Aluno: origina-se de palavra latina significando aquele que é alimentado, criança de peito.
Criança: origina-se também no latim, em creare, e significa aquele que cria. E que cria as mais belas e complexas obras possíveis: a humanidade e a civilização.
A palavra aluno – do latim alumnus, aquele que é alimentado – fortalece a concepção de alguém frágil e imaturo, que necessita ser diretamente alimentado exigindo um certo assistencialismo. Tal ideia confronta as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, 2010), pois atualmente falamos em criança ativa, crítica e competente, mostrando-nos uma criança como protagonista.
Enquanto consideramos a criança só como aluno, todos os deveres são nossos e seu aprendizado depende de nossa instrução. Quando a consideramos como criança, seu aprendizado depende de sua atividade e dos recursos colocados à sua disposição.
Não é o professor que “faz crescer o aluno”. É um processo recíproco, colaborativo. Considerar a criança como criança é considerá-la artista: é necessário que saiba usar suas tintas, que conheça seus tons, é fundamental que conheça os pincéis e cada diferente tipo de tela. É fundamental que em alguns momentos seja aluna, seja alimentada. Depois, é fundamental que possa ficar sozinha, que seu tempo seja completamente respeitado com a liberdade necessária.
Texto: Acad. Alânis Rodrigues