Modos de constituição de sujeitos cuidadores familiares de pessoa com câncer em cuidados paliativos no domicílio

Letícia Valente Dias

 

Resumo

DIAS, Letícia Valente. Modos de constituição de sujeitos cuidadores
familiares de pessoa com câncer em cuidados paliativos no domicílio.
Orientadora: Stefanie Griebeler Oliveira. 2020 235 f. Dissertação (Mestrado em
Ciências) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de
Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020.

Este trabalho tem como objetivo problematizar os modos de constituição do sujeito
cuidador familiar de pessoa com câncer em cuidados paliativos no espaço
domiciliar. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso
inserida na vertente pós-estruturalista com aproximação dos Estudos
Foucaultianos. Os participantes foram quatro díades de cuidadores familiares e os
pacientes com câncer em cuidados paliativos acompanhados pelo Programa de
Atenção Domiciliar Interdisciplinar. A coleta de informações ocorreu no período de
abril a outubro de 2019, por meio de visitas domiciliares e da adoção das técnicas
de observação participante, entrevista semiestruturada, conversas a partir de
fotografias e do jogo de tabuleiro “Dar voz aos cuidadores familiares”. Utilizou-se
para a análise dos dados as noções foucaultianas de sujeito, poder, subjetivação e
discurso. Com o adoecimento de um ente querido por câncer, o familiar passa a
constituir-se como sujeito cuidador. O espaço hospitalar é apontado como ponto
de atenção à saúde no qual o processo de ensino do sujeito cuidador familiar é
iniciado pela reprodução dos membros da equipe de saúde e pela tecnologia
disciplinar. A partir do acompanhamento da Atenção Domiciliar o sujeito cuidador
familiar passa a constituir-se diante da institucionalização do domicílio, a partir de
práticas de cuidados que não objetivam a cura e da organização de elementos
que remetem a estrutura hospitalar. Nesse sentido, o sujeito cuidador familiar
assume diferentes funcionalidades como as de mediação das relações entre
paciente e equipe de saúde, supervisão, executor de cuidados, gestor do tempo e
de questões burocráticas, entre outras. Assim, o sujeito cuidador familiar passará
por mudanças em sua vida que caso não encontre recursos dentro de sua rede de
apoio implicarão no abandono de atividades laborais, sociais e de si mesmo. A
morte do paciente sob seus cuidados promove a transição do sujeito cuidador
familiar para o familiar enlutado, momento em que é possível o abandono de
alguns e a retomada de outros sujeitos. Por fim, o sujeito cuidador familiar
constitui-se diante de atravessamentos do discurso da moral, da ética, da política,
da economia, da religião e da medicalização, como também pelos discursos da
Atenção Domiciliar e do câncer. Apesar de serem tocados pelo discurso dos
cuidados paliativos, observa-se que os cuidadores familiares não reconhecem
essa filosofia de cuidados aplicada para além do paciente, ou seja, ela não se
direciona em forma de cuidado para eles. O discurso dos cuidados paliativos toca
os cuidadores, na medida em que eles aprendem, observam os cuidados
realizados pelos profissionais de saúde, e tomam para si a execução de tais ações
que visam o conforto, o alívio da dor e sofrimento do paciente.

Palavras-chave: Cuidadores. Serviços de Assistência Domiciliar. Oncologia.
Pesquisa Qualitativa.

 

Para acessar na integra;

https://drive.google.com/file/d/1oi8PRj3tQN4-yJatAJFtl_8JAAkC5tm_/view?usp=sharing

Você já cuidou de alguém: enquete junto à comunidade

Stefanie Griebeler Oliveira, Michele Rodrigues Fonseca, Fernanda Eisenhardt de Mello, Berlanny Christina de Carvalho Bezerra, Franciele Roberta Cordeiro, Fernanda Sant´Ana Tristão

 

Resumo

O aumento das doenças e agravos não transmissíveis – doenças multifatoriais, que possuem em comum fatores comportamentais de risco modificáveis e não modificáveis –, somado ao processo de envelhecimento populacional repercutem na necessidade de cuidadores para auxiliarem nos cuidados, sejam eles de promoção e recuperação da saúde ou paliativos. Nesse sentido, o cuidador se torna central nas políticas públicas de saúde e também necessita ser cuidado pelos profissionais. Um projeto de extensão universitária desenvolvido em um município do Sul do Brasil tem desenvolvido ações junto aos cuidadores de pacientes vinculados a um Serviço de Atenção Domiciliar de um hospital. Dentre as ações extensionistas, destaca-se a sensibilização de pessoas da comunidade para o cuidado. Este artigo trata de um relato de experiência sobre o evento “Parada do Cuidador: um momento para si” realizada no ano de 2019. O objetivo é relatar os resultados de enquete sobre a experiência de cuidar realizada com pessoas da comunidade que participaram do evento. De 25 pessoas que responderam à enquete, 13 (52%) já cuidaram de alguém. Destes 13 que já cuidaram, 11 (85%) apontaram a experiência como boa. A maioria das pessoas 16 (64%) entrevistadas durante a ação já conheceram algum cuidador, o que mostra de algum modo, certo reconhecimento daquela pessoa que assume tal papel e dos cuidados prestados. No entanto, as informações coletadas, ainda indicam a necessidade de reconhecer e apoiar os cuidadores, desafio ainda negligenciado pelas políticas públicas brasileiras.

