A pandemia do coronavírus (COVID-19) é uma das piores já enfrentadas pela humanidade, em um momento de tantas incertezas, estamos lidando com uma doença desconhecida, restam muitas dúvidas para serem sanadas e com a produção da vacina ainda em andamento é preciso toda ajuda e cooperação possível para superarmos esse momento.
Foto: Andre Francois/Médicos Sem Fronteiras.
Os indivíduos em situações de vulnerabilidade, moradores de rua, de classes sociais mais baixas, refugiados, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade são os que mais precisam de auxílio durante essa pandemia, por isso o MSF (Médicos Sem Fronteiras) começou uma ação já no início da pandemia para levar suporte a esses grupos.
O sistema de saúde antes da pandemia já enfrentava certas dificuldades que se intensificaram muito mais desde o início da pandemia, com a demanda elevada, manter as medidas de distanciamento social se torna cada vez mais complicado.
O MSF junto com outras organizações e autoridades locais iniciou suas atividades em São Paulo, com pontos de atendimentos nas ruas, para atender a grupos vulneráveis, são feitos testes para detectar novos casos de COVID-19, assim como encaminhar pacientes em estado grave para hospitais.
Como as medidas de higiene são o principal meio de prevenir novos casos, as equipes do Médicos Sem Fronteiras também estão trabalhando na conscientização dessa parcela da população, dando orientações acerca de como manter a higiene e o distanciamento social durante todo o período de quarentena.
A médica Ana Leticia Nery menciona “Estamos trabalhando para oferecer assistência a essas populações, já que a pandemia tende a acentuar a marginalização e exclusão à qual elas já estavam submetidas”, isso demonstra que essa ajuda já era necessária antes da pandemia e durante se torna ainda mais essencial e importante para esses grupos.
Além das ações nas ruas, os profissionais do MSF também estão atuando em asilos, albergues e na capacitação de trabalhadores da área de saúde sobre a utilização dos equipamentos de proteção, higiene e nos procedimentos de distanciamento social, como por exemplo, foi realizado um treinamento para os funcionários da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).
Junto a todo trabalho feito nas cidades as equipes também estão em atuação para deter o avanço da COVID-19 entre os indígenas.
Foto: Diego Baravelli/MSF.
O trabalho abarca cerca de 11 aldeias da região do Mato Grosso do Sul, os médicos fazem visitas para detectar novos casos assim como o acompanhamento de pacientes já infectados. O objetivo principal é deter a disseminação do vírus dentro das comunidades indígenas, que apresentam um número elevado de casos e mortes.
Ademais do trabalho no Brasil durante a pandemia as equipes também estão presentes na Itália, França, Grécia, Hong Kong, Síria, dentre outros países e cidades. O foco principal é nos grupos vulneráveis, imigrantes e refugiados, sendo a principal ação do MSF apoiar equipes médicas sobrecarregadas pelo número de casos durante esse período, por isso é necessário um diálogo intenso com as autoridades de saúde locais de cada país.
O MSF é uma das principais organizações com atuação global em apoio a saúde, chegando em lugares de extrema pobreza e quase sem recursos, mas para isso é necessário não só o apoio de autoridades locais mas principalmente de doações da população.
Link para doações: https://www.msf.org.br/doador-sem-fronteiras
Fonte: Médicos Sem Fronteiras Brasil.
