótico de Pandemia é desvalorizar as vidas das famílias, das crianças e dos profissionais da Educação.
Texto: Grupo E.M.E.I Profª Jacema R. Prestes
- Pedagogias Transmissivas e Participativas: algumas características fundamentais
Quando estamos lendo um livro, artigo, ou até mesmo assistindo um vídeo ou documentário relacionados a educação, encontramos diversas abordagens pedagógicas e iniciativas que vem sendo construídas ou questionadas por diversos educadores. Porém, existem algumas delas que precisamos conhecer para entender um pouco mais das inúmeras concepções pedagógicas, é importante distinguir as características entre elas:
- Pedagogia Transmissiva: como o próprio nome já diz, o professor apenas transmite seus conhecimentos, de maneira pronta e formulada. Ela também é conhecida como Pedagogia Tradicional. Sua prática é baseada em memorização e exercícios frequentemente repetidos. Seu foco é na aprendizagem por repetição, memorização, por isso, exige que as crianças decorarem o conteúdo, de maneira obediente e com fala/opinião própria inativa.
- Pedagogia Participativa: essa pedagogia se dedica e torna prioridade a evolução da criança e seu desenvolvimento. Tem como objetivo estimular e ouvir seus interesses e, através de sua prática, favorece atividades e ambientes prazerosos para as crianças, prezando a interação de maneira em que as próprias crianças tenham voz ativa para participar, questionar e planejar atividades juntamente com o professor(a) Isso tudo ajuda as crianças a se sentirem confiantes para expressar seus pensamentos e suas experiências, conquistando respeito e reconhecimento, construindo assim momentos significativos e uma aprendizagem produtiva e eficaz.
Texto: Acad. Natalie Venzke
- Transição da Educação Infantil Para o Ensino Fundamental
Nesse processo de transição, a criança deve estar no centro e ter o direito de voz, pois é neste momento de mudanças, na qual ela se depara com uma sala de aula diferente, com mesas e quadros, conteúdos e um contexto que na maioria das vezes, ela ainda não consegue desenvolver, que surgem muitos questionamentos e a busca para entender o porquê disso tudo.
O professor(a) deve ter em mente que elas continuam sendo crianças e buscar ainda na Educação Infantil preparar as crianças para futuramente ter uma boa inserção na próxima etapa. Se faz importante um diálogo entre as etapas da Educação Infantil e o Ensino Fundamental, proporcionando uma facilidade no processo de transição, aproximação e um segmento no desenvolvimento das crianças, conforme já vinham se desenvolvendo.
Não devemos só falar em transição, mas em continuidade de aprendizagens, tendo um olhar mais singular e não tão genérico.
Texto: Acad. Érica Frank
- Qual a importância dos objetivos estarem organizados em faixas etárias?
Os objetivos de aprendizagens estão organizados por 3 grupos de diferentes faixas etárias, sendo eles:
- Bebês (zero a 1 ano e 6 meses);
- Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses);
- Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses).
Cada criança, conforme a sua idade, tem capacidades, essas vão se desenvolvendo com o tempo, assim podendo se inserir contextos educativos mais ricos. A criança tem o seu ritmo e tempo de aprendizagem, e isto, deve ser sempre respeitado.
Texto: Acad. Érica Frank
- Quais são os campos de experiências da Educação Infantil?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece cinco Campos de Experiência que indicam as experiências para que a criança aprenda e se desenvolva.
- O eu, o outro e o nós: destaca a construção de identidade, sentimento de pertencimento e respeito aos demais.
- Corpo, gestos e movimentos: valoriza as brincadeiras e expressão corporal.
- Traços, sons, cores e formas: ressalta as diferentes manifestações artísticas.
- Escuta, fala, pensamento e imaginação: experiências com a linguagem oral e formas de comunicação.
- Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações: favorece a construção de noções de espaço, tempo, ordem, tamanhos e transformações de materiais.
Texto: Acad. Larissa Nunes
- Direitos de aprendizagem das crianças na Educação Infantil
A estrutura da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é composta pelos Direitos de Aprendizagem que são divididos em seis e garantem condições para que as crianças aprendam de forma ativa, participando e construindo conhecimentos.
- Conviver: se trata de dividir experiências, conhecer os demais e ampliar o mundo além da família.
- Brincar: explorar, conectar gerações e desenvolver os sentidos.
- Participar: demonstra escolhas, expressão das vontades e ajuda na valorização da criança.
- Explorar: experimentar as possibilidades, mexer no objeto para torná-lo cultural.