Palavras-chave

Cuidadores. Inquéritos e Questionários. Relações Comunidade-Instituição.
Para acessar o artigo na integra.
https://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/3028

 

REDE DE APOIO E SUSTENTAÇÃO DOS CUIDADORES FAMILIARES DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS NO DOMICÍLIO

Andriara Canêz Cardoso, Patrícia Tuerlinckx Noguez, Stefanie Griebeler Oliveira, Adrize Rutz Porto, Jéssica Siqueira Perboni, Taís Alves Farias

Resumo

Objetivo: conhecer a rede de apoio e sustentação dos cuidadores familiares de pacientes em cuidados paliativos no domicílio. Metodologia: estudo qualitativo com registros de 29 cuidadores familiares acompanhados pelo Projeto de Extensão “Um olhar sobre o cuidador familiar: quem cuida merece ser cuidado” de junho de 2015 a dezembro de 2016. As informações de fichas, genogramas e ecomapas foram compiladas em um quadro para quantificação, ou aproximação temática. Resultados: perfil predominante mulheres idosas, cuidando de companheiros, com relação forte com família, programas de atenção domiciliar e paciente e 24 cuidadores tinham algum vínculo fraco com vizinhos, Unidades Básicas de Saúde. Conclusões: a valorização das redes de apoio e sustentação, pensando em ações de melhorias do ambiente de cuidado ao paciente e cuidador podem propiciar um cuidado compartilhado em rede.

Descritores:Apoio social; Cuidadores; Serviços de Assistência Domiciliar.

Para acessar o artigo na integra.

http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/1792

DIÁLOGO COM OS CUIDADORES FAMILIARES A PARTIR DE LIGAÇÃO TELEFÔNICA NA PANDEMIA

Stefanie Griebeler Oliveira
Universidade Federal de Pelotas
stefaniegriebeleroliveira@gmail.com

Renata Gonçalves de Oliveira
Universidade Federal de Pelotas
renata566oliveira@gmail.com

Michele Rodrigues Fonseca
Universidade Federal de Pelotas
michelerodrigues091992@gmail.com

Fernanda Eisenhardt de Mello
Universidade Federal de Pelotas
fefe_eisemello97@hotmail.com

Camila Almeida
Universidade Federal de Pelotas
almeidakk@yahoo.com.br

Resumo
Objetivou-se relatar a experiência da ação extensionista de ligações telefônicas aos cuidadores familiares durante o período
de isolamento social devido à pandemia causada por SARS-COV-2. Foram realizadas quatro ligações telefônicas, a partir de
roteiro, para nove cuidadores familiares de pacientes vinculados ao programa de atenção domiciliar, entre outubro e
dezembro de 2020. Após cada ligação, o registro era redigido. A análise foi temática. Duas categorias foram elaboradas: a
primeira sobre as fortalezas atribuídas à experiência de cuidar do outro – comunicação efetiva com a equipe e o apoio
familiar; a segunda sobre fragilidades – sentimentos ambíguos, adoecimento físico e mental do cuidador, a mudança na
rotina e aos aspectos financeiros. As ligações telefônicas possibilitaram conhecer a rotina que a pandemia trouxe nas vidas
dos cuidadores e propiciaram espaço de escuta aos cuidadores, que também merecem atenção e ações de cuidado.

Palavras-chave: Cuidadores; Serviço de Assistência Domiciliar; Pandemia.

 

Para acessar o artigo na integra

Clique para acessar o ced5a3484961c3ee8897bf99d7112a415c82.pdf

ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM AO CUIDADOR FAMILIAR: PROMOVENDO O CUIDADO DE SI

Stefanie Griebeler Oliveira, Cristiana Rodrigues Silveira Machado, Taciana Py de Oliveira Osielski, Aline Daiane Leal de Oliveira, Julieta Carriconde Fripp, Isabel Cristina de Oliveira Arrieira, Zayanna Christine Lopes LindôsoS

RESUMO

Objetivo: relatar sobre as estratégias de abordagem ao cuidador familiar proporcionadas pelo projeto de extensão Um olhar sobre o cuidador familiar: Quem cuida merece ser cuidado. Métodos: Os encontros são sistematizados, totalizando quatro, sendo realizados semanalmente, cada um com foco. São utilizados diversos instrumentos para coleta de dados, avaliação da situação de saúde e sobrecarga possibilitando o planejamento de intervenções junto ao cuidador. Resultados: A escuta terapêutica, o genograma e ecomapa, a identificação das fases do processo de cuidar, permitiram identificar que os cuidadores apresentam sintomas de estresse e sobrecarga, privações pessoais e sociais em detrimento da dedicação ao processo de cuidar no domicílio, ficando sem tempo para cuidar de si. Conclusões: A Enfermagem e a Terapia Ocupacional na prática interdisciplinar desenvolvem ações educativas, possibilitando um espaço para o cuidador refletir sobre si e suas práticas, ajudando na elaboração de suas preocupações e emoções, uma vez que ao falar, eles percebiam suas formas de enfrentamento.

PALAVRAS-CHAVE

Cuidadores; Serviços de assistência domiciliar; cuidado de si.

 

Para acessar o artigo na integra. https://revistas.ufpr.br/extensao/article/view/51685

 

Um olhar sobre o cuidador familiar: quem cuida merece ser cuidado (ALBUM SERIADO)

Este material foi produzido pela equipe do Projeto de Extensão “Um olhar sobre o cuidador familiar: quem cuida merece ser cuidado”, da Faculdade de Enfermagem, da UFPEL. Foi financiado pelo PROEXT-2016. Trata-se de um guia para condução das ações com cuidadores familiares, que nao necessariamente precisem respeitar a organização do referido projeto em quatro encontros. Consta também das intervenções que realizamos e de todo o referencial que nos apoia. Acessem o conteúdo:

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