SÉRIE ILUSTRADA: MEMÓRIA E TRADIÇÃO DOCEIRA DE PELOTAS

O doce de Pelotas é um elemento importante para a compreensão da cidade de Pelotas e região e de suas origens. Essa tradição exibe, ao longo dos anos, um processo dinâmico de (re)criação e perpetuação, se popularizando de formas que ultrapassam as fronteiras locais.

Os doces de origem colonial agregaram com o tempo outras dimensões à cultura doceira, considerando as contribuições oriundas de diferentes etnias. Os doces de frutas tem origens familiares, são produzidos com base em conhecimentos herdados e transmitidos através da experiência e da memória.
Fazem parte dos processos de materialização desses saberes o uso de diversos utensílios e equipamentos para o preparo do doce, equipamentos esses que são entendidos como um aspecto importante dessa tradição.

Destaca-se especialmente o tacho de cobre: por seu uso recorrente esse artefato permanece sendo utilizado até mesmo por doceiros que passaram a produzir comercialmente, embora existam restrições sanitárias que inferferem no seu livre uso.

O tacho é um objeto que figura na memória dos detentores dos saberes relativos às tradições doceiras. Do ponto de vista de muitas famílias doceiras, esses objetos são parte de suas vivências e evocam boas recordações; como o aroma adocicado na cozinha, enquanto pessegadas e marmeladas são preparadas em tachos de cobre, sobre o fogão a lenha.


#pracegover: No card, sobre um fundo homogêneo escuro, no centro, vê-se a representação de um tacho de cor amarela, cercado pela representação de labaredas em tom vermelho e contendo ao lado a representação de uma colher cinza. No canto esquerdo, ao centro da imagem, consta o seguinte texto: “O TACHO DE COBRE”, e do lado direito “E A COLHER DE PAU”. Na parte superior do card consta o seguinte texto: “DOCE, FAMÍLIA E HERANÇA”. Na parte inferior do card, consta: “Alguns utensílios e equipamentos usados para o preparo do doce, são entendidos como um aspecto importante da tradição.”