- Expressar: mostra sua compreensão dos demais direitos, se sente importante e expressa suas vontades sem birra.
- Conhecer-se: desenvolve seus gostos, preferências e vontades.
Texto: Acad. Larissa Nunes
- Eixos estruturantes da BNCC: interações e brincadeiras
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como eixo estruturante da Educação Infantil as interações e as brincadeiras, vai falar que o interagir durante o brincar traz uma gama de aprendizagens para o desenvolvimento da criança.
E isso vai ser assegurado através dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento presentes na BNCC, que trazem uma intencionalidade pedagógica para a formação da criança em suas múltiplas dimensões, significando sua relação consigo, com o outro e compreendendo o mundo social e natural.
Texto: Acad. Erika Leite
- Práticas pedagógicas na Educação Infantil
A primeira coisa que vale ressaltar é que não existe prática pedagógica neutra, toda prática sustenta uma práxis, uma concepção.
A prática pedagógica na Educação Infantil deve acontecer de forma que auxilie na formação integral da criança, precisa levar em conta a subjetividade, os conhecimentos e a bagagem cultural de cada um, oportunizando espaços, tempos, interações e materiais que darão suporte para a criança construir seu próprio conhecimento promovendo sua autonomia.
O Art. 9, da DCNEI (2009) vai falar que os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Básica são as interações e as brincadeiras, vivências nas quais as crianças se apropriam dos conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e os adultos, possibilitando aprendizagem, desenvolvimento e socialização.
Texto: Acad. Erika Leite
- O que é o currículo na Educação Infantil?
Devendo a Educação Infantil estar norteada pelo princípio da natureza da criança, a brincadeira deve ser presente em todos os momentos educativos, pois trata-se da forma de linguagem mais rica expressa pelas crianças. No entanto, não significa que a prática pedagógica não deva estar organizada, com tarefas e objetivos claramente definidos, mas sim que a ação do professor deva ser pensada sempre com uma intencionalidade, sem perder o caráter exploratório e incentivador. Os documentos oficiais para a Educação Infantil definem alguns aspectos como a carga horária, formação dos profissionais, objetivos e direitos da aprendizagem da criança, articulações com o ensino fundamental, entre outros, que devem ser explorados de acordo com as características do grupo, de modo a promover o pleno desenvolvimento individual e coletivo, partindo das necessidades específicas da comunidade escolar e articulando os saberes de cada um ao patrimônio histórico e cultural da sociedade.
Sendo assim, o currículo da educação infantil deve ser pensado de forma relativa aos objetivos desta etapa da escolarização. Esta elaboração é extremamente importante, entretanto é indispensável pensar no currículo da Educação Infantil para além do que está exposto nos documentos e na escola. Ainda, perceber a criança além das descrições e delimitações destes documentos e, sim, procurar compreendê-la em sua própria plenitude do estado de ser criança, trazendo isto para o contexto da educação escolar, mantendo sempre a intencionalidade das atividades sem que necessariamente isto esteja explícito nos planejamentos. Lembremos que, para que se possa obter êxito no processo educativo, a ação pedagógica deve estar orientada a partir dos interesses da criança, ampliando as possibilidades sem se desprender da sua natureza curiosa e exploradora.
Texto: Acad. Talita Garcia de Oliveira
- O que é BNCC e como ela chegou até a Educação Infantil?
BNCC significa Base Nacional Comum Curricular, da qual consiste em um documento que apresenta as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas de rede pública e privada de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Deste modo, busca garantir o direito de aprendizagem e o desenvolvimento pleno dos estudantes.
A BNCC da Educação Infantil busca o desenvolvimento integral da criança em conjunto com suas famílias, ou seja, existe a necessidade de uma comunicação Aluno, Professor e Família para que, deste modo, o desenvolvimento da criança seja o melhor possível. A BNCC da Educação Infantil, ou BNCCEI, não contém conteúdo a ser vencido, contudo aponta campo de experiência e objetivos que precisam ser observados para que o desenvolvimento da criança aconteça em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual, emocional e social.
Texto: Acad. Bruna Moro
- Tríplice da Educação Infantil: cuidar, educar e brincar
Por muitos anos, preservou-se no Brasil a tradição de uma Educação Infantil assistencialista e compensatória, que sempre esteve dissociada da Educação Básica. As creches e pré-escolas existiam com a finalidade de, na ausência das famílias, suprir necessidades mais básicas das crianças, como alimentação e higiene e também àquelas carências oriundas de sua situação socioeconômica. Nas últimas décadas, percebe-se um movimento de rompimento com esta tradição, a partir de uma ressignificação da educação observada pela Constituição Federal; pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que passou a dar vez a uma educação cidadã, modificando alguns objetivos e a natureza da educação institucionalizada. Somente com a promulgação da LDB (1996), é que a Educação Infantil passou a integrar a Educação Básica, ampliando as considerações a respeito do caráter educativo dessas instituições.
