Sobre o Museu

História do Museu 

Com o objetivo de preservar a memória da região colonial da cidade de Pelotas, no ano de 1998 foi inaugurado o Museu Gruppelli, por iniciativa da comunidade local e capitaneada pela Família Gruppelli e dois incentivadores, a professora Neiva Vieira e o fotógrafo Neco Tavares.
O Museu atualmente funciona em uma adega centenária em um prédio que, na década de 30, funcionava uma hospedaria para viajantes. A ideia da criação do Museu surgiu devido a muitas pessoas que vinham relembrar sua infância na colônia, como no caso de parentes, vizinhos e veranistas. A maioria dos objetos que faz parte do Museu já se encontrava no prédio em que ele se situa hoje. Com o decorrer do tempo, o número de objetos salvaguardados foi aumentando gradativamente, seja por doação da própria família Gruppelli, ou mesmo, por iniciativa de moradores locais que tiveram despertado o interesse em preservar as memórias do cotidiano dessa região.

O Museu Gruppelli possui vínculo com a UFPel desde 2008, com o início do projeto de extensão coordenado pelo professor Diego Lemos Ribeiro, do curso de Museologia, em parceria com o professor Wilson Miranda, já aposentado mas ainda colaborador. O projeto tem ação ininterrupta no museu Gruppelli há mais de dez anos, e mantém suas ações através de ação colaborativa, que inclui professores e alunos dos cursos de Museologia e de Conservação e Restauração, da Universidade.

O acervo do Museu foi reunido através da coleta e de doações feitas por moradores da região, cujo objetivo era reunir referências do patrimônio rural que fossem significativas para a população circunvizinha. Composto por coleções diversas que tem como tema o modo de vida da zona rural, mais especificamente as diversas manifestações do trabalho, seja no campo, no armazém e nos afazeres doméstico, e também na mercearia, na produção de vinho e na hospedaria. O esporte também é representado, em especial o Grêmio Esportivo Boa Esperança, fundado e sediado junto a Casa Gruppelli. O time da região completará seu centenário em 2024, jogando ininterruptamente.

Fonte: UFPEL

Sobre a Casa

Fonte da foto: Sheron Files Fotografia

 

A casa que, hoje, abriga o Museu Gruppelli passou por diversas transformações ao longo do tempo até chegar a sua forma e uso atuais. Construída na primeira metade do século passado, o espaço térreo fora ocupado por uma vinícola, cuja simbologia se entrelaça com a própria história da comunidade e da Colônia Municipal. Atualmente, o Museu possui um nicho específico sobre a produção de vinho, ambientado com objetos que eram utilizados na época. Entre os artefatos que compõem esse cenário, figuram o amassador e a prensa manual de uvas. Segundo Celso Gruppelli, em entrevista com a equipe do Museu, esses instrumentos foram utilizados até 1977, atravessando gerações dentro da família, antes de encontrarem abrigo no Museu. No espaço museal, não servem mais para fazer vinho, mas são ótimos para nos conectarmos com outros tempos.