SÉRIE ILUSTRADA: MEMÓRIA E TRADIÇÃO DOCEIRA DE PELOTAS

A cidade de Pelotas está no centro de uma região doceira que compreende uma variedade de saberes. A tradição dos doces de frutas, ou doces coloniais, por exemplo, surgiu entrelaçada ao desenvolvimento da sociedade local, enquanto imigrantes de origem europeia ocupavam a zona rural do município. Os doces eram produzidos para consumo familiar e, posteriormente, passaram a ser vendidos aos moradores de Pelotas e de outras cidades.

O exercício do reconhecimento dessa tradição pode evocar em muitos de nós memórias que nos fazem bem lembrar: a família em torno da mesa, servindo-se de uma deliciosa compota de frutas, ou mesmo o reconfortante aroma que emana do processo de preparo de um doce de tacho, dentre outras agradáveis lembranças.

O conhecimento que proporcionou a produção dos doces coloniais vem da união de uma herança antepassada com a adaptação aos recursos disponíveis, através da criatividade de seus detentores. Consolida-se assim um espaço de vivências, trabalho e afetos. A tradição se renova pela transmissão e valorização desses saberes e a ampliação dos seus sentidos. Essa tradição mantém-se, portanto, viva, através daquilo que nos faz bem lembrar.


#paracegover: No card, sobre um fundo em tom homogêneo e rosado, na parte inferior, vê-se a representação de uma mesa vermelha que comporta na base uma lata com doce de compota com um rótulo verde e tampa lilás e que exibe a ilustração de um pêssego amarelo com duas folhas verdes. Nos cantos direito e esquerdo estão ilustrações de folhas, apenas sugeridas por seus contornos.  Ao centro, na parte superior, consta a seguinte frase: “O DOCE DE FRUTAS” seguida, logo abaixo, pela frase: “Tradição que permanece viva através da preservação dos saberes e ampliação de seus sentidos e significados”.