A partir disso, consolida-se a concepção de Educação Infantil que vincula “cuidar e educar” como características indissociáveis do processo educativo; e que contempla diversos aspectos do desenvolvimento infantil durante a vida escolar.
Os objetivos da Educação Infantil e os projetos pedagógicos devem estar pautados pela promoção do desenvolvimento da criança através da interação social, valorizando a brincadeira como uma de suas principais ferramentas de comunicação e aprendizagem, e de expressão de saberes e sentimentos.
Compreende-se hoje que as escolas de Educação Infantil devem caracterizar-se como um espaço muito mais agregador e acolhedor, em que diferentes objetivos façam parte do cotidiano e que vise o desenvolvimento global da criança. Prioriza-se, assim, tanto aspectos mais elementares, como os cuidados com a alimentação, higiene e segurança, quanto o desenvolvimento físico, intelectual, social e afetivo das crianças. Somente ampliando esta visão de forma a qualificar e enriquecer a ação pedagógica, será possível garantir que processo educativo na Educação Infantil ocorra da forma mais natural, efetiva e satisfatória para todos os agentes deste movimento, principalmente para as crianças.
Texto: Acad. Talita Garcia de Oliveira
- Qual a finalidade da Educação Infantil?
A Educação Infantil abrange as crianças de 0 a 5 anos de idade, é a primeira etapa da Educação Básica.
Tem como objetivo o desenvolvimento da criança nas partes: cognitivas, físicas, sociais e emocionais.
A Educação Infantil é dividida entre: creche (0 a 3 anos) e pré-escola (3 a 6 anos)
Segundo o Art. 29 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9.394, 1996), a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade (a partir da Lei 12.796, 2013), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Texto: Acad. Bruna Moro
- Aluno e criança na Educação Infantil?
Aluno: origina-se de palavra latina significando aquele que é alimentado, criança de peito.
Criança: origina-se também no latim, em creare, e significa aquele que cria. E que cria as mais belas e complexas obras possíveis: a humanidade e a civilização.
A palavra aluno – do latim alumnus, aquele que é alimentado – fortalece a concepção de alguém frágil e imaturo, que necessita ser diretamente alimentado exigindo um certo assistencialismo. Tal ideia confronta as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, 2010), pois atualmente falamos em criança ativa, crítica e competente, mostrando-nos uma criança como protagonista.
Enquanto consideramos a criança só como aluno, todos os deveres são nossos e seu aprendizado depende de nossa instrução. Quando a consideramos como criança, seu aprendizado depende de sua atividade e dos recursos colocados à sua disposição.
Não é o professor que “faz crescer o aluno”. É um processo recíproco, colaborativo. Considerar a criança como criança é considerá-la artista: é necessário que saiba usar suas tintas, que conheça seus tons, é fundamental que conheça os pincéis e cada tipo de tela. É fundamental que em alguns momentos seja aluna, seja alimentada. Depois, é fundamental que possa ficar sozinha, que seu tempo seja completamente respeitado com a liberdade necessária.
Texto: Acad. Alânis Rodrigues
- PIBID Alfabetização – Núcleo Educação Infantil
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) oferece bolsas aos alunos de cursos presenciais, que tiverem cursando menos de 60% da carga horária do curso e estejam regularmente matriculados em um dos cursos de licenciatura da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Durante o período de vigência, os bolsistas e voluntários trabalham junto a coordenação de escolas selecionadas em editais, para assim fortalecer a formação profissional dos acadêmicos.
Neste núcleo o PIBID, tem como papel qualificar a formação de quem atua e atuará na Educação Infantil, desenvolvendo conhecimentos e ações didáticos-pedagógicas de literacia e alfabetização do nível de desenvolvimento de cada criança e tendo as interações brincadeiras como eixos estruturantes do planejamento.
Temos como objetivos principais do nosso núcleo:
- Fortalecer a formação profissional dos acadêmicos que atuarão na Educação Infantil;
- Conhecer em profundidade os direitos de aprendizagem difundidas pela BNCC;
- Reconhecer a importância da atuação docente na qualificação dos processos de literacia, alfabetização e numeração;
- Enfatizar práticas de narração de histórias, leituras de diferentes gêneros literários e registros escritos.